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  • À conta do BES, Banco de Portugal mete sucessivas ‘prendas no sapatinho’ da Vieira de Almeida

    À conta do BES, Banco de Portugal mete sucessivas ‘prendas no sapatinho’ da Vieira de Almeida


    Na semana passada saiu mais uma ‘prenda’ para a sociedade de advogados Vieira de Almeida: um ajuste directo, entregue de mão-beijada pelo Banco de Portugal, para ainda tratar da resolução do BES. Sobretudo a partir de 2018, a conta desta sociedade de advogados tem aumentado, com mais seis contratos a ultrapassarem os 22 milhões de euros, sempre sem concorrência, porque o regulador liderado por Mário Centeno alega que não há mais ninguém capaz de fazer o mesmo (ou melhor). Mas os contratos e as peças procedimentais nem sequer explicitam em concreto o objecto dos sucessivos ajustes directos. O Banco de Portugal disse ao PÁGINA UM que a manutenção da Vieira de Almeida se justifica por “interesse público”e que a aplicação das regras deontológicas e eventuais conflitos de interesses, “atento o tipo de litigância em causa, reduz em termos muitíssimo substanciais o universo de possíveis adjudicatários.” Mas não apresenta provas de que esses critérios levem à completa ausência de concorrência, o que pode implicar a ilegitimidade na invocação da norma para afastar concorrentes.


    Não há 12 sem 13. A sociedade de advogados Vieira de Almeida garantiu na semana passada o 13º ajuste directo do Banco de Portugal desde 2011, desta vez no valor de 4,6 milhões de euros, IVA incluído, mas as receitas tem estado a aumentar de forma espantosa desde há cinco anos.

    De acordo com o Portal Base, os contratos de mão-beijada entre a instituição liderada por Mário Centeno e esta conhecida sociedade de advogados tem ganhado contornos de grande intimidade desde 2018, não tanto pelo número de contratos mas pelos elevados montantes envolvidos sem que haja qualquer concorrência. Com efeito, se o número de contratos entre 2011 e 2017 até são superiores ao do período a partir de 2018 (sete vs. seis), as verbas envolvidas passaram a atingir verbas astronómicas para simples aquisição de serviços que, em abono da verdade, constitui trabalho intelectual sob a forma de trabalho jurídico.

    Mário Centeno, governador do Banco de Portugal.

    Somando os sete contratos entre 2011 e 2017 (sete anos), a Vieira de Almeida facturou ao Banco de Portugal um total de 7,38 milhões de euros (IVA incluído), enquanto os contratos a partir de 2018 (seis anos) já ascendem aos 22,33 milhões de euros (IVA incluído). De entre os contratos a partir de 2018 destacam-se cinco contratos de valor (sem IVA) igual ou superior a 2,5 milhões de euros: o primeiro assinado em Junho de 2018 (4,85 milhões de euros), o segundo em Fevereiro de 2020 (quase 4,37 milhões de euros), o terceiro em Novembro do mesmo ano (2,5 milhões de euros), o quarto e o quinto em Outubro e Dezembro de 2023, respectivamente de 1,8 milhões e 3,75 milhões de euros.

    A divisão dos contratos de mão-beijada entregues pelo Banco de Portugal antes e depois de 2017 não se deve apenas à diferença de montantes. Também o alegado fundamento para o ajuste directo se alterou. Antes de 2017, o Banco de Portugal justificou a não abertura de concurso público e a adjudicação directa à Vieira de Almeida invocando uma excepção no Código dos Contratos Públicos em que, com jeitinho, cabe tudo.

    Com efeito, no artigo invocado refere-se que se pode escolher o ajuste directo se “a natureza das respectivas prestações, nomeadamente as inerentes a serviços de natureza intelectual ou a serviços financeiros indicados na categoria 6 do anexo II-A da Directiva n.º 2004/18/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de Março, não permita a elaboração de especificações contratuais suficientemente precisas para que sejam qualitativamente definidos atributos das propostas necessários à fixação de um critério de adjudicação nos termos do disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo 74.º, e desde que a definição quantitativa, no âmbito de um procedimento de concurso, de outros atributos das propostas seja desadequada a essa fixação tendo em conta os objectivos da aquisição pretendida”.

    Sociedade Vieira de Almeida tem ‘coleccionado’ ajustes directos com o Banco de Portugal sem o incómodo da concorrência.

    Portanto, quando não se quer lançar um concurso público em aquisição de serviços, esta norma mais do que vaga serve a contento. Mas com o aumento dos montantes, com contratos acima de 2,5 milhões ou até acima de 4 milhões de euros, o Banco de Portugal terá achado ser abusivo manter a mesma desculpa. E arranjou outra, que tem o condão de ser ainda pior, porque, enquanto entrega de mão-beijada milhões à Vieira de Almeida, passa um autêntico atestado de incompetência à generalidade das outras sociedades de advogados, e a todos os advogados em geral.

    De facto, em todos os seis últimos contratos entre estas duas entidades invoca-se a norma que possibilita uma excepção ao concurso público (ou a outros procedimentos em que há concorrência) se “o objeto do contrato só possam ser confiadas a determinada entidade” no caso concreto em que “não exista concorrência por motivos técnicos”. Ou seja, o ajuste directo justificar-se-á por mais nenhuma sociedade de advogados nem outro qualquer advogado em Portugal (ou no estrangeiro) se mostram capazes de fazer o trabalho da Vieira de Almeida para o Banco Portugal.

    Não se consegue saber como o Banco de Portugal conseguiu saber isso, porque jamais houve sequer um concurso público anterior ou sequer uma consulta prévia, nem tão-pouco se conhecem declarações públicas de outras sociedades de advogados a proclamarem ser incapazes de fazer aquilo que a Vieira de Almeida faz sobre os assuntos jurídicos a prestar.

    Ricardo Salgado e o antigo BES continuam a custar dinheiro aos contribuintes portugueses. Resolução do banco tem sido um maná para a Vieira de Almeida.

    Até porque, na verdade, através dos contratos, e algumas peças procedimentais, constantes no Portal Base nem sequer se descortina quais são os serviços jurídicos em concreto que a Vieira de Almeida prestou ou vai prestar ao Banco de Portugal. Por exemplo, no mais recente ajuste directo, o contrato assinado no passado dia 18, diz apenas que, no objecto do contrato, com um prazo de três anos, que “o segundo outorgante [Vieira de Almeida] obriga-se perante o primeiro outorgante [Banco de Portugal],a prestar serviços de assessoria jurídica e de patrocínio judiciário, nos termos e condições definidos nos cadernos de encargos e na proposta adjudicada, que constituem, respectivamente, os anexos I e II do presente contrato, e que dele fazem parte integrante”.

    Mas nas peças do procedimento no Portal Base não consta nada da proposta adjudicada, enquanto o caderno de encargos é completamente omisso em detalhes sobre os serviços a desempenhar nem sequer estipula preços por hora. Mais opaco seria difícil.

    O contrato assinado em Outubro passado também sofre de similar falta de transparência, mas com a agravante de ter uma cláusula de retroactividade. Ou seja, a Vieira de Almeida começou a trabalhar primeiro antes de facturar. Tudo facilitismos com dinheiros públicos. Aliás, este contrato de Outubro de 2023 – que terá terminado em Novembro – previa a possibilidade de renovações até dois anos. Mas o Banco de Portugal terá optado por fazer outro contrato por mais três anos.

    Banco de Portugal invoca falta de concorrência e invoca “interesse público” para ajustes directos com a Vieira de Almeida. Nunca explicou como surgiu a ideia de escolher esta sociedade de advogados no primeiro contrato nem prova que efectivamente há ausência de concorrência, porque todos os contratos foram celebrados por ajuste directo.

    Contactado pelo PÁGINA UM, o Banco de Portugal diz que “os elementos publicitados no Portal Base correspondem ao que é legalmente exigido e, bem assim, ao que decorre das regras e dos termos de funcionamento desse Portal”. Convém referir que tal não corresponde à verdade, patente no próprio articulado do contrato onde se salienta que, por exemplo, a proposta de adjudicação faz parte integrante do contrato. Ao optar deliberadamente por omitir a proposta de adjudicação – único elemento que detalhará os serviços a prestar –, o Banco de Portugal estará a colocar um contrato “mutilado” no Portal Base.

