Etiqueta: Transparência

  • Boletim P1 da contratação pública e ajustes directos: 27 de Março

    Boletim P1 da contratação pública e ajustes directos: 27 de Março


    Ontem, dia 27 de Março, no Portal Base foram divulgados 993 contratos públicos, com preços entre os 18,50 euros – para aquisição de lâmina, pelo Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, através de ajuste directo – e os 12.856.494,52 euros – para aquisição de medicamentos, pela Unidade Local de Saúde de Santa Maria, ao abrigo de acordo-quadro.

    Com preço contratual acima de 500.000 euros, foram publicados 27 contratos, dos quais 17 por concurso público, cinco ao abrigo de acordo-quadro e cinco por ajuste-directo.

    Por ajuste directo, com preço contratual superior a 100.000 euros, foram publicados 21 contratos, pelas seguintes entidades adjudicantes: Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (com a Miguel Saraiva & Associados – Arquitectura e Urbanismo, no valor de 1.036.000,00 euros); três da Unidade Local de Saúde de Santa Maria (um com a Vertex Pharmaceuticals, no valor de 940.119,04 euros, outro com a Noite e Dia – Vigilância, no valor de 588.841,98 euros, e outro com a Interlimpe – Facility Services, no valor de 249.295,49 euros); cinco do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (todos com a Roche – Farmacêutica, um no valor de 730.649,70 euros, outro no valor de 581.846,40 euros, outro no valor de 223.338,24 euros, outro no valor de 124.239,24 euros, e outro no valor de 117.864,72 euros); Hospital de Loures (com a Alcon Portugal, no valor de 336.306,00 euros); Centro para Excelência e Inovação para a Indústria Automóvel (com a Avmap, S.R.L, no valor de 288.600,00 euros); Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia (com a Siemens Healthcare, no valor de 274.334,63 euros); Laboratório Nacional de Energia e Geologia (com a Waymotion, Lda., no valor de 220.750,00 euros); Estado Maior da Força Aérea (com a Dassault Aviation Business Services, no valor de 217.264,22 euros); Universidade de Aveiro  (com a ISSG Sports Innovations, no valor de 198.400,00 euros); Centro Hospitalar de Setúbal (com a Interlimpe – Facility Services, no valor de 178.022,00 euros); Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (com a Sanofi, no valor de 159.909,75 euros); dois da Unidade Local de Saúde de Gaia/Espinho (um com a Byme, no valor de 123.760,56 euros, e outro com a Art Ces, Lda., no valor de 107.557,63 euros); Município do Porto Santo (com a Sons em Trânsito – Espectáculos Culturais, no valor de 121.750,00 euros); e a Unidade Local de Saúde de Matosinhos (com a Logista – Transportes, Transitários e Pharma, no valor de 114.633,79 euros).


    TOP 5 dos contratos públicos divulgados no dia 27 de Março

    1Aquisição de medicamentos do foro oncológico e imunomoduladores

    Adjudicante: Unidade Local de Saúde de Santa Maria

    Adjudicatário: Roche – Farmacêutica

    Preço contratual: 12.856.494,52 euros

    Tipo de procedimento: Ao abrigo de acordo-quadro (artº 259º)


    2Aquisição de serviços de recolha e transporte de resíduos e limpeza urbana

    Adjudicante: Município de Coimbra

    Adjudicatário: SUMA – Serviços Urbanos e Meio Ambiente

    Preço contratual: 9.762.960,00 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    3Aquisição de serviços para transporte de doentes em ambulância

    Adjudicante: Unidade Local de Saúde do Oeste

    Adjudicatário: Associação de Socorros da Freguesia da Encarnação

    Preço contratual: 2.800.000,00 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    4Prestação de serviços de ortopedia e traumatologia

    Adjudicante: Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental

    Adjudicatário: Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

    Preço contratual: 2.500.000,00 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    5Aquisição de medicamentos antirretrovíricos

    Adjudicante: Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central

    Adjudicatário: VIIVHIV Healthcare

    Preço contratual: 2.186.539,08 euros

    Tipo de procedimento: Ao abrigo de acordo-quadro (artº 259º)


    TOP 5 dos contratos públicos por ajuste directo divulgados no dia 27 de Março

    1 Aquisição de serviços para a elaboração do projecto de execução do Centro de Formação e Comando Territorial da Guarda Nacional Republicana em Portalegre

    Adjudicante: Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna

    Adjudicatário: Miguel Saraiva & Associados – Arquitectura e Urbanismo

    Preço contratual: 1.036.000,00 euros


    2Aquisição de moduladores no tratamento da fibrose quística – 2024

    Adjudicante: Unidade Local de Saúde de Santa Maria

    Adjudicatário: Vertex Pharmaceuticals

    Preço contratual: 940.119,04 euros


    3Fornecimento de medicamentos

    Adjudicante: Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira

    Adjudicatário: Roche – Farmacêutica

    Preço contratual: 730.649,70 euros


    4Prestação de serviços de vigilância e controlo de circulação e estacionamento – Março, Abril e Maio de 2024

    Adjudicante: Unidade Local de Saúde de Santa Maria

    Adjudicatário: Noite e Dia – Vigilância

    Preço contratual: 588.841,98 euros


    5Fornecimento de medicamentos

    Adjudicante: Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira

    Adjudicatário: Roche – Farmacêutica

    Preço contratual: 581.846,40 euros


    MAP

  • Boletim P1 da contratação pública e ajustes directos: 25 de Março

    Boletim P1 da contratação pública e ajustes directos: 25 de Março


    Ontem, dia 25 de Março, no Portal Base foram divulgados 867 contratos públicos, com preços entre os 5,76 euros – para aquisição de medicamentos, pela Unidade Local de Saúde do Alto Alentejo, através de ajuste directo – e os 4.648.920,00 euros – para aquisição de serviços de disponibilização e locação de meios aéreos (DECIR 2024), pelo Estado Maior da Força Aérea, através de concurso público.

    Com preço contratual acima de 500.000 euros, foram publicados 17 contratos, dos quais 14 por concurso público, um ao abrigo de acordo-quadro e dois por ajuste-directo.

    Por ajuste directo, com preço contratual superior a 100.000 euros, foram publicados 12 contratos, pelas seguintes entidades adjudicantes: Município de São João da Madeira (com a Suma – Serviços Urbanos e Meio Ambiente, no valor de 854.991,80 euros); Hospital de Braga (com a Petrogal, no valor de 1.122.004,08 euros); Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (com a Terumo BCT Portugal, no valor de 405.022,90 euros); Estado Maior da Força Aérea (com a Pratt & Whitney Canada Customer Service Centre Europe, no valor de 383.654,46 euros); Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (com a Master Link – Sistemas de Informação, no valor de 345.757,00 euros); Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (com a Medtronic Portugal, no valor de 191.478,00 euros); Centro Hospitalar Barreiro Montijo (com a Astellas Farma, no valor de 180.000,00 euros); Unidade Local de Saúde de Viseu Dão-Lafões (com a Siemens Healthcare, no valor de 129.250,00 euros); Centro Hospitalar de Setúbal (com a SUCH – Serviço de Utilização Comum dos Hospitais, no valor de 117.267,36 euros); Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (com a Siemens Healthcare, no valor de 112.000,00 euros); e o Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (com a Oliveira Leitão & Pena, S.A., no valor de 103.653,00 euros).


    TOP 5 dos contratos públicos divulgados no dia 25 de Março

    1Aquisição de serviços de disponibilização e locação de meios aéreos (DECIR 2024) – Lote 4

    Adjudicante: Estado Maior da Força Aérea

    Adjudicatário: Agro-Montiar – Sociedade de Serviços Aéreos para Agricultura e Fogos

    Preço contratual: 4.648.920,00 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    2Aquisição de serviços de disponibilização e locação de meios aéreos (DECIR 2024) – Lote 5

    Adjudicante: Estado Maior da Força Aérea

    Adjudicatário: Agro-Montiar – Sociedade de Serviços Aéreos para Agricultura e Fogos

    Preço contratual: 4.624.140,00 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    3Execução de empreitada denominada “Linhas de Cascais e Norte-Troço Cais do Sodré-Cascais e Santa Apolónia – Conceção e construção telemática ferroviária”

    Adjudicante: Infraestruturas de Portugal

    Adjudicatário: SISINT – Supervisão, Conservação e Manutenção de Redes de Energia; Conecticabo – Instalação de Telecomunicações; Ground Transportation Systems Portugal, S.A.

