Autor: Elisabete Tavares e Pedro Almeida Vieira

  • *****-**: artigo científico de especialista em medicina baseada na evidência pede suspensão da administração de ****** por razões de segurança

    *****-**: artigo científico de especialista em medicina baseada na evidência pede suspensão da administração de ****** por razões de segurança

    Aseem Malhotra, cardiologista britânico e professor de Medicina Baseada na Evidência, que promoveu a toma das ******* contra a *****-**, mudou de opinião devido aos seus efeitos adversos, sobretudo nos mais jovens e jovens adultos, e à baixa eficácia observada na prevenção da infecção e transmissão do ****-***-*. Num artigo na prestigiada revista científica Journal of Insuline Resistance, o especialista apresenta provas e apela para a suspensão das novas ******* até haver evidências científicas sólidas sobre a sua segurança e eficácia real.


    Foi um dos primeiros cientistas a associar, em Abril de 2020, os riscos da obesidade e as formas mais graves de *****-**, promoveu as ******* contra o ****-***-*, mas a sua experiência como médico e os resultados de estudos e evidências científicas levaram um reputado cardiologista britânico a publicar um artigo fracturante e que assume vir quebrar os dogmas e a desinformação que têm sido promovidos em torno das ******* mRNA contra a *****-**.

    No seu artigo, Aseem Malhotra, professor de Medicina baseada na evidência, e afiliado à Public Health Collaboration, diz que perante os registos dos efeitos adversos e a reduzida eficácia das ******* na prevenção da infecção e transmissão, sem haver acesso a dados brutos dos ensaios clínicos das ******* mRNA e na ausência de estudos independentes, a sua administração à população deve ser suspensa.

    Aseem Malhotra

    O cardiologista e activista de saúde pública publicou esta semana um artigo científico no prestigiado Journal of Insuline Resistance onde aponta que a população não tem sido bem informada sobre a real eficácia das ******* nem sobre os efeitos adversos registados, o que constitui uma grave violação dos deveres médicos e dos direitos dos cidadãos.

    E salienta ainda que as informações veiculadas pelas farmacêuticas, nomeadamente a Pfizer, sobre a capacidade das ******* de travarem a infecção e a transmissão do vírus ****-***-* não são confirmadas pela evidência científica. Também os danos na saúde provocados pelas ******* mRNA estão, segundo Aseem Malhotra, a ser subreportados, enquanto o excesso de mortalidade desde o início da administração das novas ******* e a afluência aos hospitais por problemas, incluindo do foro cardíaco, deveriam recomendar maior cautela na administração das *******.

    Primeira página da primeira parte do artigo científico de Aseem Malhotra no Journal of Insuline Resistance

    O cardiologista defende ainda que sejam efetuados estudos independentes sobre os efeitos adversos das novas *******, apontando simultaneamente falhas graves nos ensaios clínicos conduzidos pelos fabricantes.

    Neste artigo, que se encontra dividido em duas partes, Aseem Malhotra rompe ainda com o discurso do “consenso e pensamento único” em torno das ******* contra a *****-**, e nesse aspecto é taxativo: a eficácia e segurança das ******* mRNA prometidas pelas farmacêuticas não é demonstrada com base nas evidências científicas observadas em diversos estudos e dados estatísticos.

    O título do artigo científico não podia, aliás, ser mais directo: “Curando a desinformação na pandemia sobre as ******* mRNA contra a *****-** através de uma real medicina baseada na evidência“.

    “Trabalhei durante nove meses neste artigo e hoje finalmente está publicado depois de um processo rigoroso e longo de revisão por pares”, comentou entretanto o cardiologista na sua conta na rede social Twitter, que assume ter tomado duas doses da ****** da Pfizer, mas que foi mudando de opinião face aos dados recolhidos e às conversas com especialistas das universidades de Oxford, Stanford e Harvard, e ainda com dois whistleblowers (denunciantes) da farmacêutica norte-americana. “É talvez o trabalho mais importante da minha vida e da minha carreira até agora”, sublinhou.