    Apesar disso, o departamento da instituição liderada por Mário Centeno diz que “observa escrupulosamente, no âmbito dos procedimentos aquisitivos impostos pela prossecução das suas atribuições, o disposto nas normas legais aplicáveis e, em particular, no Código dos Contratos Públicos”, incluindo-se a “contratação de serviços jurídicos, em várias vertentes (especialmente, no que concerne ao apoio à representação do Banco de Portugal em juízo, em Portugal e noutras jurisdições).

    A mesma fonte do Banco de Portugal acrescenta ainda que na escolha do tipo de procedimento, se “tem em consideração o disposto no CCP [Código dos Contratos Públicos] e a jurisprudência nacional e europeia nomeadamente no que respeita aos princípios e requisitos de legalidade aplicáveis”, defendendo que “o ajuste direto é um tipo de procedimento aquisitivo que encontra previsão normativa no nosso ordenamento jurídico, quer por via do critério do valor, permitindo celebrar contratos até ao limite previsto (…), quer por via de critérios materiais, como sucede no caso vertente, permitindo celebrar contratos de qualquer valor quando se verificam circunstâncias materialmente relevantes que justificam o afastamento da concorrência”.

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    Só a partir do ponto 3 dos seus esclarecimentos enviados ao PÁGINA UM, o Banco de Portugal acaba por revelar que tipo de serviços a Vieira de Almeida tem estado a desenvolver para obter tantos ajustes directos nos últimos anos, apesar de nada constar nos elementos disponibilizados no Portal Base,

    “Trata-se, fundamentalmente, de assegurar a continuação da prestação de serviços de representação do Banco de Portugal em juízo”, diz o departamento de comunicação do regulador bancário e financeiro, salientando que “estão em causa processos judiciais associados à resolução de uma instituição bancária [que mais adiante identifica como sendo o BES], com a inerente excecionalidade e imprevisibilidade, e que, como é sabido, se prolongam por um extenso período de tempo”, e que “a prossecução do interesse público postula, nestes casos, a manutenção dos serviços de representação em juízo por quem tem o domínio dos concretos processos e tem assegurado a sua condução até ao momento”.

    Saliente-se, contudo, que nada existe em concreto na lei, e muito menos no Código dos Contratos Públicos, que postule esta alegação do Banco de Portugal, excepto se estiver em causa a continuação de serviços ou empreitadas que tenham sido alvo de anterior concurso público. Ora, o Banco de Portugal nunca fez um concurso público para a escolha de sociedade de advogados que o assessoraria na resolução do BES. Além disso, o Banco de Portugal – repita-se – alega sistematicamente a ausência de concorrentes por motivos técnicos, e não por um não provado “interesse público”.

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    Com ‘jeitinho’, o princípio da concorrência prevista no Código dos Contratos Públicos pode sempre transformar-se em sistemáticos ajustes directos, escolhendo adjudicatários a dedo, e abrindo a porta a eventuais actos de má gestão de dinheiros públicos e até à corrupção. Basta que o Tribunal de Contas tape os olhos a invocações sem fundamento ou a alegações infundadas.

    Mas sobre a questão de ausência de concorrência para justificar a contínua contratação da Vieira de Almeida, o Banco de Portugal dá também uma justificação sui generis, sabendo-se que existem centenas e centenas de sociedades de advogados em Portugal. “Ao mesmo tempo, a prossecução do interesse público e as próprias regras deontológicas de exercício de advocacia exigem que se assegure a inexistência de conflitos de interesses, o que, atento o tipo de litigância em causa, reduz em termos muitíssimo substanciais o universo de possíveis adjudicatários”.

    De facto, a ser isto verdade, a redução “em termos muitíssimo substanciais [d]o universo de possíveis adjudicatários” a apenas um [a sociedade Vieira de Almeida] só poderia ser confirmada, salvo melhor opinião, através de concurso público, algo que o Banco de Portugal nunca quis fazer.

    O Banco de Portugal diz também que, mesmo se a fundamentação feita através de critérios materiais aparenta ser falaciosa (e eventualmente ilegal), não se aplica os limites impostos para sucessivos contratos à mesma entidade.


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  • Promoção de Natal: Câmara de Gaia até já paga à Global Media antes do serviço feito

    Promoção de Natal: Câmara de Gaia até já paga à Global Media antes do serviço feito


    Invocando falaciosos argumentos para não lançar concursos públicos, a Gaiurb, uma empresa do município de Vila Nova de Gaia, contrata sistematicamente a Global Media para promover e divulgar as festividades natalícias, e até paga antes do prazo de execução. Em Maio, as relações promíscuas entre a autarquia liderada pelo socialista Eduardo Vítor Rodrigues e o grupo de media que detém o JN, DN e TSF até foram alvo de buscas pelo Ministério Público e de comprometedoras suspeitas, mas tudo continua igual. Afinal, é Natal e ninguém leva a mal, sobretudo se for num país que parece um carnaval a gerir dinheiros públicos. Desde 2020, já fizeram ‘boa viagem’ dos cofres da autarquia para a Global Media mais de um milhão de euros. Sempre em contratos sem concorrência.


    Em Maio passado, o Ministério Público revelou as fortes suspeitas que pendiam sobre Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, de ter feito vários contratos com a Global Media para que os órgão de comunicação social deste grupo – que incluem o Jornal de Notícias, o Diário de Notícias e a TSF – fizessem notícias ou cobrissem conferências que o promovessem a si e à autarquia.   

    No mandado de buscas, então realizadas, ao qual o jornal Público terá tido acesso, o autarca socialista estava indiciado pelos crimes de prevaricação, corrupção ou recebimento indevido de vantagem.

    Sem concorrência: Global Media a ser ‘ajudada’ por dinheiros públicos para promover eventos natalícios em Vila Nova de Gaia através de ajustes directos.

    Para acrescentar mais umas linhas ao perfil do edil de Gaia, no mês passado Eduardo Vítor Rodrigues foi condenado em tribunal à perda de mandato e a multa pelo crime de peculato pelo uso de um carro eléctrico da empresa municipal Águas de Gaia. Recorreu para o Tribunal da Relação e mantém-se no cargo, e a ‘estimular’ mais procedimentos com dinheiros públicos que deixam a lei a gritar por ajuda.

    Com efeito, apesar de todos os indícios com a Global Media – que se encontra num polvoroso processo de despedimentos e em sérias dificuldades financeiras –, a autarquia de Gaia decidiu contratar à empresa de media pelo quarto ano consecutivo, através de um ajuste directo da empresa municipal Gaiurb, os serviços de promoção dos eventos natalícios naquela cidade nortenha.

    O mais recente contrato, assinado no passado dia 13 pelo CEO da Global Media, José Paulo Fafe, prevê a execução do serviço de promoção, cuja descrição nem sequer consta no Portal Base, e tem a inusitada particularidade de já estar pago.

    Suspeito de ‘comprar’ promoção à Global Media, e entretanto condenado (em primeira instância) por peculato de uso com perda de mandato, Eduardo Vítor Rodrigues continua a concordar com os ajustes directos celebrados com a empresa de media.

    Com efeito, apesar de ter um prazo de execução de 31 dias, e as autarquias serem conhecidas pelos atrasos nos pagamentos aos fornecedores, a Gaiurb decidiu pagar 40% dos 276.750 euros logo no dia da assinatura do contrato (13) e pagar o restante na passada quarta-feira, dia 20. Ou seja, no dia em que o contrato foi divulgado no Portal Base, todos os pagamentos estavam feitos, apesar dos serviços só ficarem concluídos no dia 14 de Janeiro do próximo ano.

    Mas este não é o único aspecto estranho nas relações entre a Câmara Municipal de Gaia e a Global Media. Na verdade, a forma como sistematicamente os eventos natalícios, desde 2020, estão a ser contratualizados entre as duas partes é de legalidade mais do que duvidosa, tendo em conta que os ajustes directos celebrados já totalizam 1.045.488 euros (IVA incluído). Este valor inclui, além dos quatro contratos para a promoção dos eventos, uma aquisição de serviços de comunicação de cerca de 20 mil euros em 2022.