    Preço contratual: 4.384.669,58 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    4Empreitada denominada “SFP Santo André – optimização energética e remodelação de edifício – PRR”

    Adjudicante: Instituto do Emprego e da Formação Profissional

    Adjudicatário: Cadimarte, S.A.

    Preço contratual: 2.530.000,00 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    5Empreitada de ampliação e remodelação de rede de águas de Boliqueime

    Adjudicante: Município de Loulé

    Adjudicatário: Leonel Guerreiro Martins – Obras Públicas  

    Preço contratual: 1.945.833,45 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    TOP 5 dos contratos públicos por ajuste directo divulgados no dia 25 de Março

    1 Prestação de serviços de recolha e transporte de resíduos urbanos

    Adjudicante: Município de São João da Madeira

    Adjudicatário: Suma – Serviços Urbanos e Meio Ambiente

    Preço contratual: 854.991,80 euros


    2Aquisição de medicamentos

    Adjudicante: Hospital de Braga

    Adjudicatário: Alexion Pharma Spain

    Preço contratual: 751.229,60 euros


    3Aquisição de material de consumo clínico exclusivo

    Adjudicante Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil

    Adjudicatário: Terumo BCT Portugal

    Preço contratual: 405.022,90 euros


    4Serviços de inspecção e substituição relativos a sistema de armas

    Adjudicante: Estado Maior da Força Aérea

    Adjudicatário: Pratt & Whitney Canada Customer Service Centre Europe

    Preço contratual: 383.654,46 euros


    5Aquisição de renovação da subscrição do licenciamento da plataforma Master-Web Evolution e serviços conexos

     Adjudicante: Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho

    Adjudicatário: Master Link – Sistemas de Informação

    Preço contratual: 345.757,00 euros


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  • Limpeza das estações do Metro de Lisboa custa 13 mil euros por dia

    Limpeza das estações do Metro de Lisboa custa 13 mil euros por dia


    A limpeza das estações do metro de Lisboa está a custar mais de 13 mil euros por dia. O contrato celebrado há um mês pelo Metropolitano de Lisboa, um ajuste directo com a multinacional Acciona Facility Services, de origem espanhola, foi apenas publicado na passada sexta-feira no Portal Base, embora esteja em vigor desde o início de Fevereiro.

    De acordo com o contrato e o caderno de encargos, os serviços incluem a limpeza das áreas públicas e de acesso reservado, bem como a recolha e remoção de resíduos e a manutenção do Auditório do Alto dos Moinhos, da Esquadra da PSP e a remoção de grafittis. Ao contrário da aquisição de serviços no ano passado, entregue por linha a distintas empresas, para este ano a Administração do Metropolitano de Lisboa decidiu englobar todas as linhas numa só empresa, pelo que são assim da responsabilidade da multinacional espanhola a limpeza das 17 estações da Linha Azul, uma as quais dupla (Marquês de Pombal), as 12 estações da Linha Amarela, as 11 estações da Linha Verde, uma das quais dupla (Alameda) e as 11 estações da Linha Vermelha.

    a blurry photo of a train coming in to a station

    Apesar de estar prevista a possibilidade de trabalhos suplementares, ou descontos em situação de ausência de trabalhadores em determinados piquetes, o contrato tem, para já, uma duração de dois meses, mas prorrogável mensalmente até ao final de Dezembro deste ano. Por cada mês, o Metropolitano de Lisboa pagará cerca de 326 mil euros, acrescidos de IVA, o que resulta em 401 mil euros por mês. Se o contrato continuar em vigor até ao final de 2024, custará cerca de 4,4 milhões de euros, incluindo IVA.

    Esta aquisição por ajuste directo – uma prática cada vez mais habitual para serviços de limpeza em empresas públicas, que passaram a preferir, mesmo se com maiores encargos para a Fazenda Pública, a contratação externa – deverá ser interrompido muito em breve, uma vez que já foi adjudicado o contrato saído de um concurso público aberto em Junho do ano passado. Este concurso recebeu propostas até 6 de Julho e foi recentemente adjudicado à Acciona Facility Service por um valor total de 11,7 milhões de euros por três anos. Com IVA, o montante total chegará quase aos 14,4 milhões de euros, o que dá um valor mensal próximo do montante do ajuste directo em curso.

    Apesar de aparentar ser um serviço bastante oneroso, certo é que área a limpar todos os dias haverá com fartura. Por exemplo, só na estação da Reboleira a limpeza envolve um átrio de 2.000 metros quadrados, dois cais de 1.100 metros quadrados, 10 escadarias fixas, uma galeria de ligação à estação ferroviária com 1.350 metros quadrados e ainda um gabinete de apoio à operação, um posto de vendas, duas salas de pessoal, 11 vestiários e afins, e ainda cinco instalações sanitárias.

    a woman sitting on a bench in a subway station

    O contrato por ajuste directo celebrado entre o Metropolitano de Lisboa e a Accional Facility Services integra o Boletim P1 da Contratação Pública e Ajustes Directos que agrega os contratos divulgados nos dias 22 a 24 de Março de 2024. Desde Setembro de 2023, o PÁGINA UM apresenta uma análise diária aos contratos publicados no dia anterior (independentemente da data da assinatura) no Portal Base. De segunda a sexta-feira, o PÁGINA UM faz uma leitura do Portal Base para revelar os principais contratos públicos, destacando sobretudo aqueles que foram assumidos por ajuste directo.

    PAV


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    Nos últimos três dias, de sexta-feira até ontem, no Portal Base foram divulgados 1174 contratos públicos, com preços entre os 8,00 euros – para aquisição de medicamentos, pelo Hospital da Senhora da Oliveira Guimarães, ao abrigo de acordo-quadro – e os 15.855.379,00 euros – para fornecimento de electricidade, pelo Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, também ao abrigo de acordo-quadro.

    Com preço contratual acima de 500.000 euros, foram publicados 20 contratos, dos quais 12 por concurso público, cinco ao abrigo de acordo-quadro, dois por ajuste-directo e um por consulta prévia simplificada.

    Por ajuste directo, com preço contratual superior a 100.000 euros, foram publicados 20 contratos, pelas seguintes entidades adjudicantes: Metropolitano de Lisboa (com a Acciona Facility Services, no valor de 3.587.804,33 euros); Transtejo – Transportes Tejo (com a Petrogal, no valor de 1.238.879,50 euros); Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (com a Baxter Médico-Farmacêutica, no valor de 408.340,61 euros); Unidade Local de Saúde de Almada-Seixal (com a B. Braun Medical, no valor de 327.600,00 euros); Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (com a Gilead Sciences, no valor de 310.650,00 euros); Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (com a ITAU – Instituto Técnico de Alimentação Humana, no valor de 288.642,24 euros); Município de Guimarães (com a SPMR Arquitectos, no valor de 270.400,00 euros); Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (com a General Electric Healthcare Portugal, no valor de 269.900,12 euros); três do Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil (dois com a Merck Sharp and Dohme, um no valor de 247.500,00 euros, e outro no valor de 133.307,40 euros, e outro com a Janssen Cilag, no valor de 124.985,70 euros); Unidade Local de Saúde de Gaia/Espinho (com a GLINTT – Helthcare Solutions, no valor de 227.316,75 euros); Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (com a Quilaban, S.A., no valor de 216.000,00 euros); Centro Hospitalar de Setúbal (com a Iberdrola, no valor de 203.000,00 euros); dois do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (um com a Oliveira Leitão & Pena, S.A., no valor de 149.982,84 euros, e outro com a Takeda – Farmacêuticos, no valor de 121.198,00 euros); Centro para Excelência e Inovação para a Indústria Automóvel (com a Esss – Engineering Simulation And Scientific Software Portugal, no valor de 115.064,20 euros); Centro Hospitalar de Setúbal (com várias farmacêuticas, no valor de 110.590,82 euros); Unidade Local de Saúde do Algarve (com a B-Simple Healthcare Solutions, no valor de 106.757,67 euros); e o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (com a Biotronik Portugal, no valor de 104.400,00 euros).


