Etiqueta: Destaque Opinião

  • Os dilemas do André

    Os dilemas do André


    Não raras vezes, o Chega tem sido acusado de ser um partido de um homem só. É uma teoria com a qual concordo, e sobre ela já me debrucei algumas vezes. A azáfama do André para concorrer a tudo, desde Presidente da República a Primeiro-Ministro, passando por vogal do condomínio e secretário na junta de freguesia, é meritória, mas deixa a descoberto a dificuldade de arranjar quadros para o partido.

    Não é um problema exclusivo do Chega, entenda-se. É pouquíssimo apelativo enveredar pela carreira política em Portugal neste momento. Os salários são baixos, a exposição à comunicação social é enorme, o risco de devassa na vida privada é uma constante.

    (Foto: D.R./Chega)

    Quem é que, no seu perfeito juízo, quer sair do sector privado, de carreiras bem remuneradas, para entrar no circo em que se tornou o trabalho parlamentar? Dois tipos de pessoas: aqueles a quem seduz a projecção mediática ou, pior, os que não encontram melhor alternativa de trabalho. O salário de deputado pode não ser muito alto, mas, convenhamos, para um incompetente é uma fortuna.

    Quase todos os partidos passam por estas dificuldades. No caso do Chega, um partido que gira em torno de uma pessoa e sem grandes teorias ou ideologias, a busca por quadros minimamente apresentáveis é ainda mais difícil. Não é qualquer pessoa que se sujeita aos gritos racistas e xenófobos a troco de um salário.

    Não é, por isso, de estranhar que André Ventura ande sempre aos caixotes entre os desiludidos dos outros partidos. Imagino que o Sérgio Sousa Pinto seja o próximo convidado para jantar.

    Rita Matias, deputada do Chega.

    Quando o grupo parlamentar aumentou para os actuais cinquenta membros, foi preciso abrir a porta sem grande controlo e rezar pelo silêncio dos novos recrutas. Os meses passaram, e os escândalos foram-se sucedendo. Casos e mais casos com os deputados, crimes menores e maiores, 20% da bancada debaixo de investigação.

    André tentou conter os primeiros casos e, sempre que possível, apontar aos alegados crimes do PS e do PSD. Mas chegou a um ponto em que as notícias eram tão catastróficas, com escândalos semanais, que o líder do Chega mudou de estratégia. Era altura de começar a atirar gente para debaixo do comboio.

    Entre pedófilos, agressores, corruptos e ladrões de malas, Ventura optou por se antecipar à crítica e tratou de afirmar que o Chega era um partido diferente. Não daria cobertura aos crimes dos seus, embora, recentemente, Ventura se tenha referido a “crimes menores” para marcar as diferenças face ao PS e ao PSD. O que diria o André de 2023, que gritava por castração química para pedófilos, deste de 2025, que vê a coisa de uma forma mais leve?

    (Foto: D.R./Chega)

    O Chega escolheu duas linhas perfeitamente definidas: a imigração e a corrupção. Se, no primeiro tema, o trabalho de populismo está a ser feito com algum sucesso, já no tema da corrupção os quadros do partido não estão a ajudar. Ana Caldeira, a mais recente descoberta nas virtuosidades da extrema-direita, está acusada de burla qualificada e, de imediato, posta a andar por Ventura. Nem Marine Le Pen, condenada por roubar fundos europeus, foi poupada por Ventura, nestes dias difíceis para a extrema-direita europeia.

    Chegámos a um ponto de habituação tal que, a verdadeira notícia, é termos uma semana sem mais um membro do Chega ser apanhado com a boca na botija. De tantas cabeças a cortar, o pobre André está rapidamente a tornar o partido de um homem só, algo mais literal.
    Aguardo, com alguma ansiedade, por conhecer as listas do Chega para as próximas legislativas. Devem estar recheadas de futuros criminosos de baixo quilate.

    Esta também é uma parte importante. O Chega trouxe para a política o incompetente desqualificado que, até a roubar, é razoavelmente burro. Miguel Arruda, à falta de melhor, é um bom exemplo do que é o Chega para lá de Ventura. Um incapaz que não consegue articular duas ideias. Um racista primário que apoia movimentos de nazis. Um idiota encartado que rouba na sala do país com mais câmaras por metro quadrado e que, para complemento, ainda envia o produto do saque pela agência dos correios do Parlamento, para poupar uns cobres em selos. Agora imaginem um intelecto destes a votar em leis.