    O artigo agora publicado, não é apenas opinativo; identifica em concreto diversas falhas que contribuíram para a desinformação em torno das ******* mRNA contra a covid-19, possibilitando a manipulação da população que nunca esteve realmente informada sobre a eficácia e segurança destes fármacos. E também os riscos já conhecidos.

    Por exemplo, citando estudos já concluídos, Aseem Malhotra diz que o risco de eventos adversos sérios é de 1 para 800 ******* tomadas, valores que excedem os ensaios randomizados da responsabilidade das farmacêuticas. Outro exemplo de alerta público é o incremento em 20% das chamadas de ambulâncias para socorrer suspeitas de ataque cardíaco ao longo de 2021 em comparação com 2019, antes da pandemia. E o cardiologista cita também o estudo envolvendo israelitas entre os 16 e os 39 anos de idade que contabilizou um aumento de 25% em determinados problemas cardíacos e coronários após a primeira e segunda doses da ****** contra a *****-**.

    Vídeo de ontem na conta do Twitter de Aseem Malhotra do artigo científico que pubicou, em que assume que foi ******** com duas doses da Pfizer.

    De entre as falhas identificadas no artigo do cardiologista, sobressaem as detectadas nos ensaios clínicos conduzidos pelas farmacêuticas, mas também as verificadas na actuação dos reguladores como as agências dos medicamentos.

    Aseem Malhotra critica também a parcialidade observada nas notícias e opiniões promovidas pelos media e nas redes sociais em geral, por sustentarem a ideia de uma “narrativa única” a favor da ********* contra a *****-** em todos os grupos etários, sem que tenham mencionado as falhas graves detectadas nas “promessas” dos fabricantes e nos ensaios clínicos efetuados.

    A influência do financiamento e da indústria farmacêutica nos media e nas redes sociais, e não só, também é visto pelo especialistas como um dos factores que contribuiu para a imposição de uma narrativa de pensamento único e alegado “consenso” (inexistente) em torno da eficácia e segurança das ******* mRNA.

    person in white gloves holding white plastic bottle

    Na primeira parte do artigo é sublinhado que “em resposta ao coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (****-***-*), vários novos agentes farmacêuticos foram administrados a milhares de milhões de pessoas em todo o Mundo, incluindo jovens saudáveis ​​com pouco risco de adoecer com o vírus”. Aponta ainda que “uma margem de manobra considerável foi concedida em termos de testes pré-clínicos e clínicos desses agentes, apesar de um mecanismo de acção totalmente novo e em relação às características de biodistribuição”.

    O objectivo desta primeira parte do artigo científico consistia sobretudo em “obter uma melhor compreensão dos verdadeiros benefícios e danos potenciais das vacinas contra a doença de coronavírus (*****-**) de ácido ribonucleico mensageiro (mRNA)”, salienta o cardiologista.

    O método seguido baseou-se “numa revisão narrativa das evidências de ensaios randomizados e dados do mundo real dos produtos *****-** mRNA, com ênfase especial na ****** BionTech/Pfizer”.

    woman in blue t-shirt and blue pants holding baby

    “Autoridades e sectores da profissão médica apoiaram políticas antiéticas, coercitivas e mal informadas, como mandatos de ******* e passaportes de *******, minando os princípios da prática médica baseada em evidências científicas e consentimento informado”, refere Aseem Malhotra na segunda parte do artigo. “Essas acções lamentáveis ​​​​são um sintoma da ‘confusão da informação médica’: a ponta de um iceberg de mortalidade, onde os medicamentos prescritos são estimados como a terceira causa mais comum de morte em todo o Mundo, depois de doenças cardíacas e cancro”, acrescenta ainda.

    Nesta fase, Aseem Malhotra pretendeu “identificar as principais causas dessas falhas de saúde pública”, através de “uma revisão narrativa dos factores de condução actuais e históricos que sustentam a pandemia de desinformação médica”.

    As conclusões dessa análise são claras: “as causas subjacentes a esse fracasso incluem a captura regulatória – os guardiões que deveriam proteger o público são, de facto, financiados pelas corporações que ganham com a venda desses medicamentos”; “uma falha nas mensagens de saúde pública também resultou em desperdício de recursos e numa oportunidade perdida de ajudar as pessoas a levar uma vida mais saudável com mudanças de estilo de vida relativamente simples – e de baixo custo”.