    TOP 5 dos contratos públicos divulgados no período de 22 a 24 de Março

    1Fornecimento de electricidade

    Adjudicante: Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central

    Adjudicatário: Petrogal

    Preço contratual: 15.855.379,00 euros

    Tipo de procedimento: Ao abrigo de acordo-quadro (artº 259º)


    2Empreitada de substituição de conduta

    Adjudicante: Associação de Beneficiários da Obra de Rega de Odivelas

    Adjudicatário: Oliveiras, S.A.

    Preço contratual: 150.000,88 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    3Empreitada de construção de interceptores e sistemas elevatórios

    Adjudicante: Águas do Tejo Atlântico

    Adjudicatário: Camacho – Engenharia

    Preço contratual: 4.680.000,00 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    4Aquisição de serviços de limpeza

    Adjudicante: Metropolitano de Lisboa

    Adjudicatário: Acciona Facility Services

    Preço contratual: 3.587.804,33 euros

    Tipo de procedimento: Ajuste directo


    5Empreitada de Construção de Lar Residencial Sénior e Centro de Dia

    Adjudicante: Associação da Casa dos Professores e Educadores de Gaia

    Adjudicatário: Atlântinível – Construção Civil

    Preço contratual: 2.997.913,12 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    TOP 5 dos contratos públicos por ajuste directo divulgados no período de 22 a 24 de Março

    1 Aquisição de serviços de limpeza

    Adjudicante: Metropolitano de Lisboa

    Adjudicatário: Acciona Facility Services

    Preço contratual: 3.587.804,33 euros


    2Aquisição de combustíveis

    Adjudicante: Transtejo – Transportes Tejo

    Adjudicatário: Petrogal

    Preço contratual: 1.238.879,50 euros


    3Aquisição de medicamentos exclusivos Baxter

    Adjudicante: Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental

    Adjudicatário: Baxter Médico-farmacêutica

    Preço contratual: 408.340,61 euros


    4Aquisição de kit para cirurgia endoscópica

    Adjudicante: Unidade Local de Saúde de Almada-Seixal

    Adjudicatário: B. Braun Medical

    Preço contratual: 327.600,00 euros


    5Aquisição de medicamentos

    Adjudicante: Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil

    Adjudicatário: Gilead Sciences

    Preço contratual: 310.650,00 euros


    MAP

  • Boletim P1 da contratação pública e ajustes directos: 21 de Março

    Boletim P1 da contratação pública e ajustes directos: 21 de Março


    Ontem, dia 21 de Março, no Portal Base foram divulgados 944 contratos públicos, com preços entre os 6,00 euros – para fornecimento de bens alimentares, pelo Agrupamento de Escolas de Couto Mineiro do Pejão, através de consulta prévia – e os 2.784.100,48 euros – para aquisição de soluções de diálise peritoneal, pela Unidade Local de Saúde de Santa Maria, através de ajuste directo.

    Com preço contratual acima de 500.000 euros, foram publicados 18 contratos, dos quais nove por concurso público, quatro ao abrigo de acordo-quadro, um por consulta prévia e quatro por ajuste-directo.

    Por ajuste directo, com preço contratual superior a 100.000 euros, foram publicados 19 contratos, pelas seguintes entidades adjudicantes: sete da Unidade Local de Saúde de Santa Maria (um com a Vantive, Lda., no valor de 2.784.100,48 euros, outro com a Roche – Farmacêutica, no valor de 2.086.979,36 euros, outro com a Merck Sharp & Dohme, no valor de 487.657,80 euros, outro com a Medtronic Portugal, no valor de 482.307,00 euros, outro com a Lusopalex – Produtos de Saúde, no valor de 319.692,60 euros, outro com a Alloga Logifarma, no valor de 298.007,28 euros, e outro com a LivaNova Espanha, no valor de 256.600,00 euros); Transtejo – Transportes Tejo (com a Petrogal, no valor de 1.122.004,08 euros); Instituto Nacional de Emergência Médica (com a Kinto Portugal, no valor de 876.000,00 euros); Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (com a Novartis Farma, no valor de 462.215,79 euros); dois do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (um com a Fresenius Kabi Pharma, no valor de 274.567,68 euros, e outro com a Terumo BCT Portugal, no valor de 213.788,00 euros); Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (com a Cruz Vermelha Portuguesa, no valor de 200.000,00 euros); Unidade Local de Saúde de Gaia/Espinho (com a B-Simple Healthcare Solutions, no valor de 189.872,20 euros); Centro Hospitalar do Médio Tejo (com a Beckman Coulter Portugal, no valor de 169.051,69 euros); Vitrus Ambiente (com a Auto-sueco Portugal, no valor de 150.000,00 euros); Unidade Local de Saúde de São José (com a Maxdata Software, S.A., no valor de 125.456,28 euros); Centro Hospitalar de Setúbal (com várias farmacêuticas, no valor de 102.759,48 euros); e o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (com a Astellas Farma, no valor de 102.000,00 euros).


    TOP 5 dos contratos públicos divulgados no dia 21 de Março

    1Aquisição de soluções de diálise peritoneal – 2024-2026

    Adjudicante: Unidade Local de Saúde de Santa Maria

    Adjudicatário: Vantive, Lda.

    Preço contratual: 2.784.100,48 euros

    Tipo de procedimento: Ajuste directo


    2Aquisição de medicamentos

    Adjudicante: Unidade Local de Saúde de Santa Maria

    Adjudicatário: Roche – Farmacêutica

    Preço contratual: 2.086.979,36 euros

    Tipo de procedimento: Ajuste directo


    3Empreitada de construção de edifício de esquadra

    Adjudicante: Força Aérea Portuguesa

    Adjudicatário: Embeiral – Engenharia e Construção

    Preço contratual: 1.918.484,63 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    4Fornecimento de electricidade para Portugal Continental

    Adjudicante: Instituto dos Registos e do Notariado

    Adjudicatário: Endesa Energia

    Preço contratual: 1.754.935,39 euros

    Tipo de procedimento: Ao abrigo de acordo-quadro (artº 259º)


    5Fornecimento de válvulas aórticas percutâneas

    Adjudicante: Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

    Adjudicatário: Abbott Medical – Distribuição de Produtos Médicos

    Preço contratual: 1.602.000,00 euros

    Tipo de procedimento: Ao abrigo de acordo-quadro (artº 259º)


    TOP 5 dos contratos públicos por ajuste directo divulgados no dia 21 de Março

    1 Aquisição de soluções de diálise peritoneal – 2024-2026

    Adjudicante: Unidade Local de Saúde de Santa Maria

    Adjudicatário: Vantive, Lda.

    Preço contratual: 2.784.100,48 euros


    2Aquisição de medicamentos

    Adjudicante: Unidade Local de Saúde de Santa Maria

    Adjudicatário: Roche – Farmacêutica

    Preço contratual: 2.086.979,36 euros


    3Aquisição de combustíveis

    Adjudicante: Transtejo – Transportes Tejo

    Adjudicatário: Petrogal

    Preço contratual: 1.122.004,08 euros


    4Aquisição de serviços de gestão de frota

    Adjudicante: Instituto Nacional de Emergência Médica

    Adjudicatário: Kinto Portugal

    Preço contratual: 876.000,00 euros


    5Aquisição de medicamentos

    Adjudicante: Unidade Local de Saúde de Santa Maria

    Adjudicatário: Merck Sharp & Dohme

    Preço contratual: 487.657,80 euros


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  • Câmara de Portimão usa especificações técnicas com 14 linhas ‘cheias de nada’ para suportar contrato de 910 mil euros

    Câmara de Portimão usa especificações técnicas com 14 linhas ‘cheias de nada’ para suportar contrato de 910 mil euros

    Dois dias depois da primeira notícia do PÁGINA UM, a Câmara Municipal de Portimão, liderada pela socialista Isilda Gomes, apagou o registo original do Portal Base sobre o ajuste directo para programação das comemorações do centenário da cidade, e criou um novo, acrescentando-lhe o caderno de encargos. Com isto, fez-se mais luz sobre a polémica e irregular escolha do italiano Giacomo Scalisi para programar as comemorações dos 100 anos da cidade algarvia: além da ausência de fundamentação adequada para evitar um concurso público, o caderno de encargos para um contrato de 910 mil euros é um chorrilho de banalidades que nem sequer defende o município em caso de incumprimento. E muito menos consegue justificar a razão de Giacomo Scalisi (com a sua cooperativa) ser a única pessoa (entidade) capaz de programar e gerir as festividades. Além disso, o caderno de encargos tem uma cláusula de confidencialidade e sigilo, o que contaria a Lei do Acesso aos Documentos Administrativos, e o director artístico trabalhou pelo menos dois meses sem qualquer suporte legal.