    Ora, para justificar os sistemáticos ajustes directos – para assim poder conceder contratos de mão-beijada à entidade por si escolhida a dedo –, a Gaiurb tem recorrido a estranhos argumentos. Nos contratos de 2020, de 2021 e de 2023, a empresa municipal invoca a necessidade de se “proteger direitos, incluindo direitos de propriedade intelectual”. Custa alcançar que tipo de direitos de propriedade intelectual podem estar em causa para que uma outra qualquer empresa possa estar impedida legalmente de realizar eventos natalícios.

    Nos últimos quatro Natais, já mais de um milhão de euros fez uma ‘boa viagem’ dos cofres públicos para os da Global Media, sem passar pelos engulhos da concorrência.

    No caso do contrato de 2022, invoca-se a norma relativa à aquisição de peças de arte e de espectáculos. Contudo, no caso em concreto deste contrato, os serviços foram muito mais além da simples promoção de espectáculos, tendo mesmo incluído coordenação editorial, produção gráfica e até equipamentos de segurança contra incêndios, nomeadamente extintores.

    Evidenciando-se que a escolha do ajuste directo para a formação destes quatro contratos – evitando assim o lançamento de concurso público ou, pelo menos de consulta prévia a três empresas – não aparenta ser válido, em causa fica também a própria repetição do convite à Global Media, porque se excederia os valores previstos no artigo 113- do Código dos Contratos Públicos.

    Na verdade, muitas entidades públicas, para contornar as limitações dos ajustes directos – que assim, podem ultrapassar teoricamente a fasquia do milhão de euros – usam os mais estapafúrdios argumentos para se encaixarem nos critérios materiais, sendo que o mais comum, detectado pelo PÁGINA UM, tem sido a “urgência imperiosa”, mesmo quando se mostra patente que não existe o pressuposto do “acontecimento imprevisível”.

    António Miguel Castro, presidente da Gaiurb, que tem um passivo de cerca de 6,5 milhões de euros, mas à Global Media até paga antes de o serviço estar feito.

    O PÁGINA UM tentou obter comentário da Gaiurb sobre estes contratos com a Global Media, mas não obteve qualquer resposta.

    Recorde-se que em Maio passado, o PÁGINA UM fez um levantamento no Portal Base dos contratos celebrados desde 2020 entre o município liderado pelo socialista Eduardo Vítor Rodrigues, sobretudo através da Gaiurb – que tem a gestão do sector da habitação, do urbanismo e do planeamento, incluindo a revisão do Plano Director Municipal – e três grupos de media (Público, Global Media e Cofina, actual Medialivre) contabilizando oito.

  • Boletim P1 da contratação pública e ajustes directos: 25 Janeiro

    Boletim P1 da contratação pública e ajustes directos: 25 Janeiro


    Ontem, dia 25 de Janeiro, no Portal Base foram divulgados 792 contratos públicos, com preços entre os 22,72 euros – para aquisição de luvas cirúrgicas, pelo Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, ao abrigo de acordo-quadro – e os 5.292.980,00 euros – para construção de residência sénior, pela Fundação Padre Américo, através de concurso público.

    Com preço contratual acima de 500.000 euros, foram publicados 20 contratos, dos quais 14 por concurso público e seis ao abrigo de acordo-quadro.

    Por ajuste directo, com preço contratual superior a 100.000 euros, foram publicados sete contratos, pelas seguintes entidades adjudicantes: cinco do Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil (dois com a Merck Sharp and Dohme, um no valor de 495.000,00 euros, e outro no valor de 330.000,00 euros, dois com a Hologic Iberica S.L.,  ambos no valor de 139.860,00 euros, e um com a Gilead Sciences, no valor de 130.800,00 euros); Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (com a Fine Facility Services, no valor de 244.636,14 euros); e a Imprensa Nacional – Casa da Moeda (com a Atos It Solutions and Services, no valor de 180.720,00 euros).


    TOP 5 dos contratos públicos divulgados no dia 25 de Janeiro

    1Construção de residência sénior

    Adjudicante: Fundação Padre Américo

    Adjudicatário: António Saraiva & Filhos, Lda.

    Preço contratual: 5.292.980,00 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    2Empreitada de “Requalificação da Casa dos Arcos – Centro Interpretativo do Vinho Verde”

    Adjudicante: Município de Marco de Canaveses    

    Adjudicatário: Arpecdouro, S.A.

    Preço contratual: 2.051.948,44 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    3Aluguer operacional de veículos para a frota automóvel da AR

    Adjudicante: AR – Águas do Ribatejo

    Adjudicatário: Leasys Mobility Portugal

    Preço contratual: 1.449.504,00 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    4Aquisição de serviços de recolha, transporte e encaminhamento para destino final de resíduos de ETAR e EEAR do Alentejo

    Adjudicante: Águas do Vale do Tejo

    Adjudicatário: BioSmart – Soluções Ambientais

    Preço contratual: 1.404.299,80 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    5Fornecimento de electricidade em regime de mercado livre para Portugal Continental

    Adjudicante: Unidade Local de Saúde de Matosinhos

    Adjudicatário: Iberdrola

    Preço contratual: 1.384.437,60 euros

    Tipo de procedimento: Ao abrigo de acordo-quadro (artº 259º)


    TOP 5 dos contratos públicos por ajuste directo divulgados no dia 25 de Janeiro

    1 Aquisição de medicamentos

    Adjudicante: Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil

    Adjudicatário: Merck Sharp and Dohme

    Preço contratual: 495.000,00 euros


    2Aquisição de medicamentos

    Adjudicante: Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil

    Adjudicatário: Merck Sharp and Dohme

    Preço contratual: 330.000,00 euros


    3Aquisição de serviços de limpeza

    Adjudicante: Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil

    Adjudicatário: Fine Facility Services

    Preço contratual: 244.636,14 euros


    4Aquisição de serviços de testes automatizados para serviços web e portais da INCM

    Adjudicante: Imprensa Nacional – Casa da Moeda

    Adjudicatário: Atos It Solutions and Services

    Preço contratual: 180.720,00 euros


    5Aquisição de reagentes

    Adjudicante: Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil

    Adjudicatário: Hologic Iberica S.L.

    Preço contratual: 139.860,00 euros


    MAP

  • Neve na Serra da Estrela: neste Inverno, para a Infraestruturas de Portugal, será um “acontecimento imprevisível”

    Neve na Serra da Estrela: neste Inverno, para a Infraestruturas de Portugal, será um “acontecimento imprevisível”


    O Inverno começou nesta sexta-feira, e já se sabe que, mais dia menos dia, haverá, como em todos os outros anos, neve na Serra da Estrela. E é por esse motivo que a Infraestruturas de Portugal tem há anos um centro de limpeza de neve, com mais de uma dezena de equipamentos de desobstrução das vias. Para operar nesta época do ano, tem optado, por regra, em lançar concursos públicos para contratar trabalhadores temporários, por seis meses, mas este ano algo sucedeu e foi feito um ajuste directo de 207 mil euros. Para encontrar uma justificação para este contrato de mão-beijada, a empresa pública invocou uma norma que se torna caricata: assume que a necessidade de limpar a neve no Maciço Central da Serra da Estrela será, este Inverno, uma “urgência imperiosa resultante de acontecimentos imprevisíveis”.


    Com ou sem aquecimento global, até agora é coisa infalível mesmo se o país continua abrangido pelo clima mediterrânico em grande parte do território: a Infraestruturas de Portugal tem de reforçar esforços de limpezas das vias rodoviárias na serra da Estrela por causa da neve. Quase sempre a partir de Dezembro, excepcionalmente um mês antes, e a desobstrução das estradas de acesso à Torre, a 1991 metros de altitude, e à estância de ski, prolonga-se pelo início da Primavera.

    Pelo sim, pelo não, nos últimos anos a Infraestruturas de Portugal tem decidido contratar trabalhadores temporários, em vez de manter um número elevado de funcionários próprios no seu centro de limpeza de neve durante todo os 12 meses do ano. E assim tem sido, a atender pelos registos do Portal Base, desde 2016. Até aqui, enfim, tudo bem, atendendo às opções de gestão que podem considerar mais adequado a opção pelo chamado outsourcing em serviços com variações sazonais.

