Há testes que parecem nascer de uma estranha alquimia entre a psicologia e o absurdo. O PAI — Personality Assessment Inventory, no seu nome pomposo e internacional — é um desses instrumentos que, à primeira vista, pode provocar o riso ou a incredulidade de quem o lê sem conhecer a sua lógica interna.
Centenas de afirmações – 344 para ser exacto – dispostas em série, numeradas como uma ladainha laica, pedem ao respondente que diga, para cada uma, se é “falsa”, “ligeiramente verdadeira”, “bastante verdadeira” ou “completamente verdadeira”. Lidas de forma literal, parecem um retrato caricatural da mente humana, um mosaico do absurdo.

Mas a psicometria não é literatura — embora, neste caso, pareça imitá-la. De facto, os psicólogos explicam que a razão destas perguntas reside nas nuances e nas intersecções entre respostas. Um teste como o PAI não se lê linha a linha, mas em padrões. A magia — ou a ciência — está no cruzamento das respostas, nos desvios estatísticos e nas correlações discretas entre, por exemplo, a afirmação 19 e a 244, entre o nervosismo declarado e a paciência negada.
Aparentemente inócuas, certas perguntas funcionam como espelhos cruzados: servem para medir a consistência interna do respondente, detectar incongruências ou indícios de falsificação. Há até um nome para o fenómeno em que o examinado responde não o que sente, mas o que acha que deve sentir: chama-se viés de desejabilidade social — a tendência de dar as respostas “boas”, as respostas que se imagina que o avaliador espera.
Porém, por mais que se possa compreender a utilidade de tais instrumentos no diagnóstico clínico, a sua aplicação a candidatos ao Centro de Estudos Judiciários levanta um desconforto ético e intelectual, até porque não estamos a inquirir pessoas com suspeita de problemas clínicos, de sociabilidade ou mesmo reclusos. Trata-se de pessoas que já superaram provas escritas de Direito e de cultura geral, avaliações orais de painéis de júris e avaliações de raciocínio jurídico — e que, de repente, são sujeitas a um questionário em que se pergunta se ouvem vozes, se se sentem controladas por forças invisíveis ou se gostam de coleccionar selos ou se têm diarreia frequente.

É, convenhamos, uma experiência desconcertante – e reside aí, porventura, terem chumbado mais de metade dos candidatos que tinham ultrapassado todas as provas técnicas – e isso fez com que o CEJ tenha sido obrigado a fazer uma segunda avaliação, atrasando o início das aulas em quase dois meses.
Compreende-se até bem que um jurista lúcido e emocionalmente equilibrado – e que, como candidato ao curso de juízes e magistrados do Ministério Público – se tenha irritado perante algumas perguntas, que parece querer testar sobretudo a paciência perante a estupidez.
Não é preciso ser Freud para reconhecer que há algo de profundamente literário neste tipo de experimentos — basta, “apenas”, ter lido Machado de Assis. Na novela “O Alienista”, publicada em 1882, o doutor Simão Bacamarte, tomado de um zelo científico quase divino, decide internar os alienados de Itaguaí em nome da razão. Primeiro encerra os loucos evidentes, depois os excêntricos, a seguir os virtuosos, os prudentes e, por fim, todos os que se desviam — mesmo que minimamente — da sua noção de equilíbrio. Na sua própria loucura metodológica, o alienista Bacamarte, obcecado em definir o que é sanidade, acaba por ter um lampejo de lucidez: reconhece que a loucura é, afinal, a norma, e encerra-se a si próprio na Casa Verde. É o desfecho irónico de um enredo que desmonta o delírio científico e a pretensão de medir a alma humana com réguas de laboratório.

O PAI, na sua forma moderna, não chega a tanto, mas transporta a mesma tentação — a de reduzir o espírito humano a uma soma de variáveis e percentagens —, ainda mais inquietante quando se pretende aplicá-lo a futuros juízes e magistrados do Ministério Público, que, antes de tudo, deveriam continuar a ser humanos como os demais.
Entretanto, esta tarde o PÁGINA UM recebeu um “aviso” da editora Hogrefe, que se diz detentora dos direitos do PAI em Portugal, exigindo a cessação imediata de qualquer divulgação adicional dos seus conteúdos e até a remoção dos já publicados. E diz ainda que aquilo que o PÁGINA UM publicou são de “versão não autorizada” e que não correspondem à versão “utilizada no processo de selecção do Centro de Estudos Judiciários”.