    (Foto: D.R./Chega)

    O que estes sucessivos casos do Chega nos dizem é, no fundo, aquilo que já todos sabíamos. O Chega não é anti-sistema, não é anti-corrupção e, muito menos, tem uma ideia para o país. Limita-se a cavalgar os temas que dividem e que, mais depressa, os poderão levar a cargos de poder. E, se há coisa que o crescimento da extrema-direita na Europa nos ensinou, é que o ódio a emigrantes e o populismo moralista são as formas mais rápidas de converter frustração popular em votos.

    O projecto de poder pessoal de André Ventura não é gritar porque outros, em lugares de decisão, roubam. O que o incomoda verdadeiramente, desde o dia em que saiu do PSD, é não lhe darem um lugar onde ele, e alguns dos seus fiéis, possam também meter a mão na coisa pública.

    Parece que ainda não será desta. O Rocha foi mais esperto.

    Tiago Franco é engenheiro de desenvolvimento na EcarX (Suécia)

  • Tuk Tuk & Sondagens & Publirreportagem

    Tuk Tuk & Sondagens & Publirreportagem


    No episódio de hoje, Pedro Almeida Vieira e Elisabete Tavares falam de três temas:

    1 – A proibição de Tuk Tuks em algumas ruas de Lisboa.

    2 – A manipulação das sondagens e o laxismo da ERC.

    3 – Uma notícia do Público, em que a jornalista viajou ‘a convite de’, e que se assemelha a uma publirreportagem.

    Acesso: LIVRE, mas subscreva o P1 PODCAST com um donativo mensal de 2,99 euros. Ajude o PÁGINA UM a amplificar o seu trabalho.

    Inspirado no conceito ancestral de noticiar os factos do dia, o PÁGINA UM decidiu registar a marca Acta Diurna no INPI (não é apenas o Almirante Gouveia e Melo que a usa), com o intuito de lançar um podcast de comentário regular sobre a actualidade e temas que orbitam em torno das nossas abordagens.

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    A Acta Diurna foi, muito provavelmente, o primeiro jornal da História. Criado na Roma Antiga, no ano 59 a.C., por ordem de Júlio César, tratava-se de uma folha de informação pública onde eram registados e divulgados acontecimentos políticos, decisões judiciais, anúncios e até mexericos. Afixada em locais de grande circulação, a Acta Diurna tinha como propósito dar conta do quotidiano, funcionando como um instrumento de transparência – ou, ao que tudo indica, de propaganda e controlo da informação.

    Inspirado neste conceito ancestral de noticiar os factos do dia, o PÁGINA UM decidiu registar a marca Acta Diurna, para lançar um podcast de comentário regular sobre a actualidade e temas que orbitam em torno das abordagens do próprio jornal. Mas não só. Também haverá espaço para outros assuntos que, por diversas circunstâncias acabam por não ser desenvolvidos em formato escrito.

    O Acta Diurna será conduzido por Pedro Almeida Vieira e Elisabete Tavares, podendo contar, pontualmente, com convidados externos que tragam outras perspetivas ao debate. Não é um podcast de entrevistas, é um espaço de análise crítica, com o selo do jornalismo livre do PÁGINA UM.

    O Acta Diurna será um espaço para quem quer pensar além das narrativas dominantes. E o novo episódio já está disponível.

  • A denúncia contra Bolsonaro, ou Estará Xandão impedido de julgá-lo?

    A denúncia contra Bolsonaro, ou Estará Xandão impedido de julgá-lo?


    Assim como o Sol que nasce todos os dias, toda a gente decente do país estava à espera da acusação de Jair Bolsonaro e do seu bando de golpistas. Depois de terem tentado acabar com o nosso regime democrático para instaurar uma ditadura, era apenas uma questão de tempo até que o Procurador-Geral da República o acusasse, bem como parte dos militares que se dispuseram a trair a farda e a pátria nessa empreitada. Agora, enfim, começa o jogo judicial. 

    Na última semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para 25 de Março o início do julgamento sobre a admissibilidade formal da acusação contra Jair Bolsonaro e os seus aliados. A acusação inclui crimes como associação criminosa, tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. São mais de oito mil páginas de provas, incluindo mensagens de WhatsApp, registos financeiros e depoimentos de militares arrependidos, nas quais se revela como um bando de arruaceiros tentou desferir um golpe de morte contra a democracia brasileira.