    Mas exactamente pela previsibilidade na necessidade de reforço dos serviços de limpeza da neve na serra da Estrela já causa estranheza que os gestores da Infraestruturas de Portugal tenham decidido este ano contratar a empresa que sempre tem arrecadado a aquisição de serviços em anos anteriores (mas por concurso público), alegando desta vez “motivos de urgência imperiosa resultante de acontecimentos imprevisíveis pela entidade adjudicante”. Ou seja, a própria Infraestruturas de Portugal considerou que este ano a neve naquela região é um acontecimento imprevisível. E assim assinou um contrato por ajuste directo com a Multitrab no valor de mais de 207 mil euros.

    De acordo com as peças processuais deste ajuste directo feito pela Infraestruturas de Portugal à Multitrab, o procedimento só foi iniciado no passado dia 17 de Novembro, quando a empresa pública decidiu convidar exclusivamente aquela empresa de trabalho temporário a apresentar uma proposta para fornecimento de 11 trabalhadores durante seis meses. Menos de um mês depois, na passada sexta-feira, 15 de Dezembro, o contrato foi assinado pelas partes.

    Poder-se-ia dizer que alguém nas Infraestruturas de Portugal se esquecera, ao contrário dos outros anos, de dar início a um concurso público – que tem maiores burocracias e um processo de decisão mais longo do que um ajuste directo – e que, dessa forma, teve de se encontrar um expediente de última hora. Mas essa possibilidade não colhe, nem pela via legal. Por exemplo, no ano passado, a Infraestruturas de Portugal lançou um concurso público, com o mesmo objectivo e um preço base de 201.500 euros, apenas em 9 de Novembro, concedendo um prazo de apresentação de propostas de oito dias. Isso permitiu a assinatura do contrato em 10 de Janeiro deste ano, ou seja, em termos homólogos em data posterior do ajuste directo da semana passada.

    Infraestruturas de Portugal é presidida por Miguel Cruz, ex-secretário de Estado do Tesouro.

    Por outro lado, o Código dos Contratos Públicos limita o recurso ao ajuste directo por “urgência imperiosa”, mesmo que abusivamente muitas entidades públicas se borrifem para esses pormenores perante a generalizada passividade do Tribunal de Contas. Com efeito, o artigo invocado pela Infraestruturas de Portugal salienta expressamente que a escolha do ajuste directo para a formação de qualquer contrato “por motivos de urgência imperiosa resultante de acontecimentos imprevisíveis pela entidade adjudicante”, só pode ser feita “na medida do estritamente necessário” e se não for possível cumprir “os prazos inerentes aos demais procedimentos, e desde que as circunstâncias invocadas não sejam, em caso algum, imputáveis à entidade adjudicante”.

    Mostra-se assim caricato que a Infraestruturas de Portugal, com o seu centro de limpeza de neves a funcionar todos os anos, invoque uma norma que a coloca na situação de considerar que não conseguiu prever que irá nevar no Inverno que começou hoje mesmo.

    Mas, por outro lado, a Infraestruturas de Portugal não podia jamais alegar um atraso nos procedimentos para dar início a um concurso público, porque a norma impede o ajuste directo se as circunstâncias invocadas forem “imputáveis à entidade adjudicante”. Além disso, mesmo que houvesse mesmo uma circunstância imprevisível – por exemplo, começar a nevar em Novembro, enquanto estava ainda a decorrer um concurso público para serviços a iniciar em Janeiro –, a Infraestruturas de Portugal só deveria apenas fazer um ajuste directo para os meses de Novembro e Dezembro – ou seja, “na medida do estritamente necessário –, mantendo os trâmites para a conclusão do concurso público.

    Apesar de tudo isto, fonte oficial da Infraestruturas de Portugal não vê nada de anormal no ajuste directo deste ano por “urgência imperiosa resultante de acontecimentos imprevisíveis pela entidade adjudicante”, ou seja, por nevar na Serra da Estrela neste Inverno que se inicia agora. “Em situações de caráter excecional e transitório, o recurso a este regime é considerado como a opção mais ajustada, aplicando os procedimentos contratuais adequados a cada situação, sempre no respeito pelas regras do CCP [Código dos Contratos Públicos], não existindo qualquer prevalência da modalidade do ajuste direto, tendo já sido celebrados contratos com diversas empresas”, disse fonte oficial da empresa pública ao PÁGINA UM.

    E acrescenta ainda que, ao longo dos anos, “os contratos celebrados com a mencionada empresa Multitrab decorreram, assim, quase exclusivamente de procedimentos por concurso público”, e que o recurso à modalidade do ajuste directo alegando “urgência imperiosa”, ocorreu apenas “a título excecional no presente ano”, não explicando, contudo, os motivos.

    O Centro de Limpeza de Neve da Infraestruturas actua no Maciço Central da Serra da Estrela, garantindo a segurança dos utentes das vias e de todos os turistas, contando com diversos equipamentos de desobstrução, entre os quais nove limpa-neves.

  • Boletim P1 da contratação pública e ajustes directos: 24 Janeiro

    Boletim P1 da contratação pública e ajustes directos: 24 Janeiro


    Ontem, dia 24 de Janeiro, no Portal Base foram divulgados 1108 contratos públicos, com preços entre os 9,60 euros – para aquisição de economato, pela Águas do Norte, S. A., ao abrigo de acordo-quadro – e os 11.198.500,00 euros – para empreitada de construção civil de remodelação e ampliação da subestação de Recarei, pela REN – Rede Eléctrica Nacional, através de concurso limitado por prévia qualificação.

    Com preço contratual acima de 500.000 euros, foram publicados 31 contratos, dos quais 18 por concurso público, 12 ao abrigo de acordo-quadro, e um por ajuste directo.

    Por ajuste directo, com preço contratual superior a 100.000 euros, foram publicados 18 contratos, pelas seguintes entidades adjudicantes: Serviços Sociais da Administração Pública (com a Eurest Portugal, no valor de 529.200,00 euros); sete do Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil (um com a Damos Vida – Serviços de Saúde, no valor de 489.855,30 euros,  com a Novartis Farma – Produtos Farmacêuticos,  no valor de 276.100,00 euros, dois com a Werfen Portugal, ambos no valor de 111.840,00 euros, um com a Bristol – Myers Squibb, no valor de 109.496,20 euros, e outro com a Roche Farmacêutica, no valor de 105.420,00 euros); Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (com a InovaPrime – Serviços em Tecnologias de Informação, no valor de 365.000,00 euros); Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (com a PLG – Pharma, no valor de 349.000,00 euros); Estado Maior da Força Aérea (com a Uavision – Engenharia de Sistemas, no valor de 259.680,00 euros); Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte (com a Advanz Pharma, no valor de 231.058,00 euros); Instituto dos Registos e do Notariado (com a PDMFC – Projectos de Desenvolvimento, Manutenção, Formação e Consultadoria, no valor de 198.000,00 euros); Unidade Local de Saúde do Nordeste (com a Uniself – Sociedade de Restaurantes Públicos e Privados, no valor de 156.950,73 euros); Município da Nazaré (com a SU Electricidade, no valor de 149.500,00 euros); Centro Hospitalar Tondela-Viseu (com a Biogen Idec, no valor de 127.845,18 euros); Município de Sintra (com a Actuasys, Lda., no valor de 116.096,38 euros); e o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (com a Servier Portugal, no valor de 108.900,00 euros).