Convém referir que a editora não diz quais, em concretos, são as questões apresentadas como exemplo pelo PÁGINA UM que não foram usadas no CEJ, sendo que a instrumento PAI está padronizado internacionalmente, ou seja, apenas admite pequenas alterações ao modelo Leslie Charles Morey. Assim, comparando a versão espanhola com a portuguesa (ambas na posse do PAGINA UM), as diferenças são de pormenor de tradução ou de adatação ao contexto do país. Por exemplo, a pergunta 40, em português é: “O meu poeta favorito é o Daniel Sampaio“, enquanto na versão em espanhol é: “Mi poeta favorito es Ruperto Miralles“.

O gesto da editora (que, na verdade, comercializa a versão portuguesa adaptada por Mauro Paulino, da empresa Think About, contratada pelo CEJ), além de intimidatório, é revelador da opacidade com que certos instrumentos “científicos” são tratados. Como se compreende, o PÁGINA UM não está a divulgar segredos industriais ou a violar a privacidade de alguém, mas a discutir a adequabilidade de um teste aplicado em concursos públicos — e, portanto, sujeito ao escrutínio público.
Por essa razão, decidimos publicar a totalidade das 344 afirmações do PAI, destacando a negrito aquelas que considerámos mais relevantes ou questionáveis. A selecção não foi fácil, tal a profusão de curiosidades insólitas e intrusivas que, com frequência, se imiscuem mesmo nos recantos da vida íntima dos candidatos — expondo-os perante os psicólogos — e, em certos casos, descem mesmo a pormenores de natureza escatológica (no sentido literal do termo).
Note-se que os candidatos eram ‘convidados’ a assinarem um “consentimento informado” antes do preenchimento do inquérito, mas, na prática, jamais poderiam recusar: sem o preenchimento do inquérito seriam automaticamente desclassificados.

A decisão de publicar na íntegra as 344 afirmações do questionário do PAI, apesar do aviso da editora de capital alemão, é sustentada por um princípio que deveria ser elementar numa democracia: o interesse público. Quando um instrumento de avaliação é usado para excluir ou condicionar o acesso a carreiras públicas — como a de juiz ou magistrado do Ministério Público —, a sociedade tem o direito de conhecer a sua natureza, os seus pressupostos e as suas implicações.
A liberdade de imprensa não é um luxo: é o antídoto contra a arbitrariedade. E a transparência é a única garantia de que a psicologia não se transforma numa nova forma de censura científica, onde o cidadão é reduzido a um código estatístico. O PÁGINA UM não se move por curiosidade mórbida, mas por convicção democrática: quem aspira a julgar os outros não pode ser julgado por um algoritmo. E quem acredita na razão não deve temer a transparência. Destaque-se ainda que a empresa Think About e o CEJ mantêm silêncio quanto às questões formuladas pelo PÁGINA UM na passada semana.
INQUÉRITO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA APLICADA PELA EMPRESA THINK ABOUT AOS CANDIDATOS AO CURSO DO CENTRO DE ESTUDOS JUDICIÁRIOS
(a negrito estão as afirmações – às quais se deveria responder com uma de quatro opções (“falsa”, “ligeiramente verdadeira”, “bastante verdadeira” ou “completamente verdadeira”) – que o PÁGINA UM considera mais insólitas no contexto em causa)
1 — Os meus amigos estão disponíveis quando preciso deles.
2 — Tenho alguns conflitos internos que me causam problemas.
3 — A minha saúde tem limitado algumas das minhas atividades.
4 — Em algumas ocasiões, sinto tanta tensão que custa-me muito suportá-la.
5 — Às vezes, preciso de fazer as coisas de uma certa forma para não ficar nervoso.
6 — Estou triste, grande parte do tempo, sem que haja uma razão.
7 — Frequentemente, penso e falo tão rápido que os outros não me conseguem acompanhar.
8 — A maior parte das pessoas que conheço são dignas de confiança.
9 — De vez em quando, perco completamente a memória.
10 — Tenho algumas ideias que os outros acham estranhas.
11 — Estraguei intencionalmente os pertences de outras pessoas.
12 — O meu estado de saúde é muito bom para a minha idade.
13 — Sou uma pessoa muito sociável.