    Aseem Malhotra tem alertado para os riscos de problemas cardíacos causados pela ****** contra a *****-** em atletas, considerando que, nestes casos, é maior do que a infecção.

    Aseem Malhotra acrescenta que “há um forte argumento científico, ético e moral a ser feito de que a atual administração da vacina contra a *****-** deve parar até que todos os dados brutos sejam submetidos a um escrutínio totalmente independente”. E lança um aviso para o futuro: “as profissões médicas e de saúde pública devem reconhecer essas falhas e evitar o ‘dólar contaminado do complexo médico-industrial’”, acrescentando que, perante aquilo que está em causa, “levará muito tempo e esforço para reconstruir a confiança nessas instituições, mas a saúde – tanto da Humanidade quanto da profissão médica – depende disso”.

    A falta de confiança percepcionada pela população nota-se já, refere o especialista, daí a recente baixa taxa de ********* para outras doenças como a tripla contra o sarampo, a papeira e a rubéola no Reino Unido. Este facto é visto como muito preocupante, já que estas são ******* com vasta comprovação da sua eficácia e segurança.

    Aseem Malhotra, que é presença assídua nos media britânicos, vinha já alertando, desde o início do ano, para os riscos de ********* de jovens, especialmente quando começaram a surgir suspeitas de problemas cardíacos afectando futebolistas, como em Janeiro passado com o guarda-rede do Suderland, Lee Burge. No entanto, o cardiologista é também uma figura controversa no universo médico do Reino Unido, devido em parte à popularidade das suas dietas livre de açúcares e à contestação sobre o uso de estatinas para o controlo do colesterol.


    N.D. O Facebook eliminou o post cno mural do nosso jornal daquela rede social a divulgação da notícia publicada pelo PÁGINA UM no dia 29 de Setembro. Catalogou-a de notícia falsa, o que além de não corresponder à verdade, constitui uma ofensa e uma difamação. Quase cinco década após o 25 de Abril de 1974, esta é uma prática chocante, além de ilegal, e não pode o Estado da República Portuguesa (não o confundamos com o Governo) manter-se alheio a estes atropelos à democracia. Este tipo de censura, ainda mais sendo “decretada” por um algoritmo, por uma empresa emparedada em si mesma, é uma anacronismo intolerável. Aceitar isto é ser cúmplice.

  • Empresa do marido da ministra da Coesão Territorial tem sócio condenado por corrupção activa no caso dos ‘vistos Gold’

    Empresa do marido da ministra da Coesão Territorial tem sócio condenado por corrupção activa no caso dos ‘vistos Gold’

    A THVM – Thermalvet, dominada por empresas de António Trigueiros de Aragão, marido de Ana Abrunhosa (que adoptou os apelidos do cônjuge), tem como sócio um dos condenados no caso dos “vistos Gold”. Zhu Xiaodong, bem como a sua mulher Zhu Baoe, foram sentenciados por corrupção activa a mais de três anos de prisão, com pena suspensa. António Trigeiros de Aragão, cujas empresas também detêm as Termas de Monfortinho, adquiridas após o colapso do BES, está associado a mais empresários chineses, através da Xipu, que também recebeu fundos comunitários sob tutela da mulher.


    Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és. Esta máxima, se aplicada ao marido da ministra da Coesão Territorial, deixa sinais que não abonam a favor do empresário que está atualmente debaixo dos holofotes. António Trigueiros de Aragão embora sendo um conhecido empresário albicastrense, que detém a Fábricas Lusitana da conhecida farinha Branca de Neve tem estado agora na ribalta após o Observador ter noticiado que duas das suas empresas receberam fundos comunitários já quando a sua mulher, Ana Abrunhosa, detinha a tutela das entidades que gerem os fundos comunitários.

    Uma das empresas é a Thermalvet, controlada quase na totalidade por entidades na esfera da família Trigueiros de Aragão. O único sócio fora do seio desta ancestral família albicastrense é o empresário chinês Zhu Xiaodong, casado com Zhu Baoe, com residência em Cascais, no número 34 da Travessa do Flamingo, na Quinta da Bicuda.