    São apenas catorze as linhas com palavras a sustentar um ajuste directo de 910 mil euros. Ontem, o município de Portimão decidiu colocar no Portal Base o caderno de encargos que acompanha (e integra) o contrato celebrado pela presidente da autarquia, a socialista Isilda Gomes, e o director artístico da cooperativa Lavrar o Mar, o encenador italiano Giacomo Scalisi, para a aquisição de serviços de criação e execução de um denominado “projecto artístico” que consiste na programação e pagamento de eventos comemorativos dos 100 anos daquela cidade algarvia.

    Conforme o PÁGINA UM revelou na passada segunda-feira, para programar eventos culturais do primeiro centenário da cidade de Portimão, a autarquia local contratou a cooperativa algarvia Lavrar o Mar, presidida pelo encenador italiano Giacomo Scalisi, por um valor de 740 mil euros, que ascende a 910 mil euros com IVA incluído. O contrato celebrado no final de Fevereiro, e divulgado no início da semana passada, invocava um falso argumento previsto pelo Código dos Contratos Públicos, para um ajuste directo desta natureza, porque equipara a programação e gestão de 38 eventos culturais e festivos – que se iniciaram no passado mês, e se prolongam até ao final do presente ano – à aquisição (compra) de obra de arte, contratação de um artista ou de um espectáculo.

    Um cumprimento sorridente entre Isilda Gomes e Giacomo Scalisi a selar um ajuste directo de 910 mil euros de dinheiros públicos inundados de irregularidades.

    O registo inicialmente inserido no Portal Base (com o número de identificação 10605060) foi integralmente apagado pela autarquia de Portimão – porventura, numa tentativa de negar a veracidade de alguns aspectos da primeira notícia do PÁGINA UM sobre este assunto – e, em sua subsituição, criou ontem um novo registo nesta plataforma oficial dos contratos público (com o número de identificação 10626097) onde acrescentou algumas peças procedimentais antes não divulgadas, designadamente a carta convite e o caderno de encargos.

    Este último documento, apesar de possuir 14 páginas, ‘gastas’ com generalidades e cláusulas habituais que acabam repetidas no contrato, somente dedica 14 linhas às especificações técnicas. Por norma, seria de esperar num caderno de encargos para um contrato de programação cultural que nas especificações técnicas estivesse listados e discriminados os eventos ou tipologias de eventos a ser obrigatoriamente executados, até pelo simples facto de assim se justificar o valor do contrato e, em certa medida, poder avaliar-se à posteriori se o adjudicatário cumpriu integral ou apenas parcialmente o contrato.

    Porém, as singelas 14 linhas das especificações técnicas, que fazem parte da cláusula 14º do caderno de encargos com 14 páginas, diz apenas que a autarquia pretende a “concepção e operacionalização do projecto artístico de comemorações do centenário da Cidade de Portimão”, acrescentando que “a entidade a contratar [sabendo a autarquia que seria a Lavrar o Mar] deverá, em coerência com o projecto artístico para as Comemorações, a apresentar até Novembro de 2023 e após a aprovação do mesmo pelo Executivo, planear as tarefas necessárias à operacionalização do programa, designadamente coordenando a sua pré-produção e produção, assegurando a contratação dos espectáculos programados e a assistência técnico-artísticas aos mesmos, realizando o acompanhamento das companhias e artistas e promovendo a sua interação com os públicos”.

    Isilda Gomes lidera a autarquia de Portimão há 10 anos.

    E terminam, as ditas especificações técnicas, referindo que “as tarefas atrás indicadas serão acompanhadas pelo Município através de reuniões regulares com o Director artístico do Projecto e com outros colaboradores e da elaboração e apresentação de relatórios e memorandos escritos”, assumindo que “todos os encargos inerentes à execução do projecto que venha a ser aprovado serão da responsabilidade da entidade a contratar”.

    Além de se assumir, neste aspecto, que o ajuste directo que se pretende sustentar numa criação artística foi, na verdade, a contratação de um programador, sob a denominação de “Director artístico do Projecto”, nada nas curtas e vagas especificações técnicas do caderno de encargos se pode encontrar uma razão para a escolha da autarquia de Portimão, com dinheiros públicos, pelo programador Giacomo Scalisi.

    Recorde-se que o município de Portimão defendeu, na passada segunda-feira, que a escolha da Lavrar do Mar teve como pressupostos “o desenho e operacionalização de um programa de comemorações [que] exige que o mesmo seja acompanhado artisticamente por uma entidade de reconhecida competência no domínio da programação artística, visando assegurar a articulação entre os vários setores da produção e o acompanhamento de públicos em coerência com o programa artístico a conceber”, e também a necessidade de que a entidade escolhida possuísse “um conhecimento profundo não só de programação, mas também das companhias e artistas que possam vir a integrar o programa das Comemorações do centenário da Cidade de forma a potenciarem as interações artísticas e formativas entre os artistas e os públicos”.

    As especificações técnicas de um ajuste directo de 910 mil euros ocupa 14 linhas cheias de nada.

    E a mesma fonte oficial da autarquia liderada por Isilda Gomes salientou então ao PÁGINA UM que Giacomo Scalisi e a Lavrar o Mar seria a única entidade capaz para “colaborar, com valor acrescentado, face a outras eventuais opções [por exemplo, concurso público para se procurar alternativas de programação] , na conceção e operacionalização do projecto artístico de comemorações declinando-o através de um planeamento adequado num conjunto de tarefas de conceção, pré-produção e produção que lhe caberá, depois, coordenar”, será a entidade Lavrar o Mar”. Ou seja, para o município socialista o “serviço pretendido apenas pode ser confiado” à Lavrar o Mar, o que se mostra duvidoso face às especificidades técnicas do caderno de encargos.

    De acordo com o programa já disponível pela Câmara Municipal de Portimão, apenas dois dos espectáculos do centenário da cidade serão produzidos pela Lavrar o Mar: o primeiro, em Outubro, é do próprio Scalisi; e o outro será um espectáculo que combina dança e música da autoria da bailarina e coreógrafa Madalena Victorino, co-diectora artística da cooperativa. Dos restantes eventos, que decorrem entre Fevereiro e Dezembro de 2024, encontram-se concertos, espectáculos circenses, exposições e outros eventos com a produção executiva ou organização por outras entidades, que foram programados pela cooperativa a partir do ajuste directo.

    Uma outra evidente irregularidade deste contrato por ajuste directo está no facto de Giacomo Scalisi e a sua cooperativa – cujas contas não são públicas, ao contrário do que sucede com empresas – terem começado a trabalhar para a autarquia de Portimão, e a dar a cara publicamente pela programação do centenário da cidade, muito antes da assinatura do contrato de 910 mil euros, algo que o Código dos Contratos Públicos não permite. Com efeito, no passado 12 de Dezembro, dia da Cidade de Portimão, foi já Giacomo Scalisi o cicerone da apresentação do esboço da programação, prometendo então que haveria uma “forte presença de espectáculos de novo circo, de teatro, de música, de dança, das artes plásticas”, cuja intenção seria “construir uma ocupação progressiva da cidade de Portimão”.

    Ora, uma das cláusulas do contrato refere que este somente “produz efeito a partir da data de aposição da última assinatura”, terminando no final do presente ano. Tanto Isilda Gomes como Giacomo Scalisi assinaram o contrato na tarde do dia 26 de Fevereiro, ou seja, o director da Lavrar o Mar esteve mais de dois meses a trabalhar para a autarquia sem qualquer suporte legal.