14 — Tenho mudanças de humor repentinas.
15 — Às vezes, sinto-me culpado pela quantidade de álcool que bebo.
16 — Sinto-me confortável nas situações em que tenho que orientar ou coordenar outras pessoas.
17 — Frequentemente, mudo a imagem e a ideia que tenho de mim.
18 — Tenho um caráter bastante mau.
19 — Tive alguns relacionamentos atribulados.
20 — Em certas ocasiões, gostaria de estar morto.
21 — As pessoas têm medo do meu feitio.
22 — Às vezes, tomo drogas para me sentir melhor.
23 — Experimentei quase todos os tipos de droga.
24 — Às vezes, até as coisas pequenas preocupam-me demasiado.
25 — Tenho dificuldades em concentrar-me por causa dos meus nervos.
26 — Frequentemente, tenho medo de “meter a pata na poça” e dizer algo inconveniente.
27 — Sinto que dececionei todo o mundo.
28 — Tenho muitas ideias brilhantes.
29 — Existem pessoas que me querem magoar.
30 — Parece-me que não me relaciono bem com as pessoas.
31 — Já pedi dinheiro emprestado sabendo que não podia pagar.
32 — A maior parte do tempo, não me sinto bem.
33 — Frequentemente, sinto-me inquieto.
34 — Continuo a viver algo horrível que me aconteceu.
35 — Quase não tenho energia.
36 — Irrito-me quando as pessoas são demasiado lentas a perceber as minhas ideias.
37 — Geralmente, as pessoas tratam-me bastante bem.
38 — Os meus pensamentos tornaram-se bastante confusos.
39 — Dá-me prazer fazer coisas perigosas.
40 — O meu poeta favorito é o Daniel Sampaio.
41 — A maior parte das pessoas, no meu meio, estão disponíveis quando preciso.
42 — Preciso de fazer algumas mudanças na minha vida.
43 — Tive algumas doenças que os médicos não foram capazes de explicar.
44 — O meu nervosismo impede-me de fazer algumas coisas bem.
45 — Tenho certos impulsos que luto para controlar.
46 — Esqueci-me o que é sentir-me feliz.
47 — Assumo tantos compromissos que não sou capaz de os cumprir.
48 — Devo estar alerta perante a possibilidade de algumas pessoas não serem leais.
49 — Quase não tenho boas memórias da minha infância.
50 — Às vezes, as outras pessoas metem ideias na minha cabeça.
51 — Fiz coisas que não eram completamente legais.
52 — Os meus problemas de saúde são muito complicados.
53 — Faço novos amigos com facilidade.
54 — Experimento estados de ânimo muito intensos.
55 — Tenho alguma dificuldade em controlar a quantidade de álcool que bebo.
56 — Geralmente, atuo como um líder de forma natural.
57 — Às vezes, sinto uma sensação intensa de vazio interior.
58 — Nunca tenho problemas por culpa do meu feitio.
59 — Quero que algumas pessoas saibam que me causaram muito dano.
60 — Já pensei em algumas formas de me suicidar.
61 — Às vezes, expludo e perco o controlo sobre mim.
62 — Algumas pessoas já me disseram que tenho problemas com as drogas.
63 — O consumo de drogas provocou-me alguns problemas de saúde.
64 — Não aceito bem as críticas.
65 — Frequentemente, acho difícil divertir-me porque tudo me preocupa.
66 — Tenho medos excessivamente grandes.
67 — Às vezes, penso que não valho nada.
68 — Tenho muitas qualidades interessantes que outras pessoas não têm.
69 — Algumas pessoas fazem coisas para me deixar mal.
70 — Tenho pouco que dizer a outras pessoas.
71 — Aproveitar-me-ia dos outros se fosse fácil.
72 — Tenho muitas dores.
73 — Às vezes, preocupo-me tanto que parece que vou desmaiar.
74 — Frequentemente, vêm à minha mente memórias do passado que me provocam mal-estar.
75 — Adormeço com facilidade.
76 — Não tenho paciência para as pessoas que me tentam controlar.
77 — Creio que na minha vida tive tanta sorte como a maior parte das pessoas.
78 — Às vezes, misturo os pensamentos uns com os outros.
79 — Faço muitas coisas perigosas só pela emoção que me causam.
80 — Às vezes, recebo por correio anúncios que não me interessam nada.