    Ana Maria Pereira Abrunhosa Trigueiros de Aragão é ministra da Coesão Territorial desde Outubro de 2019

    Trata-se do casal que viu o Tribunal da Relação confirmar-lhes, em Junho de 2020, a condenação por co-autoria material de um crime de corrupção activa na Operação Labirinto, um caso judicial envolvendo uma rede ilegal dos “vistos Gold”. Zhu Xiaodong foi condenado a três anos e cinco meses de prisão, enquanto a mulher a três anos e três meses, em ambos os casos com as respectivas penas suspensas.

    Recorde-se que a Operação Labirinto teve também como réu o antigo ministro social-democrata da Administração Interna, Miguel Macedo, que acabou absolvido, tal como Jarmela Palos, ex-director do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

    Já o ex-presidente do Instituto de Registos e Notariado António Figueiredo, viu então ser-lhe agravada a sua pena para cinco anos, mas suspensa pelo mesmo período. Também a antiga secretária-geral do Ministério da Administração Interna Maria Antónia Anes, foi condenada a uma pena suspensa de três anos e cinco meses de prisão pela autoria material de um crime de corrupção passiva para prática de acto ilícito.

    De acordo com o noticiado pelo Observador, a Thermalvet viu aprovada uma candidatura para receber cerca de 133 mil euros. O projeto em questão, que teve início a 1 de Novembro de 2020, será financiado pelo Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural e visa desenvolver “produtos inovadores de uso veterinário” com água termal. Mas a empresa foi criada a 14 de Outubro de 2020, apenas 15 dias antes do início da execução do projeto, e quando Ana Abrunhosa já era ministra no Governo de António Costa.

    A Thermalvet, ao contrário do referido pelas notícias de ontem, é completamente dominada pela família da ministra da Coesão Social. Com efeito, a empresa, uma sociedade por quotas, com sede nas Termas de Monfortinho, tem um capital social de apenas 25 mil euros, repartido por cinco sócios, todos com 20%: Zhu Xiaodong, o próprio marido da ministra da Coesão Territorial, a TRU SGPS e a Multialimenta SGPG (ambas dominadas pela família Trigueiros de Aragão) e ainda a Raúl César Ferreira Herdeira S. A., uma consultora especializada em propriedade industrial que tem António Trigueiros de Aragão como presidente do Conselho de Administração.

    Outra empresa da esfera da família Trigueiros de Aragão também recebeu fundos comunitários, neste caso no valor de 66.015 euros, através do programa Compete 2020, tutelado pelo Ministério da Economia.

    Trata-se da empresa Xipu, criada em 2016 para adquirir as Termas de Monfortinho então na posse do Banco Espírito Santo, que deixou esta estância à beira do colapso , cuja estranha denominação tem uma origem sínica. Xipu é uma cidade chinesa de onde será natural Lu Shengrong, um dos sócios originais desta empresa. Lu Shengrong vive nas Ilhas Baleares e chegou também a ser investigado no âmbito do caso dos “vistos Gold” pelas suas ligações empresariais a Zhu Xiaodong e mulher.

    António Trigueiros de Aragão, empresário e marido da ministra da Coesão Territorial

    Apesar de adquirir todas as infraestruturas nas Termas de Monfortinho e com necessidade de investimento de dois milhões de euros -, a Xipu nasceu apenas com um capital social de 5.000 euros, dos quais 1.000 euros de Lu Shengrong.

    Contudo, em Março do ano passado, a Xipu registou um aumento considerável de capital, para os 210 mil euros, através da incorporação de suprimentos, onde o domínio das empresas da esfera do marido de Ana Abrunhosa saiu muito reforçado.

    Com efeito, a TRU ficou com um capital de 10% da Xipu, a Multialimenta com 30% e a Raúl César Ferreira (Herdeira) com 40%. Entrou nesta sociedade, por troca da saída formal de Lu Shengrong, um novo sócio chinês, que ficou com 20% da empresa. De seu nome Zhu Chunxing, o PÁGINA UM não conseguiu ainda apurar se tem relações familiares com Zhu Xiaodong.