    TOP 5 dos contratos públicos divulgados no dia 24 de Janeiro

    1Empreitada de construção civil da remodelação e ampliação da subestação de Recarei

    Adjudicante: REN – Rede Eléctrica Nacional

    Adjudicatário: Graviner Construções

    Preço contratual: 11.198.500,00 euros

    Tipo de procedimento: Concurso limitado por prévia qualificação


    2Fornecimento de electricidade em regime de mercado livre para Portugal Continental

    Adjudicante: Direcção-Geral da Administração da Justiça

    Adjudicatário: Endesa Energia

    Preço contratual: 5.025.857,19 euros

    Tipo de procedimento: Ao abrigo de acordo-quadro (artº 259º)


    3Fornecimento de electricidade em regime de mercado livre para Portugal Continental

    Adjudicante: Administração Regional de Saúde do Norte

    Adjudicatário: Endesa Energia

    Preço contratual: 4.493.352,34 euros

    Tipo de procedimento: Ao abrigo de acordo-quadro (artº 259º)


    4Gestão de resíduos do Sistema de Água Residual de Santo André

    Adjudicante: Águas de Santo André, S.A.

    Adjudicatário: Ecodeal – Gestão Integral de Resíduos Industriais

    Preço contratual: 3.369.936,00 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    5Fornecimento de lubrificantes para as centrais termoeléctricas da EDA

    Adjudicante: EDA – Electricidade dos Açores

    Adjudicatário: Galp Açores

    Preço contratual: 2.758.240,93 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    TOP 5 dos contratos públicos por ajuste directo divulgados no dia 24 de Janeiro

    1 Fornecimento de refeições confeccionadas para o período de 24 de janeiro a 29 de março de 2024

    Adjudicante: Serviços Sociais da Administração Pública

    Adjudicatário: Eurest Portugal

    Preço contratual: 529.200,00 euros


    2Serviço de transporte não urgente de doentes

    Adjudicante: Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil

    Adjudicatário: Damos Vida – Serviços de Saúde

    Preço contratual: 489.855,30 euros


    3Aquisição de serviços para desenvolvimento do Sistema de Informação para a Gestão e Monitorização das Atividades e Projetos do IGFEJ

    Adjudicante: Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça

    Adjudicatário: InovaPrime – Serviços em Tecnologias de Informação

    Preço contratual: 365.000,00 euros


    4Aquisição de máscaras de protecção com três camadas, no âmbito do plano de contingência da covid-19

    Adjudicante: Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca

    Adjudicatário: PLG Pharma

    Preço contratual: 349.000,00 euros


    5Aquisição de medicamentos

    Adjudicante: Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil

    Adjudicatário: Novartis Farma – Produtos Farmacêuticos

    Preço contratual: 276.100,00 euros


    MAP

  • Lusa usa e abusa de ajustes directos com a Altice

    Lusa usa e abusa de ajustes directos com a Altice


    A administração da Lusa – Agência de Notícias de Portugal é adepta dos contratos por ajuste directo. Só na passada sexta-feira, dia 15 de Dezembro, publicou na plataforma de registo das compras públicas (Portal Base) um total de cinco contratos adjudicados sem concurso. Um deles, foi efectuado com a Meo, da Altice, no valor de 259.797,72 euros e assinado a 6 de Abril deste ano, mas só agora divulgado.

    Mas esta não foi a única vez que a Lusa contratou serviços à Altice sem concurso. Desde 2015, altura em que a Altice passou a deter a Meo, a Lusa pagou, no total, mais de 4,6 milhões de euros na contratação de serviços à empresa. Dos 15 contratos efectuados entre a Lusa e a Meo, que constam do Portal Base, nove foram feitos por ajuste directo.

    A maior parte dos contratos, num total de 10, foram efectuados nos últimos cinco anos, envolvendo uma verba superior a 3,4 milhões de euros. Destes, seis foram realizados sem concurso.

    Para justificar a realização dos diversos contratos por ajuste directo, a agência noticiosa, que é detida maioritariamente pelo Estado, tem invocado diferentes artigos do Código dos Contratos Públicos. No caso do mais recente ajuste directo feito com o Meo, a Lusa invoca o artigo que refere que o ajuste directo pode ser feito quando “se trate de novos serviços que consistam na repetição de serviços similares que tenham sido objeto de contrato anteriormente celebrado pela mesma entidade adjudicante com o mesmo adjudicatário”.

    O anterior contrato da Lusa feito com a Meo no dia 29 de Abril de 2022, mas só publicado a 6 de Fevereiro deste ano, no valor de 112.977,51 euros, foi efectuado por concurso público. Nos contratos anteriores, observam-se vários que foram realizados sucessivamente por ajuste directo, nomeadamente em 2022 e 2018.

    Além dos contratos feitos com a Meo, a Lusa ainda pagou à Altice mais de 16 mil euros em três ajustes directos efectuados com o data center que o grupo detém na Covilhã.

    (Foto: D.R.)

    Não é só com a Meo que a Lusa dá primazia aos ajustes directos. Dos cinco contratos que a agência noticiosa fez sem concurso, publicados no dia 15 de Dezembro, três dizem respeito a serviços de aluguer de viaturas. Foram adjudicados a três entidades diferentes e somam a verba de quase 40 mil euros. Nestes casos, por exemplo, a justificação invocada pela Lusa, citando a lei, para o ajuste directo com a Leaseplan, no valor de 20.519,64 euros, para o “aluguer operacional de 6 viaturas” é de que é “necessário proteger direitos exclusivos, incluindo direitos de propriedade intelectual”. Também este contrato foi agora publicado com atraso, já que a data de assinatura é de 3 de Julho.

    Além de ser adepta da contratação sem concurso, a Lusa também demora meses a divulgar no Portal Base os contratos que faz.

    Questionada, ao início da tarde de hoje, sobre o número de ajustes directos que tem realizado, em particular com a Meo, a Lusa não respondeu às perguntas do PÁGINA UM, até à hora de publicação desta notícia.

    O contrato entre a Lusa e a Meo, da Altice, integra o Boletim P1 da Contratação Pública e Ajustes Directos que agrega os contratos divulgados no dia 15 de Dezembro. Desde Setembro, o PÁGINA UM apresenta uma análise diária aos contratos publicados no dia anterior (independentemente da data da assinatura) no Portal Base. De segunda a sexta-feira, o PÁGINA UM faz uma leitura do Portal Base para revelar os principais contratos públicos, destacando sobretudo aqueles que foram assumidos por ajuste directo.

    ET/MAP


    Nos últimos três dias, de sexta-feira passada até ontem, no Portal Base foram divulgados 1082 contratos públicos, com preços entre os 12,05 euros – para aquisição de medicamentos, pela Administração Regional de Saúde do Algarve, ao abrigo de acordo-quadro – e os 7.674.279,89 euros – para empreitada de beneficiação, requalificação e ampliação do Hospital da Horta, pela Direcção Regional das Obras Públicas e Transportes Terrestres, através de concurso público.

    Com preço contratual acima de 500.000 euros, foram publicados 13 contratos, dos quais 12 por concurso público e um por consulta prévia.

    Por ajuste directo, com preço contratual superior a 100.000 euros, foram publicados 14 contratos, pelas seguintes entidades adjudicantes: Associação de Solidariedade Social Recreio do Caramulo (com a Viseton – Engenharia e Construção, no valor de 274.544,90 euros); Lusa – Agência de Notícias de Portugal (com a MEO, no valor de 259.797,72 euros); Município de Vidigueira (com a António Saraiva & Filhos, Lda., no valor de 225.771,13 euros); Câmara Municipal de Mafra (com a Leaseplan Portugal, no valor de 177.417,68 euros); Município do Seixal (com a Bewg (Pt), no valor de 167.990,00 euros); dois do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (um com a Amgen – Biofarmacêutica, no valor de 154.728,00 euros, e outro com a Vertex Pharmaceuticals, no valor de 117.830,16 euros); Município de Espinho (com a IPAV – Instituto Padre António Vieira, no valor de 151.725,00 euros); Escola Básica e Secundária Professor Doutor Francisco de Freitas Branco (com a Porto Editora, no valor de 124.152,05 euros); Ministério da Defesa Nacional – Marinha (com a Thales Edisoft Portugal, no valor de 123.626,30 euros); Secretaria-Geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros (com a Fujitsu Technology Solutions, no valor de 121.367,60 euros); Município de Peniche (com a Medidata.Net – Sistemas de Informação para Autarquias, no valor de 115.859,16 euros); e o Município de Sintra  (com a Mind – Software Multimédia e Industrial, no valor de  102.464,00 euros).