81 — Quando tenho problemas, tenho pessoas com quem posso contar.
82 — Tenho que mudar alguns aspetos, mesmo que me custe muito.
83 — Certas partes do meu corpo ficaram sem sensibilidade, em algumas ocasiões, sem que eu saiba o porquê.
84 — Algumas vezes, sinto medo sem que haja razões para isso.
85 — Incomoda-me que as coisas não estejam no seu sítio.
86 — Qualquer atividade exige-me um grande esforço.
87 — Os meus amigos não são capazes de seguir todas as minhas atividades sociais.
88 — Grande parte das pessoas tem boas intenções.
89 — O meu destino é ser infeliz desde o dia que nasci.
90 — Às vezes, parece que os meus pensamentos se produzem em voz alta e que os outros conseguem ouvi-los.
91 — Já disse muitas mentiras para livrar-me de situações comprometedoras.
92 — Custa-me muito fazer as coisas por causa dos meus problemas de saúde.
93 — Gosto de conhecer pessoas novas.
94 — Às vezes, meto-me em problemas porque ajo de forma muito impulsiva.
95 — Algumas pessoas próximas acham que bebo demasiado.
96 — Gosto dos trabalhos em que tenho que coordenar os outros.
97 — Preocupo-me muito que as outras pessoas possam abandonar-me.
98 — Quando estou a conduzir e me indigno com os outros condutores, faço para que deem conta disso.
99 — Algumas pessoas muito próximas já me abandonaram.
100 — Já fiz planos para matar-me.
101 — Quando me enfureço, é muito difícil acalmar-me.
102 — Já tive problemas económicos devido ao consumo de drogas.
103 — Sou incapaz de controlar o meu consumo de drogas.
104 — Às vezes, queixo-me demasiado.
105 — Frequentemente, sinto grande preocupação e nervosismo que mal consigo suportar.
106 — Quando tenho que fazer algo diante de outras pessoas, sinto-me muito nervoso.
107 — Sinto-me sem forças para continuar.
108 — Tenho planos de me converter, algum dia, numa pessoa famosa.
109 — As pessoas que me rodeiam são leais comigo.
110 — Sou uma pessoa solitária.
111 — Fazia qualquer coisa se me pagassem o suficiente.
112 — Tenho boa saúde.
113 — Às vezes, sinto tonturas quando estive debaixo de uma forte pressão.
114 — A recordação de uma má experiência afetou-me durante muito tempo.
115 — É raro ter dificuldades para adormecer.
116 — Às vezes, irrito-me porque as outras pessoas não compreendem os meus planos.
117 — Tenho dado muito, mas é pouco o que tenho recebido em troca.
118 — Algumas vezes, custa-me separar uns pensamentos dos outros.
119 — Às vezes, comporto-me de forma desenfreada e insensata.
120 — O desporto que mais gosto de ver pela televisão é salto em altura.
121 — As pessoas que conheço preocupam-se comigo.
122 — Necessito de ajuda para enfrentar os problemas importantes.
123 — Em algumas ocasiões, as minhas pernas estavam tão fracas que não podia caminhar.
124 — Frequentemente, tenho a sensação que está prestes a acontecer algo horrível.
125 — Sou capaz de descansar ainda que a minha casa esteja desarrumada.
126 — Parece que nada me proporciona prazer.
127 — Em certas ocasiões, os meus pensamentos movem-se a uma velocidade excessiva.
128 — Geralmente, as pessoas ocultam as suas verdadeiras intenções.
129 — Tenho problemas psicológicos graves que começaram de forma repentina.
130 — Existem pessoas que tentam controlar os meus pensamentos.
131 — Nunca tive problemas com a lei.
132 — Parece que os meus problemas de saúde são sempre difíceis de tratar.
133 — Sou uma pessoa acolhedora.
134 — Às vezes, não consigo conter a minha raiva.
135 — O meu hábito de beber trouxe-me alguns problemas nas relações com os outros.
136 — Custa-me muito defender-me sem ajuda.
137 — Frequentemente, pergunto-me o que deveria fazer com a minha vida.
138 — Seria capaz de gritar com os outros de forma a que fiquem claros os meus argumentos.
139 — Quando estou zangado, tendo a fazer coisas que me magoam.
140 — Nos últimos tempos, tenho pensado no suicídio.