  • Covid-19: artigo científico de especialista em medicina baseada na evidência pede suspensão da administração de vacinas por razões de segurança

    Covid-19: artigo científico de especialista em medicina baseada na evidência pede suspensão da administração de vacinas por razões de segurança

    Aseem Malhotra, cardiologista britânico e professor de Medicina Baseada na Evidência, que promoveu a toma das vacinas contra a covid-19, mudou de opinião devido aos seus efeitos adversos, sobretudo nos mais jovens e jovens adultos, e à baixa eficácia observada na prevenção da infecção e transmissão do SARS-COV-2. Num artigo na prestigiada revista científica Journal of Insuline Resistance, o especialista apresenta provas e apela para a suspensão das novas vacinas até haver evidências científicas sólidas sobre a sua segurança e eficácia real.


    Foi um dos primeiros cientistas a associar, em Abril de 2020, os riscos da obesidade e as formas mais graves de covid-19, promoveu as vacinas contra o SARS-CoV-2, mas a sua experiência como médico e os resultados de estudos e evidências científicas levaram um reputado cardiologista britânico a publicar um artigo fracturante e que assume vir quebrar os dogmas e a desinformação que têm sido promovidos em torno das vacinas mRNA contra a covid-19.

    No seu artigo, Aseem Malhotra, professor de Medicina baseada na evidência, e afiliado à Public Health Collaboration, diz que perante os registos dos efeitos adversos e a reduzida eficácia das vacinas na prevenção da infecção e transmissão, sem haver acesso a dados brutos dos ensaios clínicos das vacinas mRNA e na ausência de estudos independentes, a sua administração à população deve ser suspensa.

    Aseem Malhotra

    O cardiologista e activista de saúde pública publicou esta semana um artigo científico no prestigiado Journal of Insuline Resistance onde aponta que a população não tem sido bem informada sobre a real eficácia das vacinas nem sobre os efeitos adversos registados, o que constitui uma grave violação dos deveres médicos e dos direitos dos cidadãos.

    E salienta ainda que as informações veiculadas pelas farmacêuticas, nomeadamente a Pfizer, sobre a capacidade das vacinas de travarem a infecção e a transmissão do vírus SARS-CoV-2 não são confirmadas pela evidência científica. Também os danos na saúde provocados pelas vacinas mRNA estão, segundo Aseem Malhotra, a ser subreportados, enquanto o excesso de mortalidade desde o início da administração das novas vacinas e a afluência aos hospitais por problemas, incluindo do foro cardíaco, deveriam recomendar maior cautela na administração das vacinas.

    Primeira página da primeira parte do artigo científico de Aseem Malhotra no Journal of Insuline Resistance

    O cardiologista defende ainda que sejam efetuados estudos independentes sobre os efeitos adversos das novas vacinas, apontando simultaneamente falhas graves nos ensaios clínicos conduzidos pelos fabricantes.

    Neste artigo, que se encontra dividido em duas partes, Aseem Malhotra rompe ainda com o discurso do “consenso e pensamento único” em torno das vacinas contra a covid-19, e nesse aspecto é taxativo: a eficácia e segurança das vacinas mRNA prometidas pelas farmacêuticas não é demonstrada com base nas evidências científicas observadas em diversos estudos e dados estatísticos.

    O título do estudo não podia, aliás, ser mais directo: “Curando a desinformação na pandemia sobre as vacinas mRNA contra a covid-19 através de uma real medicina baseada na evidência“.

    “Trabalhei durante nove meses neste artigo e hoje finalmente está publicado depois de um processo rigoroso e longo de revisão por pares”, comentou entretanto o cardiologista na sua conta na rede social Twitter, que assume ter tomado duas doses da vacina da Pfizer, mas que foi mudando de opinião face aos dados recolhidos e às conversas com especialistas das universidades de Oxford, Stanford e Harvard, e ainda com dois whistleblowers (denunciantes) da farmacêutica norte-americana. “É talvez o trabalho mais importante da minha vida e da minha carreira até agora”, sublinhou.

    O artigo agora publicado, não é apenas opinativo; identifica em concreto diversas falhas que contribuíram para a desinformação em torno das vacinas mRNA contra a covid-19, possibilitando a manipulação da população que nunca esteve realmente informada sobre a eficácia e segurança destes fármacos. E também os riscos já conhecidos.