    Jair Bolsonaro

    Enquanto o STF avança, os apoiadores de Bolsonaro intensificam a retórica de vitimização. Nas redes sociais, circulam vídeos de manifestações em que seguidores juram “não aceitar a prisão do presidente”. Como de hábito, repete-se a mesma ladainha de sempre: “perseguição judicial”, “querem acabar com a direita neste país” e outras parvoíces do género. A isso soma-se a invocação indefetível do sentido deturpado da palavra “narrativa”, para desqualificar o meticuloso trabalho da Polícia Federal, ao reunir provas abundantes da conspiração que conduziu o país às portas de um golpe de Estado consumado. 

    De todas as “alegações” levantadas pelos bolsonaristas para tentar iludir a sua seita de seguidores, uma, contudo, é capaz de fazer erguer a sobrancelha mesmo entre quem não é suspeito de simpatias com a extrema-direita. Trata-se do suposto impedimento de Alexandre “Xandão” de Moraes para julgar o caso. 

    Como se sabe, exige-se de todo e qualquer juiz imparcialidade, isto é, o distanciamento necessário para julgar um litígio sem se inclinar de antemão para qualquer dos lados. Prevendo isso, o legislador estabeleceu duas hipóteses em que a parte pode recusar o julgamento por determinado magistrado: suspeição e impedimento. Se ambas se assemelham no propósito (afastar um juiz do processo), diferenciam-se na forma como se manifestam e na facilidade com que se prova cada uma dessas hipóteses. 

    Alexandre de Moraes

    Na suspeição, as hipóteses são subjectivas (amizade ou inimizade com uma das partes, por exemplo). É necessário, além de alegar a suspeição, provar que ela existe de facto e influencia a imparcialidade do julgador. No impedimento, as causas são objectivas (ser cônjuge de uma das partes ou ter actuado no processo como advogado, por exemplo). Basta demonstrar que a hipótese prevista existe para que a lei presuma, independentemente de qualquer outra prova, a falta de isenção do juiz para atuar no feito. 

    No caso do golpe planeado pelos bolsonaristas, uma das etapas da destruição democrática previa a morte do presidente eleito (Lula da Silva), do seu vice (Geraldo Alckmin) e do presidente do TSE (Alexandre de Moraes). Logo, a ser Xandão uma potencial vítima do delito, aplicar-se-ia o inciso IV do artigo 252 do Código de Processo Penal, segundo o qual: 

    “O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que […] for parte ou diretamente interessado”.

    Logo, Xandão não poderia julgar o caso, correcto? 

    Não. Errado. 

    Primeiro, quando os extremistas bolsonaristas planeavam matar Xandão, Lula e Alckmin, não se tratava de praticar três assassinatos isolados. O objectivo não era propriamente eliminar essas três figuras por desavenças pessoais ou políticas. Absolutamente. A ideia era a de remover os três principais obstáculos institucionais à consumação do coup. O crime aí investigado não é exactamente de homicídio, mas de golpe de Estado. A verdadeira vítima desse delito, portanto, não é nenhum desses três, mas a própria sociedade, que teria sido privada do direito de escolher os seus representantes eleitos. 

    Lula da Silva

    Segundo, mesmo que houvesse inimizade entre Xandão e Bolsonaro, isso por si só não seria suficiente para afastá-lo do caso. O artigo 256 do CPP estabelece que a suspeição “não poderá ser declarada nem reconhecida quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo para criá-la”. Foi exactamente isso que Bolsonaro tem feito e repetido desde 2019, quando o inquérito contra as chamadas fake news foi instaurado. Não nos esqueçamos de que, em 2021, Bolsonaro reuniu uma multidão na Avenida Paulista, em São Paulo, para insultar o ministro, chamando-o de “canalha”, e declarar que, como presidente, não cumpriria mais as suas ordens. Logo, não será por aí que se sustentará uma eventual suspeição de Xandão. 

    Haverá quem defenda que, neste caso específico, independentemente das questões técnicas, não conviria, de qualquer modo, a participação de Alexandre de Moraes no processo. Do ponto de vista puramente leigo, sempre se pode argumentar que seria melhor não ter um ministro tão directamente afectado pelos factos narrados na acusação a participar do julgamento. Contudo, duas considerações haveriam de ser feitas em contrapartida a essa visão. 