141 — Às vezes, parto coisas quando estou muito zangado.
142 — Nunca consumo drogas ilegais.
143 — Prejudica-me o meu comportamento excessivamente impulsivo.
144 — Às vezes, sou demasiado impaciente.
145 — Os meus amigos dizem-me que preocupo-me demasiado.
146 — Raramente, sinto medo.
147 — Por mais que tente, nada me sai bem.
148 — Creio que tenho as respostas a algumas perguntas importantes.
149 — Algumas pessoas procuram impedir-me de evoluir.
150 — Há poucas pessoas de quem me sinto próximo.
151 — Penso em mim antes de tudo e deixo que os outros cuidem de si próprios.
152 — São raras as vezes que me queixo do meu estado de saúde.
153 — Às vezes, custa-me respirar quando estou submetido a muita tensão.
154 — Parece que não me posso livrar de certos acontecimentos do passado.
155 — Tenho-me movido com mais lentidão do que o normal.
156 — Tenho planos importantes e incomoda-me muito que outras pessoas tentem meter-se no meio.
157 — Muitas pessoas não são capazes de apreciar o que fiz por elas.
158 — Às vezes, parece que alguém está a bloquear os meus pensamentos.
159 — Tenho prazer em conduzir muito depressa.
160 — Grande parte das pessoas deseja ir ao dentista.
161 — As pessoas não compreendem o quanto eu sofro.
162 — Tenho muitos problemas económicos.
163 — Recentemente, têm acontecido muitas mudanças na minha vida.
164 — Na minha casa existe pouca estabilidade.
165 — As coisas não vão bem com a minha família.
166 — Perdi interesse em coisas que antes gostava.
167 — Ultimamente, tenho tido mais energias que o normal.
168 — Geralmente, presumo que as pessoas dizem a verdade.
169 — Sinto-me sozinho, na maior parte do tempo.
170 — Oiço vozes que mais ninguém consegue ouvir.
171 — Gosto fazer coisas só para provar se consigo sair delas impune.
172 — Tenho tido unicamente problemas de saúde que a maioria das pessoas tem.
173 — Necessito de tempo para sentir-me confiante com pessoas que não conheço.
174 — Sempre fui uma pessoa bastante feliz.
175 — A bebida ajuda-me a suportar certas situações sociais.
176 — Sou o tipo de pessoa que toma conta das coisas.
177 — Não posso suportar separar-me das pessoas que são muito próximas de mim.
178 — Nunca perco o controlo quando estou demasiado furioso.
179 — Cometi alguns erros graves em relacionamentos com pessoas que escolhi como amigas.
180 — Durante muito tempo, pensei em suicídio.
181 — Ameacei magoar outras pessoas.
182 — Utilizei medicamentos para me animar.
183 — Normalmente, tenho poucas mudanças de humor.
184 — Às vezes, tento evitar as pessoas de quem não gosto.
185 — A minha preocupação com as coisas é geralmente igual à da maioria das pessoas.
186 — Não me assusta conduzir em autoestradas.
187 — Acho que me custa muito concentrar-me.
188 — Tive alguns êxitos notáveis.
189 — Algumas pessoas mudam os seus planos para me incomodar.
190 — Desfruto a companhia de outras pessoas.
191 — Não gosto de sentir-me ligado a outra pessoa.
192 — Tenho problemas de costas.
193 — Sou capaz de relaxar com facilidade.
194 — Tive algumas experiências terríveis que fazem com que me sinta culpado.
195 — Com frequência, acordo cedo pela manhã e não sou capaz de voltar a dormir.
196 — Posso ser muito exigente quando quero que as coisas se façam rapidamente.
197 — Geralmente, reconhecem o que eu faço.
198 — A minha mente tende a saltar rapidamente de umas coisas para outras.
199 — A ideia de uma vida tranquila e ordenada nunca me interessou.
200 — Os meus passatempos favoritos são o tiro com arco e coleção de selos (filatelia).
201 — Gosto de estar com a minha família.
202 — Gosto de ser como sou.
203 — Em certas ocasiões, perdi a sensibilidade nas mãos.
204 — São raras as vezes que sinto tensão ou ansiedade.
205 — Normalmente, dou conta de quando algo tem muitos germes.
206 — Não tenho interesse pela vida.
207 — Tenho a sensação de que necessito estar em constante atividade, sem descansar.