    Por exemplo, citando estudos já concluídos, Aseem Malhotra diz que o risco de eventos adversos sérios é de 1 para 800 vacinas tomadas, valores que excedem os ensaios randomizados da responsabilidade das farmacêuticas. Outro exemplo de alerta público é o incremento em 20% das chamadas de ambulâncias para socorrer suspeitas de ataque cardíaco ao longo de 2021 em comparação com 2019, antes da pandemia. E o cardiologista cita também o estudo envolvendo israelitas entre os 16 e os 39 anos de idade que contabilizou um aumento de 25% em determinados problemas cardíacos e coronários após a primeira e segunda doses da vacina contra a covid-19.

    Vídeo de ontem na conta do Twitter de Aseem Malhotra do artigo científico que pubicou, em que assume que foi vacinado com duas doses da Pfizer.

    De entre as falhas identificadas no artigo do cardiologista, sobressaem as detectadas nos ensaios clínicos conduzidos pelas farmacêuticas, mas também as verificadas na actuação dos reguladores como as agências dos medicamentos.

    Aseem Malhotra critica também a parcialidade observada nas notícias e opiniões promovidas pelos media e nas redes sociais em geral, por sustentarem a ideia de uma “narrativa única” a favor da vacinação contra a covid-19 em todos os grupos etários, sem que tenham mencionado as falhas graves detectadas nas “promessas” dos fabricantes e nos ensaios clínicos efetuados.

    A influência do financiamento e da indústria farmacêutica nos media e nas redes sociais, e não só, também é visto pelo especialistas como um dos factores que contribuiu para a imposição de uma narrativa de pensamento único e alegado “consenso” (inexistente) em torno da eficácia e segurança das vacinas mRNA.

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    Na primeira parte do artigo é sublinhado que “em resposta ao coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2), vários novos agentes farmacêuticos foram administrados a milhares de milhões de pessoas em todo o Mundo, incluindo jovens saudáveis ​​com pouco risco de adoecerem com o vírus”. Aponta ainda que “uma margem de manobra considerável foi concedida em termos de testes pré-clínicos e clínicos desses agentes, apesar de um mecanismo de acção totalmente novo e em relação às características de biodistribuição”.

    O objectivo desta primeira parte do artigo científico consistia sobretudo em “obter uma melhor compreensão dos verdadeiros benefícios e danos potenciais das vacinas contra a doença de coronavírus (covid) de ácido ribonucleico mensageiro (mRNA)”, salienta o cardiologista.

    O método seguido baseou-se “numa revisão narrativa das evidências de ensaios randomizados e dados do mundo real dos produtos covid mRNA, com ênfase especial na vacina BionTech/Pfizer”.

    woman in blue t-shirt and blue pants holding baby

    “Autoridades e sectores da profissão médica apoiaram políticas antiéticas, coercitivas e mal informadas, como mandatos de vacinas e passaportes de vacinas, minando os princípios da prática médica baseada em evidências científicas e consentimento informado”, refere Aseem Malhotra na segunda parte do artigo científico. “Essas acções lamentáveis ​​​​são um sintoma da ‘confusão da informação médica’: a ponta de um iceberg de mortalidade, onde os medicamentos prescritos são estimados como a terceira causa mais comum de morte em todo o mundo, depois de doenças cardíacas e cancro”, acrescenta ainda.

    Nesta fase, Aseem Malhotra pretendeu “identificar as principais causas dessas falhas de saúde pública”, através de “uma revisão narrativa dos factores de condução actuais e históricos que sustentam a pandemia de desinformação médica”.

    As conclusões dessa análise são claras: “as causas subjacentes a esse fracasso incluem a captura regulatória – os guardiões que deveriam proteger o público são, de facto, financiados pelas corporações que ganham com a venda desses medicamentos”; “uma falha nas mensagens de saúde pública também resultou em desperdício de recursos e numa oportunidade perdida de ajudar as pessoas a levar uma vida mais saudável com mudanças de estilo de vida relativamente simples – e de baixo custo”.