    A primeira é a de que o Supremo é um órgão de cúpula; não há nenhum outro tribunal judicial acima dele. Se os golpistas, por exemplo, planeassem matar todos os onze ministros do Supremo, nenhum deles poderia julgá-los? Os golpistas ficariam, então, impunes? 

    A segunda é que existe um brocardo latino milenar segundo o qual nemo auditur propriam turpitudinem allegans. O que, em bom vernáculo, significa dizer que ninguém pode alegar em seu benefício a própria torpeza. Caso se admitisse que Xandão estivesse impedido por ter sido descoberto um plano para assassiná-lo, doravante todos os criminosos do país planeariam matar todo e qualquer magistrado que julgassem ser desfavorável à sua absolvição. Não é necessário ser formado em Direito para imaginar o tamanho do problema de política judiciária e carcerária que tal entendimento implicaria. 

    Brazillian flag

    O caso transcende fronteiras e o exemplo norte-americano deixa claro o tamanho do problema que políticas de apaziguamento ou a ineficiência do sistema judicial podem causar quando se deixam golpistas impunes. O julgamento da tentativa de golpe de Estado no Brasil não é apenas (mais) um processo penal. É um teste à capacidade do Brasil e daquilo que se convencionou chamar de “Ocidente” de confrontar o seu passado recente e expurgar do jogo democrático aqueles que atentam contra ele. 

    Alexandre de Moraes não está impedido. Com a sua habitual coragem, terá a oportunidade de provar, mais uma vez, que a Justiça não se curva a ameaças. Espera-se que conduza o processo com a seriedade devida. Não estará em jogo apenas o futuro dos acusados. Estará em jogo o futuro do país. 

    Arthur Maximus é advogado no Brasil e doutorado pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

  • BPF & Signalgate & JRS & Tesla & Bhattacharya

    BPF & Signalgate & JRS & Tesla & Bhattacharya


    No episódio de hoje, Pedro Almeida Vieira e Elisabete Tavares falam de cinco temas:

    1 – O Banco Português de Fomento esconde provas da execução de contratos com sociedades de advogados e consultoras.

    2 – Um jornalista foi adicionado a um grupo no Signal, onde membros da administração Trump discutiam temas confidenciais.

    3 – José Rodrigues dos Santos fez uma entrevista a Paulo Raimundo, do PCP, que mereceu queixas na ERC.

    4 – As acções da Tesla afundam em 2025, mas continuam a registar ganhos de 55% no último ano, ao contrário do que sucede com o índice bolsista do sector automóvel na Europa.

    5 – Jay Bhattacharya, professor de Medicina da Universidade de Stanford é o novo director do NIH, o maior financiador público de investigação biomédica a nível global.

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    O Acta Diurna será conduzido por Pedro Almeida Vieira e Elisabete Tavares, podendo contar, pontualmente, com convidados externos que tragam outras perspetivas ao debate. Não é um podcast de entrevistas, é um espaço de análise crítica, com o selo do jornalismo livre do PÁGINA UM.

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  • Turquia & Indecisos & GM & Lusa

    Turquia & Indecisos & GM & Lusa


    No episódio de hoje, Pedro Almeida Vieira e Elisabete Tavares falam de quatro temas:

    1 – Os protestos na Turquia, após a detenção do provável candidato da oposição às presidenciais, e o facto de a rede X ter acedido a suspender contas da oposição ao regime de Erdogan.

    2 – Uma sondagem do Expresso/SIC destacou os indecisos e não redistribuiu os votos.

    3 – Nasceu uma associação que se diz “cívica” e “espontânea” para promover o nome de Gouveia e Melo nas corrida às presidenciais.

    4 – A longa notícia da Lusa sobre a associação de apoio a GM, similar a um ‘press release‘, foi difundida sem edição pelos restantes órgãos de comunicação social.

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  • ERC & Encriptação & Spinumviva & David Marçal

    ERC & Encriptação & Spinumviva & David Marçal


    No episódio de hoje, Pedro Almeida Vieira e Elisabete Tavares falam de quatro temas:

    1 – A coima de apenas 2.000 euros que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) aplicou à Impresa Publishing como ‘castigo’ por o Expresso ter publicado um artigo publicitário sem a referência de que se tratava de publicidade e as implicações desta decisão do regulador dos media.