    TOP 5 dos contratos públicos divulgados no período de 15 a 17 de Dezembro

    1 Empreitada de beneficiação, requalificação e ampliação do Hospital da Horta

    Adjudicante: Direção Regional das Obras Públicas e Transportes Terrestres

    Adjudicatário: AFAVIAS – Engenharia e Construções; AFAVIAS – Engenharia e Construções Açores    

    Preço contratual: 7.674.279,89 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    2Requalificação de Escola Básica de 2º e 3º Ciclos

    Adjudicante: Município de Leiria

    Adjudicatário: Nova Gente – Empreitadas

    Preço contratual: 7.137.008,48 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público    


    3Aquisição de serviços de viagens, transportes aéreos e alojamento para 2023-2026

    Adjudicante: Secretaria-Geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros

    Adjudicatário: Escalatur – Viagens e Turismo

    Preço contratual: 5.573.170,73 euros

    Tipo de procedimento: Concurso limitado por prévia qualificação


    4Construção de Estrutura Residencial para Pessoas Idosas em Lousada

    Adjudicante: Ave – Cooperativa de Intervenção Psico-Social

    Adjudicatário: NVE Engenharias

    Preço contratual: 4.788.634,18 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    5Construção de Estrutura Residencial para Pessoas Idosas

    Adjudicante: Centro Social da Paróquia de Curvos

    Adjudicatário: Monte & Monte S.A.  

    Preço contratual: 3.094.185,63 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    TOP 5 dos contratos públicos por ajuste directo divulgados no período de 15 a 17 de Dezembro

    1 Empreitada de alteração e ampliação de edifício destinado a creche

    Adjudicante: Associação de Solidariedade Social Recreio do Caramulo

    Adjudicatário: Viseton – Engenharia e Construção

    Preço contratual: 274.544,90 euros


    2Aquisição de serviços de comunicações electrónicas e outsourcing de infraestruturas de tecnologias de informação

    Adjudicante: Lusa – Agência de Notícias de Portugal

    Adjudicatário: MEO   

    Preço contratual: 259.797,72 euros


    3Reabilitação do Parque Urbano Verde de Vidigueira – Trabalhos complementares

    Adjudicante: Município de Vidigueira

    Adjudicatário: António Saraiva & Filhos, Lda.         

    Preço contratual: 225.771,13 euros 


    4Fornecimento de 15 viaturas usadas, dos tipos ligeiro de mercadorias e ligeiro de passageiros

    Adjudicante: Câmara Municipal de Mafra

    Adjudicatário: Leaseplan Portugal

    Preço contratual: 177.417,68 euros


    5Aquisição de serviços de recolha de resíduos sólidos urbanos pelo período de 204 dias

    Adjudicante: Município do Seixal

    Adjudicatário: Bewg (Pt)

    Preço contratual: 167.990,00 euros


    MAP

  • Boletim P1 da contratação pública e ajustes directos: 23 Janeiro

    Boletim P1 da contratação pública e ajustes directos: 23 Janeiro


    Ontem, dia 23 de Janeiro, no Portal Base foram divulgados 970 contratos públicos, com preços entre os 5,84 euros – para aquisição de medicamentos diversos, pela Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, ao abrigo de acordo-quadro – e os 10.990.346,76 euros – para empreitada de construção civil da instalação inicial da subestação de Ponte de Lima, pela REN – Rede Eléctrica Nacional, através de concurso limitado por prévia qualificação.

    Com preço contratual acima de 500.000 euros, foram publicados 16 contratos, dos quais 10 por concurso público, quatro ao abrigo de acordo-quadro, e dois por ajuste directo.

    Por ajuste directo, com preço contratual superior a 100.000 euros, foram publicados 13 contratos, pelas seguintes entidades adjudicantes: Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (com a Critical Software, no valor de 629.021,00 euros); Instituto Nacional de Emergência Médica (com a Kinto Portugal, no valor de 584.000,00 euros); Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (com a Histocit – Laboratório Anatomia Patológica, no valor de 377.461,30 euros); dois da Águas do Centro Litoral (um com a COPS – Companhia Operacional de Segurança, no valor de 345.089,19 euros, e outro com a IG5 – Segurança Privada, no valor de 171.906,09 euros); Estado Maior da Força Aérea (com a Interlimpe – Facility Services, no valor de 271.874,28 euros); dois do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (um com a B Braun Medical, no valor de 176.225,00 euros, e outro com a Bayer Portugal, no valor de 162.176,00 euros); Município de São Pedro do Sul (com a Stage Concept, no valor de 149.970,11 euros); Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (com a Interlimpe – Facility Services, no valor de 141.794,55 euros); Município do Crato (com a Crespo & Parreira – Construtores, no valor de 138.879,38 euros); Hospital Garcia de Orta (com a Bayer Portugal, no valor de 105.082,50 euros); e o Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil (com a Iberdrola, no valor de 100.939,39 euros).


    TOP 5 dos contratos públicos divulgados no dia 23 de Janeiro

    1Empreitada de construção civil da instalação inicial da subestação de Ponte de Lima

    Adjudicante: REN – Rede Eléctrica Nacional

    Adjudicatário: HCI – Construções

    Preço contratual: 10.990.346,76 euros

    Tipo de procedimento: Concurso limitado por prévia qualificação


    2Prestação integrada de serviços de cobrança de portagens na A23 – Torres Novas (A1)/Abrantes

    Adjudicante: Infraestruturas de Portugal

    Adjudicatário: Ascendi O&M

    Preço contratual: 6.675.000,00 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    3Empreitada de construção de edifício destinado a Estabelecimento Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) e Serviço de Apoio Domiciliário (SAD)

    Adjudicante: Associação Desportiva e Recreativa – Centro Cultural e Social da Quinta S. Pedro

    Adjudicatário: Teixeira, Pinto & Soares, S.A.

    Preço contratual: 4.847.416,93 euros

    Tipo de procedimento: Concurso limitado por prévia qualificação


    4Fornecimento contínuo de combustível rodoviário – gasóleo simples

    Adjudicante: Tratolixo – Tratamento de Residuos Sólidos, E. I. M. – Empresa Intermunicipal

    Adjudicatário: Lubrifuel – Combústiveis e Lubrificantes

    Preço contratual: 4.784.000,00 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    5Construção da residência de estudantes de Vila Nova de Famalicão

    Adjudicante: Município de Vila Nova de Famalicão

    Adjudicatário: Domingos Silva Teixeira, S.A.; CARI – Construtores

    Preço contratual: 4.568.991,91 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público simplificado


    TOP 5 dos contratos públicos por ajuste directo divulgados no dia 23 de Janeiro

    1 Aquisição de serviços para a realização do escrutínio provisório – implementação de plataforma eleitoral e acompanhamento do processo eleitoral de 2024

    Adjudicante: Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna

    Adjudicatário: Critical Software

    Preço contratual: 629.021,00 euros


    2Aquisição de serviços de gestão de frota

    Adjudicante: Instituto Nacional de Emergência Médica

    Adjudicatário: Kinto Portugal

    Preço contratual: 584.000,00 euros


    3Prestação de serviços de realização de MCDT’s na área de anatomia patológica    

    Adjudicante: Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro

    Adjudicatário: Histocit – Laboratório Anatomia Patológica

    Preço contratual: 377.461,30 euros


    4Aquisição de serviços de vigilância e segurança humana

    Adjudicante: Águas do Centro Litoral

    Adjudicatário: COPS – Companhia Operacional de Segurança

    Preço contratual: 345.089,19 euros


    5Serviços de limpeza para o mês de Junho de 2023

    Adjudicante: Estado Maior da Força Aérea

    Adjudicatário: Interlimpe – Facility Services

    Preço contratual: 271.874,28 euros


    MAP

  • Boletim P1 da contratação pública e ajustes directos: 22 Janeiro

    Boletim P1 da contratação pública e ajustes directos: 22 Janeiro


    Ontem, dia 22 de Janeiro, no Portal Base foram divulgados 1298 contratos públicos, com preços entre os 1,34 euros – para aquisição de material de drenagem e ostomia, pelo Hospital da Senhora da Oliveira Guimarães, através de concurso público – e os 5.380.830,00 euros – para aquisição de serviços de disponibilização e locação de meios aéreos, pelo Estado Maior da Força Aérea, através de ajuste directo.