    Aseem Malhotra tem alertado para os riscos de problemas cardíacos causados pela vacina contra a covid-19 em atletas, considerando que, nestes casos, é maior do que a infecção.

    Aseem Malhotra acrescenta que “há um forte argumento científico, ético e moral a ser feito de que a atual administração da vacina contra a covid-19 deve parar até que todos os dados brutos sejam submetidos a um escrutínio totalmente independente”. E lança um aviso para o futuro: “as profissões médicas e de saúde pública devem reconhecer essas falhas e evitar o ‘dólar contaminado do complexo médico-industrial’”, acrescentando que, perante aquilo que está em causa, “levará muito tempo e esforço para reconstruir a confiança nessas instituições, mas a saúde – tanto da Humanidade quanto da profissão médica – depende disso”.

    A falta de confiança percepcionada pela população nota-se já, refere o especialista, daí a recente baixa taxa de vacinação para outras doenças como a tripla contra o sarampo, a papeira e a rubéola no Reino Unido. Este facto é visto como muito preocupante, já que estas são vacinas com vasta comprovação da sua eficácia e segurança.

    Aseem Malhotra, que é presença assídua nos media britânicos, vinha já alertando, desde o início do ano, para os riscos de vacinação de jovens, especialmente quando começaram a surgir suspeitas de problemas cardíacos afectando futebolistas, como em Janeiro passado com o guarda-rede do Suderland, Lee Burge. No entanto, o cardiologista é também uma figura controversa no universo médico do Reino Unido, devido em parte à popularidade das suas dietas livre de açúcares e à contestação sobre o uso de estatinas para o controlo do colesterol.

  • Imprensa ganhou em publicidade do Estado em 2021 mais do que nos cinco anos anteriores

    Imprensa ganhou em publicidade do Estado em 2021 mais do que nos cinco anos anteriores

    O montante da despesa do Estado com a compra de espaço publicitário atingiu o recorde de 12 milhões de euros em 2021. O valor obliterou qualquer verba anual registada desde que são comunicados os gastos com publicidade nos media por parte de entidades estatais. A DGS foi a entidade pública mais generosa, sendo responsável por cerca de metade dos montantes entregues aos órgãos de comunicação social em 2021. As TVs arrecadaram a maior fatia das verbas. Já em 2022, no primeiro semestre, o Estado gastou em publicidade nos media mais do que em todo o ano de 2020.


    O Estado foi muito generoso com os media no ano passado: 12,5 milhões de euros provenientes de 30 entidades públicas financiaram campanhas publicitárias. Nunca os órgãos de comunicação social tiveram tanto dinheiro em marketing estatal. A pandemia foi a principal causa, mas não só.

    Em 2020, primeiro ano da pandemia, apenas se chegou aos dois milhões de euros de publicidade estatal, um pouco menos do que em 2019. Há cinco anos nem se ultrapassou a fasquia de um milhão.

    A Direção-Geral da Saúde (DGS) foi, de longe, a entidade mais “benemérita”: pagou mais de cinco milhões em publicidade, com SIC e TVI a ficarem com a maior fatia, como noticiou o PÁGINA UM em Fevereiro deste ano.

    man in black and white checkered dress shirt sitting on chair

    Para passar a “mensagem oficial” em redor da pandemia, o ano publicitário de 2021 não se transformou apenas num recorde. Foi um rotundo recorde: o ano de 2021 ultrapassou largamente o total da despesa do quinquénio 2016-2020.

    Os canais de televisão engoliram mais de metade desta verba: 6.841.320 euros, repartidos por 23 serviços de programas de âmbito nacional.

    Entretanto, o ano de 2022 está com valores de publicidade do Estado mais modestos do que os de 2021, mas mesmo assim deverá também superar largamente os montantes no período pré-pandemia. Nos primeiros seis meses, o Estado entregou já 2,6 milhões de euros aos órgãos de comunicação social pela compra de espaço publicitário.

    Num levantamento do PÁGINA UM, o mês de Junho deste ano registou a maior despesa global do primeiro semestre de 2022, com uma verba de 1.149.088 euros.