    Saliente-se também que o caderno de encargos possui uma cláusula de sigilo e confidencialidade “sobre todos os assuntos previstos no objecto da contratação”. E acrescenta mesmo que as duas partes (autarquia e Lavrar o Mar) devem “tratar, como confidenciais, todos os documentos a que tenham acesso no âmbito do seu desenvolvimento, abrangendo essa obrigação os seus agentes, funcionários, colaboradores ou terceiros que se encontrem envolvidos na prestação de serviços ou no procedimento ao qual o mesmo deu origem”. Essa cláusula contraria, obviamente, a Lei do Acesso aos Documentos Administrativos.


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  • Açores: SATA gasta 1,8 milhões de euros em ajuste directo de segurança ‘escondido’ durante três anos

    Açores: SATA gasta 1,8 milhões de euros em ajuste directo de segurança ‘escondido’ durante três anos


    [Nota 17:08 de 21/03/2024: por lapso, no cálculo do valor global do contrato, considerou-se o IVA de 23%; na verdade, nos Açores o IVA dos serviços é de 16%, pelo que, sendo o contrato sem IVA de 1.470.714 euros, o valor global foi de 1.7096.028,24 euros, ou seja, cerca de 1,7 milhões de euros, e não cerca de 1,8 milhões de euros (que seria com IVA a 23%. O mesmo sucede com o valor do contrato de 2017. Alteraram-se os valores no corpo do texto, que não têm relevância significativa, mas manteve-se o título por uma questão de ‘integridade’ da notícia]


    A subsidiária do Grupo STA que gere as pistas do arquipélago dos Açores escondeu, durante mais de três anos, a divulgação de um ajuste directo de 1,7 milhões de euros para serviços de segurança dos aeródromos das ilhas do Pico, São Jorge, Graciosa e Corvo. Os serviços englobavam segurança privada no âmbito aeroportuário, para os postos de controlo, de acessos de pessoas, de viaturas, de bagagens, de carga e correio e de artigos transportados, com vista à proteção de pessoas e bens, assim como à prevenção da prática de atos ilícitos contra a aviação civil.

    De acordo com o Portal Base, a SATA – Gestão de Aeroportos somente ontem, dia 19 de Março, inseriu o registo do contrato com a empresa açoriana Provise que foi celebrado em 1 de Fevereiro de 2021 – ou seja, há mais de 37 meses. Como o ajuste directo tinha a duração de 36 meses, significa que a empresa pública somente divulgou o contrato um mês depois daquele ter terminado. O Código dos Contratos Público estipula que as entidades públicas adjudicantes têm a obrigação de inserir a informação dos contratos por ajuste directo no prazo máximo de 20 dias úteis.

    white and blue airplane on airport during daytime

    Além deste atraso, e porque a administração do Grupo SATA não respondeu aos pedidos de esclarecimento do PÁGINA UM, ignora-se as razões para ter sido a Provise a escolhida para os serviços de segurança, uma vez que tal ocorreu após todas as candidaturas apresentadas num concurso público lançado no início de 2020 terem sido excluídas, conforme consta na fundamentação do ajuste directo de 2021.

    Saliente-se que a Provise – que também terá sido excluída do concurso público em 2020 – foi a empresa contratada por concurso público em 2017 – divulgado, neste caso, e curiosamente, apenas três dias depois da assinatura do contrato – por um prazo também de três anos, mas por um valor substancialmente mais baixo: cerca de 1,01 milhões de euros, com IVA incluído. Ou seja, o ajuste directo teve um custo de 68% superior ao do contrato de 2017, que terminou no início de 2020.

    A SATA – Gestão de Aeródromos, é uma das três subsidiárias do Grupo SATA, sendo, tal como a holding, fortemente deficitária. Em 2022 registou um prejuízo de 511 mil euros, por uma razão de ‘mercearia’: os serviços prestados nos aeroportos e aeródromos açorianos renderam uma receita de um pouco menos de 3,5 milhões de euros, mas para tal gastou-se quase 1,2 milhões de euros e mais 3,2 milhões de euros em fornecimentos e serviços externos. No ano anterior, o prejuízo foi de apenas 10.494 euros, mas por via de um subsídio à exploração de 547.117 euros do Governo Regional, que não se repetiu em 2022.

    A situação do Grupo SATA, porém, é muito pior em termos de resultados consolidados. Em 2021 e 2022 registaram um prejuízo acumulado de quase 95 milhões de euros, mas mesmo assim ‘maquilhados’ com subsídios à exploração próximos de 89,6 milhões de euros, uma parte por via do contrato de serviço público (para compensar a Tarifa Açores, que beneficia os passageiros com residência fiscal nos Açores), que só em 2022 atingiu os 28 milhões de euros, e outra grande parte por via do contrato de concessão com o Governo Regional dos Açores. Em suma, sem ajudas estatais, a transportadora aérea dos Açores apresentaria um prejuízo, em apenas dois anos, de quase 185 milhões de euros. Nesse ‘oceano’ de prejuízos, um estranho ajuste directo de 1,8 milhões esquecido durante três anos é, na verdade, uma ‘gota de água’.

    O contrato celebrado pela SATA e a Provise integra o Boletim P1 da Contratação Pública e Ajustes Directos que agrega os contratos divulgados no dia 19 de Março de 2024. Desde Setembro de 2023, o PÁGINA UM apresenta uma análise diária aos contratos publicados no dia anterior (independentemente da data da assinatura) no Portal Base. De segunda a sexta-feira, o PÁGINA UM faz uma leitura do Portal Base para revelar os principais contratos públicos, destacando sobretudo aqueles que foram assumidos por ajuste directo.

    PAV


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    Ontem, dia 19 de Março, no Portal Base foram divulgados 1015 contratos públicos, com preços entre os 3,40 euros – para aquisição de medicamentos, pelo Hospital da Senhora da Oliveira Guimarães, ao abrigo de acordo-quadro – e os 139.000.000,00 euros – para fornecimento, instalação, montagem e entrada em exploração de cabo de fibra ótica submarino de telecomunicações, pela Infraestruturas de Portugal, através de consulta prévia.

    Com preço contratual acima de 500.000 euros, foram publicados 20 contratos, dos quais 12 por concurso público, quatro ao abrigo de acordo-quadro, um por consulta prévia e três por ajuste-directo.

    Por ajuste directo, com preço contratual superior a 100.000 euros, foram publicados 25 contratos, pelas seguintes entidades adjudicantes: SATA – Gestão de Aeródromos (com  a Provise, S.A., no valor de 1.470.714,00 euros); 11 do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (dois com a Novo Nordisk, um no valor de 606.765,60 euros, e outro no valor de 405.135,96 euros, dois com a Uniself – Sociedade de Restaurantes Públicos e Privados, um no valor de 526.224,00 euros, e outro no valor de 323.266,14 euros, seis com a Regina – Lavandarias Industrial, um no valor de 436.506,75 euros, outro no valor de 247.924,50 euros, outro no valor de 232.417,77 euros, outro no valor de 166.956,50 euros, outro no valor de 135.539,50 euros, e outro no valor de 132.077,40 euros, e outro com a Sá Limpa – Facility Services, no valor de 197.656,26 euros); Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (com a Vantive, Lda., no valor de 492.731,25 euros); Município de Elvas (com a Fidelidade – Companhia de Seguros, no valor de 418.137,68 euros); Município de Vila Nova de Gaia (com a Toyota Caetano Portugal, no valor de 399.920,00 euros); Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil (com a Gilead Sciences, no valor de 360.000,00 euros); Câmara Municipal de Serpa (com a Monumenta – Reabilitação do Edificado e Conservação do Património, no valor de 299.413,00 euros); Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (com a Getinge Group Portugal, no valor de 215.500,00 euros); dois do Município de Cascais (um com a OG Solutions, Consultoria de Gestão, no valor de 198.750,00 euros, e outro com a Deloitte Tax – Economistas Especialistas em Fiscalidade, no valor de 123.000,00 euros); Unidade Local de Saúde de São José (com a Regina – Lavandarias Industrial, no valor de 171.480,00 euros); dois do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (um com a Daiichi Sankyo Portugal, no valor de 134.400,00 euros, e outro com a Biogen Portugal, no valor de 126.023,66 euros); Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (com a Fresenius Kabi Pharma Portugal, no valor de 103.080,00 euros); e o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (com a Transalpino – Viagens e Turismo, no valor de 100.000,00 euros).