    2- Em França, a Assembleia Nacional deixou a cair propostas apresentadas no âmbito de um diploma que visa reforçar o controlo do narcotráfico, as quais iriam dar poderes às autoridades francesas para desencriptar mensagens e aceder remotamente ao som e à imagem de equipamentos fixos e móveis.

    3 – O Observador divulgou uma notícia baseada em documentos da Spinumviva, mas a investigação merece alguns reparos.

    4 – Num artigo de opinião no Público, David Marçal opõe-se a que sejam feitos mais estudos para investigar se há ligação entre casos de autismo e a vacinação, a propósito da intenção do novo secretário da Saúde dos Estados Unidos.

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    O Acta Diurna será conduzido por Pedro Almeida Vieira e Elisabete Tavares, podendo contar, pontualmente, com convidados externos que tragam outras perspetivas ao debate. Não é um podcast de entrevistas, é um espaço de análise crítica, com o selo do jornalismo livre do PÁGINA UM.

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  • Impresa & Moratórias & Gémeas & JFK

    Impresa & Moratórias & Gémeas & JFK


    No episódio de hoje, disponível no Spotify e no Youtube, Pedro Almeida Vieira e Elisabete Tavares falam de quatro temas:

    1 – A crise na Impresa e a forma como a SIC tem servido para ‘alimentar’ financeiramente a holding do grupo de Balsemão;

    2 – As moratórias do crédito implementadas na pandemia levaram a que famílias mais vulneráveis ficassem ainda mais fragilizadas;

    3 – A comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas e a sua ligação com a falta de investigação ao excesso de mortalidade em Portugal;

    4 – A divulgação, nos Estados Unidos, de documentos classificados como confidenciais sobre o assassinato do presidente J.F. Kennedy e as suas implicações.

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  • Huawei & Advogados & SARS-CoV-2 & Promiscuidades

    Huawei & Advogados & SARS-CoV-2 & Promiscuidades


    No episódio de hoje, disponível no Spotify e no Youtube, Pedro Almeida Vieira e Elisabete Tavares falam de quatro temas:

    1 – No episódio de hoje, Pedro Almeida Vieira e Elisabete Tavares falam de três temas:

    1 – A Comissão Europeia proibiu serviços de terem reuniões com representantes da Huawei, mas Ursula von der Leyen e a CE também têm telhados de vidro e mensagens escondidas para revelar…

    2 – A Ordem de Advogados vai a votos e o Público resolveu fazer um estranho título sobre o assunto. Pedro Almeida Vieira também conta um caso recente que envolve esta Ordem profissional e um advogado da consultora BDO.

    3 – Uma notícia dá conta que o britânico MI6 entregou um dossier confidencial ao governo britânico em Março de 2020 onde indicava que a origem do vírus SARS-CoV-2 seria uma fuga de um laboratório em Wuhan.

    4 – A Entidade Reguladora para a Comunicação Social continuar a ter dificuldades em conseguir que acabe a promiscuidade nas empresas de media, que continuam a publicar conteúdos patrocinados disfarçados de informação. Damos conta de novos casos que detectámos.

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  • Lusa e as ‘cerca de 10 pessoas’ anti-Musk

    Lusa e as ‘cerca de 10 pessoas’ anti-Musk


    Alterações Mediáticas, podcast da jornalista Elisabete Tavares sobre os estranhos comportamentos e fenómenos que afectam o ‘mundo’ anteriormente conhecido como Jornalismo. No 19º episódio, analisa-se o fenómeno bizarro que afectou a cobertura dos media de um protesto contra Musk em Lisboa. Também se analisa uma ‘fake news‘ sobre o traçado do TGV, a hipocrisia de um jornalista do Polígrafo e ainda a decisão do Expresso de fazer duas primeiras páginas nesta edição.

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  • Heróis pandémicos & Rui Veloso & Centeno

    Heróis pandémicos & Rui Veloso & Centeno


    No episódio de hoje, disponível no Spotify e no Youtube, Pedro Almeida Vieira e Elisabete Tavares falam de três temas:

    1 – Cinco anos depois da entrada do SARS-CoV-2 em Portugal, os media insistem no endeusamento acrítico dos principais rostos da narrativa pandémica.

    2 – Após a queda do Governo, a contratação de Rui Veloso para um concerto nas escadarias da Assembleia da República revela o grau zero da dignidade institucional.

    3 – Mário Centeno é alvo de uma campanha mediática acrítica, com particular destaque na RTP.

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