    Com preço contratual acima de 500.000 euros, foram publicados 23 contratos, dos quais 18 por concurso público, quatro ao abrigo de acordo-quadro, e um por ajuste directo.

    Por ajuste directo, com preço contratual superior a 100.000 euros, foram publicados 20 contratos, pelas seguintes entidades adjudicantes: Estado Maior da Força Aérea (com a Helibravo Aviação, no valor de 5.380.830,00 euros); PSP – Polícia de Segurança Pública (com a Petrogal, no valor de 357.200,00 euros); Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (com a Philips, no valor de 357.120,68 euros); três do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (um com a Ferlimpa 2, no valor de 356.485,28 euros, outro com a Eurest Portugal, no valor de 339.999,99 euros, e outro com a COPS – Companhia Operacional de Segurança, no valor de 128.129,55 euros); três do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte (um com a Baxter – Medico Farmacêutica, no valor de  297.000,00 euros, outro com a Servier Portugal – Especialidades Farmacêuticas, no valor de 231.058,00 euros, e outro com a Radiometer Ibérica, no valor de 209.204,17 euros); Instituto Nacional de Emergência Médica (com a Petrogal, no valor de 264.499,33 euros); Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia – Espinho (com a Astellas Farma, no valor de 264.000,00 euros); dois do Município de Santarém (um com a Endesa, no valor de 250.000,00 euros, e outro com a Generali Seguros, no valor de 182.996,08 euros); Centro Hospitalar Tondela-Viseu (com a Siemens Healthcare, no valor de 151.544,35 euros); Unidade Local de Saúde do Nordeste (com a GS24 – Healthcare Solutions, no valor de 151.200,00 euros); Câmara Municipal de Vila Franca de Xira (com Cordivias – Engenharia, no valor de 147.140,30 euros); três do Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil (um com a Bristol-Myers Squib, no valor de 144.073,96 euros, outro com a Gilead, no valor de 130.800,00 euros, e outro com a Werfen Portugal, no valor de 111.840,00 euros); e a Escola Secundária Domingos Rebelo (com a Auto Viação Micaelense, no valor de 115.343,54 euros).


    TOP 5 dos contratos públicos divulgados no dia 22 de Janeiro

    1Aquisição de serviços de disponibilização e locação dos meios aéreos que constituem o dispositivo aéreo do Decir de 2023 – HEBM

    Adjudicante: Estado Maior da Força Aérea

    Adjudicatário: Helibravo Aviação, Lda.

    Preço contratual: 5.380.830,00 euros

    Tipo de procedimento: Ajuste directo


     2Execução das infraestruturas para o Parque Empresarial do Monte Redondo

    Adjudicante: Município de Leiria

    Adjudicatário: CONTEC – Construção e Engenharia

    Preço contratual: 3.911.496,82 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    3Empreitada na modalidade de concepção e construção do Polo Oeiras Mar – Rede colaborativa para a tecnologia oceânica

    Adjudicante: Instituto Português do Mar e da Atmosfera

    Adjudicatário: Traço d’obra – Engenharia e Urbanismo

    Preço contratual: 3.243.385,71 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    4Aquisição de seguro de saúde para os trabalhadores

    Adjudicante: Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

    Adjudicatário: Verlingue – Corrector de Seguros

    Preço contratual: 2.452.920,00 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    5Aquisição de serviços de vigilância humana para as instalações sob gestão municipal

    Adjudicante: Município de Cascais

    Adjudicatário: PSG – Segurança Privada

    Preço contratual: 2.038.768,59 euros

    Tipo de procedimento: Ao abrigo de acordo-quadro (artº 259º)


    TOP 5 dos contratos públicos por ajuste directo divulgados no dia 22 de Janeiro

    1 Aquisição de serviços de disponibilização e locação dos meios aéreos que constituem o dispositivo aéreo do Decir de 2023 – HEBM

    Adjudicante: Estado Maior da Força Aérea

    Adjudicatário: Helibravo Aviação, Lda.

    Preço contratual: 5.380.830,00 euros


    2Aquisição de combustíveis rodoviários para o mês de Janeiro de 2024

    Adjudicante: PSP – Polícia de Segurança Pública

    Adjudicatário: Petrogal, S.A.

    Preço contratual: 357.200,00 euros


    3Manutenção preventiva e correctiva a equipamentos de imagiologia e ventiladores

    Adjudicante: Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro

    Adjudicatário: Philips

    Preço contratual: 357.120,68 euros


    4Aquisição de serviços de higiene e limpeza

    Adjudicante: Centro Hospitalar do Baixo Vouga

    Adjudicatário: Ferlimpa 2

    Preço contratual: 356.485,28 euros


    5Aquisição de serviços de confeção, fornecimento e distribuição de alimentação e atribuição da exploração dos refeitórios utilizados pelos colaboradores

    Adjudicante: Centro Hospitalar do Baixo Vouga

    Adjudicatário: Eurest Portugal

    Preço contratual: 339.999,99 euros


    MAP

  • Boletim P1 da contratação pública e ajustes directos: 19 a 21 de Janeiro

    Boletim P1 da contratação pública e ajustes directos: 19 a 21 de Janeiro


    Nos últimos três dias, de sexta-feira passada até ontem, no Portal Base foram divulgados 930 contratos públicos, com preços entre os 22,68 euros – para aquisição de medicamentos, pelo Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, ao abrigo de acordo-quadro – e os 4.868.967,68 euros – para empreitada de construção do novo edifício administrativo da EDA, pela EDA – Electricidade dos Açores, através de concurso público.

    Com preço contratual acima de 500.000 euros, foram publicados 14 contratos, dos quais oito por concurso público, cinco ao abrigo de acordo-quadro e um por ajuste directo.

    Por ajuste directo, com preço contratual superior a 100.000 euros, foram publicados 30 contratos, pelas seguintes entidades adjudicantes: 18 do Estado Maior da Força Aérea (um com a Dassault Aviation Business Services, no valor de 569.105,69 euros, outro com a LFD Limited, no valor de 430.754,05 euros, outro com a Pratt & Whitney GMBH, no valor de 419.081,77 euros, outro com a Outsystems – Software em rede, no valor de 384.100,00 euros, outro com a JADE Pro – Special Projects, no valor de 331.730,00 euros, outro com a Daher Aerospace, no valor de 299.250,00 euros, outro com a Identity, Lda., no valor de 277.049,28 euros, outro com a Critical Software, no valor de 270.000,00 euros, outro com a Air Rail, no valor de 260.760,00 euros, outro com a Saab, Ab, no valor de 230.950,00 euros, outro com a IPT – Integrated Procurement Technologies, no valor de 173.519,49 euros, outro com a Dart Aerospace Ltd., no valor de 158.360,88 euros, outro com a OREY TÉCNICA – Serviços Navais, no valor de 150.000,00 euros, outro com a Flight Calibration Services LTD, no valor de 146.850,00 euros, outro com a Interconnect Wiring, no valor de 138.007,77 euros, outro com a Patria Belgium Engine Center, SRL, no valor de 128.952,24 euros, e outro com a Hewlett-Packard, no valor de 118.459,04 euros); Centro Social e Paroquial de Sobreposta (com a Pedralbet – Construções, no valor de 477.467,83 euros); nove do Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil (dois com a Merck Sharp Dohme, um no valor de 412.701,00 euros e outro no valor de 412.500,00 euros, um com a Novartis Farma, no valor de 276.100,00 euros, três com a Roche Farmacêutica, um no valor de 249.981,60 euros, outro no valor de 239.592,08 euros, e outro no valor de 125.737,80 euros, dois com a Bristol Myers Squib, um no valor de 223.276,60 euros, e outro no valor de 143.646,00 euros, e outro com a RB – Produtos Farmacêuticos, no valor de 223.276,60 euros); Município de Vila Nova de Famalicão (com a Praxispermanente – Construções, no valor de 330.185,01 euros); e a AQUANENA – Empresa Municipal de Águas e Saneamento de Alcanena (com a Construções SSA, Lda., no valor de 158.900,00 euros).