    TOP 5 dos contratos públicos divulgados no dia 19 de Março

    1Empreitada de construção, instalação e entrada em exploração de cabo de fibra ótica submarino

    Adjudicante: Infraestruturas de Portugal

    Adjudicatário: Alcatel Submarine Networks

    Preço contratual: 139.000.000,00 euros

    Tipo de procedimento: Consulta prévia


    2Empreitada de dragagens de manutenção nos canais, bacias e docas de recreio do Porto de Lisboa

    Adjudicante: APL – Administração do Porto de Lisboa

    Adjudicatário: Dravo, S.A.

    Preço contratual: 7.816.600,00 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    3Empreitada de reabilitação de 33 habitações

    Adjudicante: Município de Coimbra

    Adjudicatário: M. Kairos – Engenharia e Construção

    Preço contratual: 4.890.000,00 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    4Aquisição de medicamentos

    Adjudicante: Unidade Local de Saúde de Santa Maria

    Adjudicatário: Astrazeneca – Produtos Farmacêuticos

    Preço contratual: 4.079.942,17 euros

    Tipo de procedimento: Ao abrigo de acordo-quadro (artº 259º)


    5Construção de edifício destinado a Estrutura Residencial para Pessoas Idosas, Centro de Dia e Serviços de Apoio Domiciliário

    Adjudicante: São Pedro – Centro Social da Sobreira

    Adjudicatário: Tree Civil, Lda.

    Preço contratual: 1.996.101,19 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    TOP 5 dos contratos públicos por ajuste directo divulgados no dia 19 de Março

    1 Aquisição de serviços de segurança da aviação civil nos aeródromos das Ilhas do Pico, São Jorge, Graciosa e Corvo

    Adjudicante: SATA – Gestão de Aeródromos

    Adjudicatário: Provise, S.A.

    Preço contratual: 1.470.714,00 euros


    2Aquisição de medicamentos e outros produtos farmacêuticos

    Adjudicante: Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Central

    Adjudicatário: Novo Nordisk – Comércio de Produtos Farmacêuticos

    Preço contratual: 606.765,60 euros


    3Prestação de serviços de fornecimento de alimentação

    Adjudicante: Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Central

    Adjudicatário: Uniself – Sociedade de Restaurantes Públicos e Privados

    Preço contratual: 526.224,00 euros


    4Prestação de serviços de programa de diálise peritoneal

    Adjudicante: Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira

    Adjudicatário: Vantive, Lda.

    Preço contratual: 492.731,25 euros


    5Prestação de serviços de lavagem e tratamento de roupa hospitalar e fardamentos

    Adjudicante: Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Central

    Adjudicatário: Regina – Lavandarias Industrial

    Preço contratual: 436.506,75 euros


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  • Boletim P1 da contratação pública e ajustes directos: 20 de Março

    Boletim P1 da contratação pública e ajustes directos: 20 de Março


    Ontem, dia 20 de Março, no Portal Base foram divulgados 1018 contratos públicos, com preços entre os 16,90 euros – para aquisição de medicamentos, pelo Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil, através de ajuste directo – e os 2.288.243,13 euros – para aquisição de seguro de acidentes de trabalho, pelo Hospital de Braga, através de concurso público.

    Com preço contratual acima de 500.000 euros, foram publicados 18 contratos, dos quais 10 por concurso público, dois ao abrigo de acordo-quadro e seis por ajuste-directo.

    Por ajuste directo, com preço contratual superior a 100.000 euros, foram publicados 23 contratos, pelas seguintes entidades adjudicantes: cinco da Unidade Local de Saúde de Santa Maria (dois com  a Novo Nordisk, um no valor de 1.427.411,23 euros, e outro no valor de 472.232,43 euros, outro com a Gilead Sciences, no valor de 345.000,00 euros, outro com a Heart & Vascular Solutions, no valor de 291.000,00 euros, e outro com a Ekrior, Lda., no valor de 144.000,00 euros); três do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (todos com a Uniself – Sociedade de Restaurantes Públicos e Privados, um no valor de 1.107.717,06 euros, outro no valor de 1.001.338,98 euros, e outro no valor de 801.375,00 euros); Município de Portimão (com a Lavrar o Mar – Cooperativa Cultural, no valor de 740.000,00 euros); Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte (com a Bayer Portugal, no valor de 695.542,00 euros); dois da Unidade Local de Saúde do Algarve (um com a Iberdrola, no valor de 488.724,20 euros, e outro com a Petrogal, no valor de 117.046,63 euros); dois do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (um com a Fresenius Medical Care, no valor de 245.740,00 euros, e outro com a Vifor Pharma Portugal, no valor de 169.252,94 euros); dois da Infraestruturas de Portugal (um com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil, no valor de 178.323,23 euros, e outro com a Ground Transportation Systems Portugal, no valor de 160.330,00 euros); Unidade Local de Saúde do Nordeste (com a Fresenius Medical Care, no valor de 173.250,00 euros); Município de Oliveira de Azeméis (com a Reclacambra – Publicidade e Serviços, no valor de 141.864,00 euros); Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (com a VWR International – Material de Laboratório, no valor de 137.326,00 euros); Serviços Intermunicipalizados de Águas e Resíduos dos Municípios de Loures e Odivelas (com a Esri Portugal – Sistemas e Informação Geográfica, no valor de 121.950,00 euros); Unidade Local de Saúde da Guarda (com a Siemens Healthcare, no valor de 120.675,66 euros); Direcção-Geral da Administração da Justiça (com a Canon Portugal, no valor de 109.101,90 euros); e o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (com a Johnson & Johnson, no valor de 108.645,00 euros).


    TOP 5 dos contratos públicos divulgados no dia 20 de Março

    1Aquisição de seguro de acidentes de trabalho

    Adjudicante: Hospital de Braga

    Adjudicatário: Fidelidade – Companhia de Seguros

    Preço contratual: 2.288.243,13 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    2Aquisição de medicamentos

    Adjudicante: Unidade Local de Saúde de Santa Maria

    Adjudicatário: Bristol – Myers Squibb

    Preço contratual: 2.014.714,36 euros

    Tipo de procedimento: Ao abrigo de acordo-quadro (artº 259º)


    3Aquisição de energia eléctrica para iluminação pública

    Adjudicante: Município de Vila Franca de Xira

    Adjudicatário: Iberdrola

    Preço contratual: 1.700.000,00 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    4Aquisição de serviços de transporte não-urgente de doentes e acompanhantes

    Adjudicante: Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil

    Adjudicatário: Ambulâncias Alfa

    Preço contratual: 1.565.463,99 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    5Aquisição de medicamentos

    Adjudicante: Unidade Local de Saúde de Santa Maria

    Adjudicatário: Novo Nordisk – Comércio de Produtos Farmacêuticos

    Preço contratual: 1.427.411,23 euros

    Tipo de procedimento: Ajuste directo


    TOP 5 dos contratos públicos por ajuste directo divulgados no dia 20 de Março

    1 Aquisição de medicamentos

    Adjudicante: Unidade Local de Saúde de Santa Maria

    Adjudicatário: Novo Nordisk – Comércio de Produtos Farmacêuticos

    Preço contratual: 1.427.411,23 euros


    2Prestação de serviços de alimentação – 2023

    Adjudicante: Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central

    Adjudicatário: Uniself – Sociedade de Restaurantes Públicos e Privados

    Preço contratual: 1.107.717,06 euros


    3Prestação de serviços de alimentação – 2023

    Adjudicante: Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central

    Adjudicatário: Uniself – Sociedade de Restaurantes Públicos e Privados

    Preço contratual: 1.001.338,98 euros


    4Prestação de serviços de alimentação – 2023

    Adjudicante: Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central

    Adjudicatário: Uniself – Sociedade de Restaurantes Públicos e Privados

    Preço contratual: 801.375,00 euros


    5Aquisição de serviços de criação e execução de projecto artístico (repetição de um contrato já revelado, tendo-se acrescentado o caderno de encargos)

    Adjudicante: Município de Portimão

    Adjudicatário: Lavrar o Mar – Cooperativa Cultural

    Preço contratual: 740.000,00 euros


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  • Regulador confirma perda de controlo da World Opportunity Fund na Global Media

    Regulador confirma perda de controlo da World Opportunity Fund na Global Media

    Já tinha sido antecipado pelo PÁGINA UM, mas formalizou-se hoje: a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) suspendeu os direitos de voto e os direitos patrimoniais ao World Opportunity Fund, que assim deixa de poder gerir, através da Páginas Civilizadas, os periódicos da Global Media, entre os quais o Jornal de Notícias e o Diário de Notícias. Esta é a primeira vez que o regulador toma uma decisão desta natureza com base na Lei da Transparência, abrindo assim as portas ao anunciado desmembramento do grupo de media. Resta saber quem vai pagar, no processo, as avultadas dívidas fiscais do grupo que regressa de novo às mãos de Marco Galinha.