208 — As pessoas pensam que sou demasiado suspeito.
209 — Às vezes, não me recordo de quem sou.
210 — Outras pessoas podem ler os meus pensamentos.
211 — Nunca me expulsaram da escola durante a minha infância, nem mesmo temporariamente.
212 — Já tive doenças ou incómodos bastante raros.
213 — É preciso tempo para as pessoas chegarem a conhecer-me.
214 — Em algumas ocasiões enfureci-me de tal forma que era incapaz de manifestar toda a ira que sentia.
215 — Em algumas ocasiões tive que deixar a bebida.
216 — Prefiro que sejam os outros a tomar as decisões.
217 — Normalmente, não me aborreço.
218 — Sempre que posso, evito as discussões.
219 — Quando tenho um amigo ou amiga, é para muito tempo.
220 — A morte seria um alívio.
221 — Os outros pensam que sou uma pessoa agressiva.
222 — Nunca consumo drogas para ajudar-me a enfrentar o mundo.
223 — Raras vezes, sinto-me uma pessoa solitária.
224 — Às vezes, deixo as coisas para o último momento.
225 — Geralmente, preocupo-me pelas coisas mais do que devia.
226 — Não me assustam as alturas.
227 — Creio que no futuro vão-me acontecer coisas favoráveis.
228 — Creio que podia ser um bom comediante.
229 — É muito raro que as pessoas me tratem mal de propósito.
230 — Sempre que posso, gosto de estar com outras pessoas.
231 — Não gosto de manter um relacionamento durante muito tempo.
232 — Tenho problemas de estômago.
233 — Às vezes, noto que o meu coração bate muito forte.
234 — Continuo a ter pesadelos sobre o passado.
235 — Tenho um bom apetite.
236 — Incomoda-me muito se uma pessoa trata de impedir que cumpra os meus objetivos.
237 — As pessoas que têm tido êxito, geralmente merecem-no.
238 — Às vezes, parece que me roubaram os pensamentos.
239 — Quando me canso de um sítio, vou para outro imediatamente.
240 — Não gosto de comprar coisas que me parecem excessivamente caras.
241 — Na minha família, discutimos mais do que falamos.
242 — Muitos dos meus problemas são consequências da minha atitude.
243 — Já tive experiências de visão dupla e visão turva.
244 — Sobressalto-me com facilidade.
245 — Os outros consideram que dou muita atenção aos detalhes.
246 — Nos últimos tempos, sinto-me geralmente feliz.
247 — Ultimamente, tenho menos necessidade de dormir que o habitual.
248 — Geralmente, as coisas não são o que aparentam à primeira vista.
249 — Às vezes, vejo apenas em preto e branco.
250 — Tenho um sexto sentido que me avisa das coisas que vão acontecer.
251 — Geralmente, portava-me bem quando ia para a escola.
252 — Já fui, muitas vezes, ao médico.
253 — Tento acolher as pessoas que parecem estar sós.
254 — Às vezes, bebo um copo de bebida alcoólica quando acordo.
255 — A bebida causou-me alguns problemas em casa.
256 — Digo sempre o que penso.
257 — Geralmente, faço o que as pessoas me pedem.
258 — Às vezes, posso ser uma pessoa violenta.
259 — É muito difícil ficar irritado.
260 — Tenho estado a pensar no que podia dizer numa carta de suicídio.
261 — Não tenho motivos para continuar a viver.
262 — Nunca tive problemas no trabalho por causa das drogas.
263 — Gasto dinheiro com demasiada facilidade.
264 — Às vezes, faço promessas que não posso cumprir.
265 — Às vezes, fico tão nervoso que parece que vou morrer.
266 — Evito andar de avião.
267 — Posso contribuir com coisas importantes.
268 — Ultimamente, confio tanto em mim que acredito conseguir o que me proponho.
269 — As pessoas implicam comigo.
270 — Faço amigos com facilidade.
271 — Tenho sempre algo a dizer ou a opinar sobre qualquer coisa.
272 — Dói-me a cabeça com mais frequência que as outras pessoas.
273 — Frequentemente, fico com as mãos suadas.
274 — Tive uma experiência muito má que me fez perder o interesse por algumas coisas que antes desfrutava.
275 — Frequentemente, acordo a meio da noite.
276 — Às vezes, estou muito desconfiado e aborreço-me facilmente.