    TOP 5 dos contratos públicos divulgados no período de 19 a 21 de Janeiro

    1Contrato de empreitada de construção do novo edifício administrativo da EDA, na ilha de S. Miguel

    Adjudicante: EDA – Electricidade dos Açores

    Adjudicatário: Caetano & Medeiros, Sociedade Construção e Imobiliária

    Preço contratual: 4.868.967,68 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    2Aquisição de energia eléctrica para Portugal Continental        

    Adjudicante: Estado Maior da Força Aérea

    Adjudicatário: Endesa Energia

    Preço contratual: 2.249.808,24 euros

    Tipo de procedimento: Ao abrigo de acordo-quadro (artº 258º)


    3Construção de edifício de habitação colectiva

    Adjudicante: Município de Penafiel

    Adjudicatário: Edilages, S.A.

    Preço contratual: 1.988.956,13 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    4Empreitada denominada Pavilhão da Escola Aquilino Ribeiro – Balneários

    Adjudicante: Município de Oeiras

    Adjudicatário: Econ – Eco Construção

    Preço contratual: 1.647.760,76 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    5Aquisição de material de consumo clínico

    Adjudicante: Instituto Português do Sangue e da Transplantação

    Adjudicatário: Fresenius Kabi Pharma         

    Preço contratual: 1.320.688,80 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    TOP 5 dos contratos públicos por ajuste directo divulgados no período de 19 a 21 de Janeiro

    1 Aquisição de serviço de suporte logístico das aeronaves Falcon para os anos 2023 e 2024

    Adjudicante: Estado Maior da Força Aérea

    Adjudicatário: Dassault Aviation Business Services

    Preço contratual: 569.105,69 euros


    2Remodelação e ampliação do edifício do Centro Social e Paroquial de Sobreposta

    Adjudicante: Centro Social e Paroquial de Sobreposta

    Adjudicatário: Pedralbet – Construções

    Preço contratual: 477.467,83 euros


    3Aquisição de Led Landing Lights para a aeronave EH101

    Adjudicante: Estado Maior da Força Aérea

    Adjudicatário: LFD Limited

    Preço contratual: 430.754,05 euros


    4Reparação de motor de sistema de armas

    Adjudicante: Estado Maior da Força Aérea

    Adjudicatário: Pratt & Whitney GMBH

    Preço contratual: 419.081,77 euros


    5Aquisição de vacina pneumocócica poliosídica (Pneumovax)

     Adjudicante: Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil

    Adjudicatário: Merck Sharp Dohme

    Preço contratual: 412.701,00 euros


    MAP

  • Boletim P1 da contratação pública e ajustes directos: 18 de Janeiro

    Boletim P1 da contratação pública e ajustes directos: 18 de Janeiro


    Ontem, dia 18 de Janeiro, no Portal Base foram divulgados 765 contratos públicos, com preços entre os 27,24 euros – para aquisição de medicamentos, pelo Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte, ao abrigo de acordo-quadro – e os 3.347.218,15 euros – para aquisição de medicamentos, pelo Centro Hospitalar Tondela-Viseu, ao abrigo de acordo-quadro.

    Com preço contratual acima de 500.000 euros, foram publicados 18 contratos, dos quais cinco por concurso público, sete ao abrigo de acordo-quadro, cinco por ajuste directo e um através de procedimento de negociação.

    Por ajuste directo, com preço contratual superior a 100.000 euros, foram publicados 23 contratos, pelas seguintes entidades adjudicantes: Município de Lisboa (com a Alves Ribeiro, S.A., no valor de 815.697,53 euros); Museus e Monumentos de Portugal (com a Interlimpe – Facility Services, no valor de 724.484,00 euros); Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (com a MEO – Serviços de Comunicações e Multimédia, no valor de 721.103,28 euros); sete do Estado Maior da Força Aérea (um com a Dassault Aviation Business Services, no valor de 650.000,00 euros, outro com a OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, no valor de 398.717,76 euros, outro com a IEMA – Importação e Exportação de Material Aeronáutico, no valor de 397.746,27 euros, outro com a Interlimpe – Facility Services, no valor de 347.103,00 euros, outro com a Protecfire, no valor de 197.576,00 euros, outro com a Canyon Aeroconnect, no valor de 162.431,07 euros, e outro com a Sabena, no valor de 120.000,00 euros); quatro do Hospital de Braga (um com a ITAU – Instituto Técnico de Alimentação Humana, no valor de 586.980,12 euros, outro com a Fresenius Medical Care, no valor de 240.356,60 euros, e dois com a Verlingue – Corretor de Seguros, ambos no valor de 116.266,66 euros); dois do Centro Hospitalar Tondela-Viseu (um com a Iberdrola, no valor de 416.383,54 euros, e outro com a Janssen Cilag, no valor de 197.904,00 euros); Unidade Local de Saúde do Nordeste (com a João Carlos Costa – Diagnóstico por Imagem, no valor de 400.000,00 euros); dois do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte (um com a Linde Portugal, no valor de 305.732,70 euros, e outro com a Ambimed, no valor de 138.145,48 euros); Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil (com a Sanofi, no valor de 176.595,84 euros); Município de Aveiro (com a Universidade de Aveiro, no valor de 133.364,00 euros); Município de Cascais (com a Gonçalo Santos Machado & Associados – Sociedade de Advogados, no valor de 119.820,00 euros); e o Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (com a Canon Medical, no valor de 112.554,00 euros).


    TOP 5 dos contratos públicos divulgados no dia 18 de Janeiro

    1Aquisição de medicamentos

    Adjudicante: Centro Hospitalar Tondela-Viseu

    Adjudicatário: Janssen Cilag

    Preço contratual: 3.347.218,15 euros

    Tipo de procedimento: Ao abrigo de acordo-quadro (artº 259º)


    2Aquisição de robot cirúrgico para Bloco Operatório

    Adjudicante: Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca

    Adjudicatário: Excelência Robótica Portugal

    Preço contratual: 1.899.000,00 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    3Aquisição de apólices de seguro

    Adjudicante: Município de Loures

    Adjudicatário: Fidelidade – Companhia de Seguros

    Preço contratual: 1.735.770,23 euros

    Tipo de procedimento: Concurso público


    4Aquisição de medicamentos

    Adjudicante: Centro Hospitalar Tondela-Viseu

    Adjudicatário: Novartis Farma

    Preço contratual: 1.511.337,48 euros

    Tipo de procedimento: Ao abrigo de acordo-quadro (artº 259º)


    5Fornecimento de combustíveis rodoviários em Portugal Continental

    Adjudicante: Instituto Nacional de Emergência Médica

    Adjudicatário: Petrogal, S.A.

    Preço contratual: 1.351.567,00 euros

    Tipo de procedimento: Ao abrigo de acordo-quadro (artº 259º)


    TOP 5 dos contratos públicos por ajuste directo divulgados no dia 18 de Janeiro

    1 Execução de trabalhos urgentes e prioritários para reparação de troço colector na Avenida Infante D. Henrique

    Adjudicante: Município de Lisboa

    Adjudicatário: Alves Ribeiro, S.A.

    Preço contratual: 815.697,53 euros


    2Aquisição de serviços de limpeza para os serviços centrais e dependentes da Museus e Monumentos de Portugal

    Adjudicante: Museus e Monumentos de Portugal

    Adjudicatário: Interlimpe – Facility Services

    Preço contratual: 724.484,00 euros


    3Aquisição de serviços de comunicações móveis e fixas de dados e voz, TV interna e segurança de perímetro

    Adjudicante: Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro

    Adjudicatário: MEO – Serviços de Comunicações e Multimédia

    Preço contratual: 721.103,28 euros


    4Fornecimento de serviços de engenharia

    Adjudicante: Estado Maior da Força Aérea

    Adjudicatário: Dassault Aviation Business Services

    Preço contratual: 650.000,00 euros


    5Aquisição de serviços para fornecimento de alimentação a doentes – 4º trimestre de 2023

    Adjudicante: Hospital de Braga

    Adjudicatário: ITAU – Instituto Técnico de Alimentação Humana

    Preço contratual: 586.980,12 euros


    MAP