    Faltava o formalismo, veio hoje em reunião da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC). O regulador dos media deu como verificada a falta de transparência do World Opportunity Fund, Ltd. (WOF), confirmando o projeto de deliberação aprovado no passado 15 de Fevereiro que formaliza a perda de direitos de voto do fundo das Bahamas sobre a participação de 51% do capital social da Páginas Civilizadas, que detém uma participação indireta de 25,628% na Global Notícias, mas que, na prática, a controlava.

    Em comunicado, a ERC salienta que “perante a ausência de elementos ou medidas tomadas pelos interessados que pudessem pôr fim à situação identificada [a recusa do fundo em identificar os seus investidores], o Conselho Regulador deliberou prosseguir com a publicitação da falta de transparência” no seu site, implicando de imediato a suspensão do exercício dos direitos de voto e dos direitos patrimoniais” do World Opportunity Fund tanto na Páginas Civilizadas como na Global Notícias.

    O regulador destaca que a sua deliberação “do Conselho Regulador “não restringe a possibilidade de transmissão da participação” do fundo das Bahamas, “desde que, sob prova bastante […] resulte uma inequívoca sanação da situação de falta de transparência identificada. Em concreto, significa que o empresário Marco Galinha, um dos sócios minoritários da Páginas Civilizadas – e que foi o responsável por introduzir o fundo das Bahamas no negócios do Grupo Global Media, inclusive concordando com a contratação de João Paulo Fafe antes da concretização da transacção em Setembro do ano passado – tem agora ‘carta branca’ para negociar ainda melhor a recuperação do que vendeu.

    Por outro lado, saído o fundo das Bahamas – que está longe de ter criado uma situação financeira grave, já que em 2022 a Global Media terminou o exercício com prejuízos acumulados de 42 milhões de euros desde 2017 e uma dívida ao Estado que aumentou 7 milhões de euros em apenas um ano -, Marco Galinha pode agora concretizar, com despedimentos colectivos à mistura, o desmembramento dos diversos órgãos comunicação social. Resta saber quem vai ficar com a dívida ao Estado, porque nesse processo de desmembramento, se as autoridades tributárias e a ERC permitir, pode bem suceder que o Jornal de Notícias, um título ainda apetecível, fique ‘limpo’ de dívidas, ficando todo o ‘calote’ à Autoridade Tributária em títulos que, mais tarde ou mais cedo, o mercado tratará de falir, excepto, claro, se o Estado intervir para o sanear


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  • ‘Doce centenário’: sem concurso público, Portimão paga quase um milhão para programa cultural

    ‘Doce centenário’: sem concurso público, Portimão paga quase um milhão para programa cultural

    A socialista Isilda Gomes quis, o município sonhou e as comemorações do centenário da cidade de Portimão estão a avançar com um custo de 910 mil euros. Tudo sem concurso público, e atropelando as mais elementares normas de transparência e de livre concorrência no criativo e competitivo mundo cultural. Alegando ser a única entidade capaz de executar a programação para os 100 anos da cidade, a autarquia de Portimão celebrou um contrato por ajuste directo com a cooperativa algarvia Lavrar o Mar, fundada e liderada pelo italiano Giacomo Scalisi, e para contornar a abertura de um concurso público invocou uma norma de excepção do Código dos Contratos Públicos apenas usada para a compra de uma obra de arte ou a aquisição de um simples espectáculo. Além disso, a edilidade acaba por confessar que Giacomo Scalisi já está a prestar serviços desde Outubro do ano passado, embora o contrato só tenha sido celebrado quatro meses depois.


    Um chorudo ajuste directo, sem concorrência, de mão-beijada. Para programar eventos culturais do primeiro centenário da cidade de Portimão, a autarquia local contratou a cooperativa algarvia Lavrar o Mar, presidida pelo encenador italiano Giacomo Scalisi, por um valor de 740 mil euros, que ascende a 910 mil euros com IVA incluído. O contrato celebrado no final de Fevereiro, e divulgado no início da semana passada, invoca um falso argumento previsto pelo Código dos Contratos Públicos, para um ajuste directo desta natureza, porque equipara a programação e gestão de 38 eventos culturais e festivos – que se iniciaram no passado mês, e se prolongam até ao final do presente ano – à aquisição (compra) de obra de arte, contratação de um artista ou de um espectáculo.

    De acordo com o registo inserido no Portal Base – que omite a proposta da Lavrar o Mar, apesar de se salientar “fazer parte integrante deste contrato” –, a decisão de contratar por ajuste directo a cooperativa sediada em Aljezur, e criada em 2014 por Giacomo Scalisi e Madalena Victorino, ocorreu em 6 de Dezembro do ano passado, invocando-se critérios materiais para contornar a abertura de um concurso público, ademais tendo em conta o elevado montante em causa.

    A socialista Isilda Gomes é presidente da Câmara Municipal de Portimão desde 2013. (Foto: D.R./PS)

    O uso de ajustes directos para a “criação ou aquisição de uma obra de arte ou de um espetáculo artístico” costuma ser uma prática banal e legal, embora discutível, mas aquilo que, no caso do centenário da cidade de Portimão, está em causa não é a mera aquisição de espectáculos ou a contratação de artistas, mas sim a “criação e execução de projecto artístico” com a duração de 397 dias.

    De acordo com o programa já disponível, apenas dois dos espectáculos são produzidos pela Lavrar o Mar: o primeiro, em Outubro, é de Scalisi; e o outro será um espectáculo que combina dança e música da autoria da bailarina e coreógrafa Madalena Victorino, co-diectora artística da cooperativa. Dos restantes eventos, que decorrem entre Fevereiro e Dezembro de 2024, encontram-se concertos, espectáculos circenses, exposições e outros eventos com a produção executiva ou organização por outras entidades, que foram programados pela cooperativa a partir do ajuste directo.

    Em respostas a questões colocadas pelo PÁGINA UM, o município liderado por Isilda Gomes, que dirige a autarquia há mais de uma década, limitou-se basicamente a reafirmar a fundamentação invocada no contrato bem como o objecto do concurso: “o desenho e operacionalização de um programa de comemorações” do centenário da cidade.

    Na verdade, ninguém parece esconder que a função da Lavrar o Mar nos eventos associados às comemorações é a de programação. Ainda hoje, o diariOnline Região Sul, anunciava “o primeiro espetáculo da programação artística criada e apresentada pela Lavrar o Mar Cooperativa Cultural para assinalar esta importante efeméride [centenário da cidade], com diversos momentos a decorrer até ao final do ano, numa parceria estabelecida com o Município de Portimão”. O espectáculo nada tem a ver com a cooperativa, uma vez que tem “a produção executiva da Unnica Arts”, conforme revela o jornal algarvio. E, obviamente, não se trata de uma parceria, mas sim de uma prestação de serviços.

    Madalena Victorino e Giacomo Scalisi, da cooperativa Lavrar o Mar.
    (Foto: Captura de imagem a partir de entrevista no YouTube)

    O próprio município não esconde ao PÁGINA UM que a Lavrar o Mar tem funções de programador e de gestor, e que tudo foi antecipadamente negociado com o director artístico Giacomo Scalisi, o que imediatamente deveria retirar a possibilidade de se invocar o ajuste directo por critério material para justificar um ajuste directo de 910 mil euros.

    Segundo a autarquia de Portimão, “todos os encargos inerentes à execução do projecto que venha a ser aprovado serão da responsabilidade da entidade a contratar”, sendo acompanhadas pelo município através de reuniões regulares com o diretor artístico da Lavrar o Mar, e pela “apresentação de relatórios e memorandos escritos”. Ou seja, uma mera prestação de serviços que dificilmente se enquadra nos critérios materiais de criação ou aquisição de uma obra de arte ou de um espetáculo artístico.