277 — Não sou uma pessoa que costuma guardar rancor.
278 — Os pensamentos desaparecem rapidamente da minha cabeça.
279 — Nunca corro riscos se os puder evitar.
280 — Grande parte das pessoas prefere ganhar do que perder.
281 — Passo pouco tempo com a minha família.
282 — Sou capaz de resolver sozinho os meus problemas.
283 — Algumas partes do meu corpo ficaram paralisadas em alguma ocasião.
284 — Não sou das pessoas que se assustam facilmente.
285 — Controlo-me de uma forma muito rigorosa.
286 — Quase sempre, sou uma pessoa alegre e positiva.
287 — Quase nunca compro coisas por um impulso repentino.
288 — As pessoas têm que ganhar a minha confiança.
289 — Tenho visões onde me vejo obrigado a cometer certos crimes.
290 — Não creio que existam pessoas capazes de ler mentes.
291 — Nunca roubei dinheiro ou objetos de outras pessoas.
292 — Gosto de falar com outras pessoas sobre os seus problemas de saúde.
293 — Sou uma pessoa afetuosa.
294 — Se bebo, nunca conduzo.
295 — Quase nunca bebo álcool.
296 — As pessoas costumam pedir-me opinião.
297 — Se me atendem mal num estabelecimento, reclamo ao responsável.
298 — Repreendo as pessoas se o merecem.
299 — Procuro evitar levantar a voz.
300 — Já me perguntei como é que as pessoas reagiriam se eu me suicidasse.
301 — Tenho muitos motivos para viver.
302 — Partilho o consumo de drogas com os meus melhores amigos.
303 — Sou uma pessoa imprudente.
304 — Às vezes, podia ter agido de uma forma mais refletida do que aquela que o fiz.
305 — Não me preocupo com as coisas que escapam ao meu controlo.
306 — Não me preocupa andar de autocarro ou comboio.
307 — Tenho bastante êxito com os meus projetos.
308 — Sou incapaz de me ver como uma pessoa famosa.
309 — Sou alvo de uma conspiração.
310 — Mantenho contato com os meus amigos e amigas.
311 — Quando faço uma promessa, não sinto a necessidade de a cumprir.
312 — Tenho diarreia com frequência.
313 — Tenho o pulso firme.
314 — Evito certas coisas que trazem más recordações.
315 — Tenho pouco interesse por sexo.
316 — Sou pouco paciente com as pessoas que não estão de acordo com os meus planos.
317 — A longo prazo, uma pessoa vê-se recompensada se ajudar alguém.
318 — Sou capaz de me concentrar tão bem como nos meus melhores tempos.
319 — Não sou uma pessoa que se assusta com os desafios.
320 — No meu tempo livre, costumo ler, ver televisão ou simplesmente descansar.
321 — Gostaria de entender o porquê de agir da forma que o faço.
322 — A minha vida é completamente imprevisível.
323 — Em algumas ocasiões, a minha visão piorou e depois voltou a melhorar.
324 — Sou uma pessoa muito tranquila e relaxada.
325 — As pessoas dizem que sou perfecionista.
326 — Satisfaz-me plenamente a minha situação laboral.
327 — Preocupa-me não ter bastante dinheiro para ir em frente.
328 — A minha relação conjugal não vai bem.
329 — Creio que dentro de mim há três ou quatro personalidades completamente diferentes.
330 — Sou uma pessoa bastante compreensiva.
331 — É importante, para mim, ter relacionamentos pessoais íntimos.
332 — Tenho pouca paciência com as pessoas.
333 — Tenho mais amigos do que a maior parte das pessoas que conheço.
334 — Nunca tive problemas por ter bebido.
335 — Tive alguns problemas no trabalho por causa da bebida.
336 — Costumo tentar que os outros não se apercebam quando discordo deles.
337 — Sou uma pessoa muito independente.
338 — As pessoas ficariam surpreendidas se me vissem a gritar com alguém.
339 — Desde que sou uma pessoa adulta, nunca comecei uma luta.
340 — Estou a pensar na possibilidade de me suicidar.
341 — As coisas nunca me correram tão mal ao ponto de pensar em suicídio.
342 — O consumo de drogas nunca me causou problemas com a família ou os amigos.
343 — Tenho muito cuidado com a forma como gasto o dinheiro.
344 — Quase nunca estou de mau humor.