    A entidade responsável pela maior despesa este ano já não é, contudo, o Ministério da Saúde, mas sim o Ministério do Trabalho e da Segurança Social, que já gastou um milhão de euros.

    Estes dados, com frequência mensal, são divulgados pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), e começaram a ser alvo de registo no final de 2015.

    Gastos (em euros) do Estado em compra de espaço publicitário nos media. Fonte: ERC

    No relatório de 2021, além da estatística geral, a ERC reportou ao Tribunal de Contas que cerca de meia centena de campanhas não cumpriram o requisito de investimento mínimo nos media locais e regionais. Isto significa que os maiores órgãos de comunicação social de âmbito nacional saíram ilegitimamente beneficiados.

    Na imprensa regional, em comparação com o ano anterior, em 2021 houve até uma queda de 7,0 pontos percentuais na atribuição de verbas para espaço publicitário, apesar de se registar um aumento no investimento global.

    Globalmente, a despesa com a compra de espaço publicitário pelo Estado nos meios locais e regionais somou 3.090.278 euros, que corresponde a 25% do total investido.

    A ERC afirma, no seu comunicado de apresentação do relatório anual de 2021, divulgado anteontem, que foram identificadas “51 campanhas de publicidade institucional do Estado que envolveram investimentos superiores a 5 mil euros, e destas, seis em que a parcela investida em órgãos de comunicação social regionais e locais foi inferior a 25% do custo global da campanha”. Trata-se de “um incumprimento do dever previsto no artigo 8.º da Lei n.º 95/2015, de 17 de agosto, e que foi oportunamente comunicado pela ERC ao Tribunal de Contas, que detém a competência nesta matéria”.

    Entre as campanhas que violaram a lei, consta a “Campanha Covid-19”, da DGS, que apenas entregou aos media locais e regionais 15% da verba total gasta na compra de espaço publicitário, ou 754.750 de euros. Devia ter entregado cerca de 1,28 milhões de euros.

    Media ganham com pandemia

    Além das contínuas iniciativas publicitárias da DGS – agrupadas numa rubrica global denominada “Campanha Covid-19”, no valor global de 5,1 milhões de euros –, a pandemia deu para múltiplas acções de marketing do Estado. De entre estas salienta-se a campanha “Não deixes o vírus entrar”, desenvolvida na época natalícia de 2020, onde um dos spots mostrava uma neta a oferecer uma camisola de lã ao avô, figura do SARS-CoV, e a dizer-lhe: “vai-te ficar a matar”. Custou 422.411 euros.

    brown wooden i love you wooden table ornament

    Em pouco menos (398.955 euros) ficou a campanha “Não deixes cair a máscara”, uma iniciativa do Ministério do Ambiente de promoção da reutilização dos panos faciais, e que tinha como um dos lemas “sabemos que a voz pode soar mais alto em silêncio”.

    A promoção da testagem – ou melhor da “massificação da testagem”, conforme surge nomeada no relatório da ERC – atingiu um preço total de 279.478 de euros, enquanto a dinamização pública do “reposicionamento” do SNS24 teve, por sua vez, um custo global de 249.920 de euros.

    A divulgação da “telescola da pandemia”, oficialmente conhecida por #Estudo em casa – e que teve Marcelo Rebelo de Sousa como professor convidado contou com uma verba destinada aos órgãos de comunicação social de 215.402 de euros.

    four person hands wrap around shoulders while looking at sunset

    Por fim, ainda para o combate contra a covid-19, e para convencer os jovens a deixarem “abraços e beijinhos (…) para outra altura”, o Governo gastou 73.883 de euros.

    Houve outros gastos publicitários em Saúde contabilizados em 2021 para sectores não-covid, mas irrelevantes: 300 euros para divulgar o Centro Hospitalar da Cova da Beira e mais 885 euros para uma campanha de prevenção de suicídios, da responsabilidade da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano.

    Refira-se, em todo o caso, que em 2021 as despesas publicitárias do Estado também foram relevantes para três iniciativas “esporádicas”: as eleições presidenciais (405.275 euros) e autárquicas (199.785 euros), e ainda a promoção dos Censos (1.168,628 euros) pelo Instituto Nacional de Estatística.