    A autarquia de Portimão defende que a escolha da Lavrar do Mar teve como pressupostos “o desenho e operacionalização de um programa de comemorações [que] exige que o mesmo seja acompanhado artisticamente por uma entidade de reconhecida competência no domínio da programação artística, visando assegurar a articulação entre os vários setores da produção e o acompanhamento de públicos em coerência com o programa artístico a conceber”, e também a necessidade de que a entidade escolhida possuísse “um conhecimento profundo não só de programação, mas também das companhias e artistas que possam vir a integrar o programa das Comemorações do centenário da Cidade de forma a potenciarem as interações artísticas e formativas entre os artistas e os públicos”.

    Mesmo estando em causa a eventual violação do Código dos Contratos Públicos – e a eventual fiscalização do ajuste directo pelo Tribunal de Conta pode vir a declarar mesmo ilegalidades e nulidades –, o município de Portimão insiste ter sido esta a melhor opção, embora tal seja difícil de provar quando se trata de um adjudicatário escolhido a dedo, sem concorrência.

    Fonte oficial do município disse ainda ao PÁGINA UM que “considerando que Giácomo Scalisi aceitou pensar connosco o passado e desenhar num programa artístico, o futuro cultural para a cidade, através das festividades do seu centenário (…), afigura-se-nos que a [única] entidade que poderá colaborar, com valor acrescentado, face a outras eventuais opções, na conceção e operacionalização do projecto artístico de comemorações declinando-o através de um planeamento adequado num conjunto de tarefas de conceção, pré-produção e produção que lhe caberá, depois, coordenar, será a entidade Lavrar o Mar”, concluindo que, desse modo, o “serviço pretendido apenas pode ser confiado a esta entidade”.

    A autarquia liderada por Isilda Gomes até admite que a Lavrar o Mar começou a desenvolver o projecto artístico para as comemorações em Outubro do ano passado, ou seja, quatro meses antes da assinatura do contrato por ajuste directo, algo que constitui uma outra evidente ilegalidade.

    (Foto: Captura de imagem de reportagem da TVI)

    Antes deste ‘jackpot‘ de 910 mil euros, o contrato com entidade pública de valor mais elevado que a cooperativa Lavrar o Mar tinha obtido foi um do município de Odemira, em 2018, no valor de cerca de 112 mil euros (IVA incluído), relativo à “aquisição de serviço de espectáculos e workshops pedagógicos”.

    Para o município de Portimão, este ajuste directo corresponde ao quarto maior contrato de sempre feito sem concurso. O maior ajuste directo foi adjudicado em 2011 para a construção da nova escola EB 2,3 na zona da Bemposta, no valor de quase cinco milhões de euros. O segundo maior, efectuado em 2010, no valor de 4,3 milhões de euros, destinou-se à “Ampliação e beneficiação do Centro Escolar do Pontal”. O terceiro maior ajuste directo, em 2018, foi efectuado com a EDP, para o “fornecimento de energia eléctrica para as instalações alimentadas em MT, BTE, BTN e BTN – Iluminação Pública”, no montante de 756 mil euros.


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  • Boletim P1 da contratação pública e ajustes directos: 18 de Março

    Boletim P1 da contratação pública e ajustes directos: 18 de Março


    Ontem, dia 18 de Março, no Portal Base foram divulgados 899 contratos públicos, com preços entre os 16,38 euros – para aquisição de medicamentos, pelo Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil, através de ajuste directo – e os 13.539.210,00 euros – para concessão de exploração e prestação de serviços de Imagiologia, pela Unidade Local de Saúde do Alto Minho, através de concurso público.

    Com preço contratual acima de 500.000 euros, foram publicados 10 contratos, dos quais seis por concurso público, um ao abrigo de acordo-quadro e três por ajuste-directo.

    Por ajuste directo, com preço contratual superior a 100.000 euros, foram publicados 17 contratos, pelas seguintes entidades adjudicantes: cinco do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (um com a Profarin, no valor de 839.833,25 euros, outro com a Kyowa Kirinfarmacêutica, no valor de 493.977,50 euros, outro com a Iberlim – Higiene e Sustentabilidade Ambiental, no valor de 401.178,00 euros, outro com a Sá Limpa – Facility Services, no valor de 296.484,39 euros, e outro com a Excelência Robótica Portugal, no valor de 177.900,00 euros); Santa Casa da Misericórdia de Almeirim (com a Eco Demo – Demolições Ecologia e Construção, no valor de 567.969,75 euros); Marinha – Direcção de Navios (com a Leonardo MW LTD, no valor de 506.688,19 euros); dois do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (um com a Astrazeneca, no valor de 284.463,20 euros, e outro com Medtronic Portugal, no valor de 202.000,00 euros); Unidade Local de Saúde de Almada-Seixal (com a Efago – Manutenção Hospitalar, no valor de 232.436,46 euros); Unidade Local de Saúde do Nordeste (com o Município de Bragança, no valor de 231.200,00 euros); Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil (com a Roche – Farmacêutica, no valor de 195.336,50 euros); Município de Nordeste (com a Construções Achadense, no valor de 147.679,69 euros); Unidade Local de Saúde de Santa Maria (com a Ambimed – Gestão Ambiental, no valor de 138.145,48 euros); Município de Vizela (com a Delicateplan – Consultoria e Engenharia, no valor de 130.000,00 euros); Unidade Local de Saúde do Algarve (com a Terumo Europe Espanha, no valor de 103.710,00 euros); e a Tratolixo – Tratamento de Resíduos Sólidos (com a Bellmer Kufferath Machinery, no valor de 100.000,00 euros).


    TOP 5 dos contratos públicos divulgados no dia 18 de Março

    1Concessão de exploração e prestação de serviços de Imagiologia

    Adjudicante: Unidade Local de Saúde do Alto Minho

    Adjudicatário: Lifefocus II – Global Solutions

    Preço contratual: 13.539.210,00 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    2Elaboração de estudo prévio e do projecto de execução da ligação ferroviária do troço Pocinho e Barca D’Alva (Linha do Douro)

    Adjudicante: Infraestruturas de Portugal

    Adjudicatário: Tecnofisil – Consultores de Engenharia; Edgar Cardoso – Laboratório de Estruturas

    Preço contratual: 4.086.027,00 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    3Prestação de serviços de lavagem, tratamento, transporte e costura de roupa hospitalar

    Adjudicante: Serviço de Utilização Comum dos Hospitais

    Adjudicatário: Ultraseco – Sociedade de Investimentos Imobiliários, Comerciais e Hoteleiros

    Preço contratual: 3.636.000,00 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    4Empreitada de requalificação de bloco de partos

    Adjudicante: Unidade Local de Saúde do Alto Minho

    Adjudicatário: Atlântinível – Construção Civil

    Preço contratual: 2.146.541,77 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    5Prestação de serviços de consultoria para evolução e massificação de soluções de identidade digital

    Adjudicante: Agência para a Modernização Administrativa

    Adjudicatário: Glintt – Global Intelligent Technologies

    Preço contratual: 1.690.000,00 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    TOP 5 dos contratos públicos por ajuste directo divulgados no dia 18 de Março

    1 Aquisição de produtos Profarin

    Adjudicante: Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central

    Adjudicatário: Profarin – Distribuidora de Produtos Farmacêuticos

    Preço contratual: 839.833,25 euros


    2Empreitada de reabilitação de edifício sito em Almeirim

    Adjudicante: Santa Casa da Misericórdia de Almeirim

    Adjudicatário: Eco Demo – Demolições Ecologia e Construção

    Preço contratual: 567.969,75 euros


    3Aquisição de serviços de recondicionamento

    Adjudicante: Marinha – Direcção de Navios

    Adjudicatário: Leonardo MW LTD

    Preço contratual: 506.688,19 euros


    4Aquisição de medicamentos e outros produtos farmacêuticos

    Adjudicante: Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central

    Adjudicatário: Kyowa Kirinfarmacêutica

    Preço contratual: 493.977,50 euros


    5Prestação de serviços de limpeza – Fevereiro de 2023 até Março de 2024

    Adjudicante: Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central

    Adjudicatário: Iberlim – Higiene e Sustentabilidade Ambiental

    Preço contratual: 401.178,00 euros


    MAP