Categoria: Biblioteca

  • Manuel Monteiro

    Manuel Monteiro

    Na décima primeira sessão de BIBLIOTECA DO PÁGINA UM, Pedro Almeida Vieira conversa com o escritor e revisor Manuel Monteiro



    O curso de Economia, tirado no ISCTE, e visto à distância (do tempo), parece não se ‘casar’ bem com o perfil de Manuel Monteiro – ou talvez sim, porque, na verdade, tudo na vida se mostra importante, nem que seja para se saber o que não se quer fazer. E Manuel Monteiro tem feito muito, e até foi jornalista, sendo hoje sobretudo conhecido por ser um dos melhores (e maiores) defensores da Língua Portuguesa, pela sua actividade de revisor de obras literárias.

    Sobre essa tarefa, em que se assume como simultaneamente um ‘salvador’ e um ‘terror’ dos escritores (por corrigir gralhar e detectar vergonhosos erros), Manuel Monteiro conversa com Pedro Almeida Vieira sobre a ortografia e a gramática, e sobre as suas irritações e paixões, numa perspectiva didáctica mas também divertida.

    Mas Manuel Monteiro não é apenas conhecido como revisor, com várias obras publicadas e uma escola de formação na área: ao longo dos anos tem escrito também ficção, tendo-se estreado em 2011 com ‘O suave e o negro’. A sua mais recente obra neste género é o livro de contos ‘O funambulista, o ateu intolerante e outras histórias reais’, publicado em 2021.

    Manuel Monteiro fotografado na Biblioteca do PÁGINA UM.

    Entre as obras patentes na BIBLIOTECA DO PÁGINA UM, Manuel Monteiro escolheu romance ‘A Severa’, de Júlio Dantas, publicado em 1901, e ainda o romance ‘O criador de letras’, de Pedro Foyos, recentemente falecido, publicado originalmente em 2009.

    Pormenor da biblioteca ‘caseira’ de Manuel Monteiro.

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  • Quarto processo judicial: o perseguido vai passar a ‘perseguidor’

    Quarto processo judicial: o perseguido vai passar a ‘perseguidor’


    Não sei se cometo algum crime de violação de segredo de justiça, mas, se assim for, que estas palavras sejam enquadradas no artigo 32º do Código Penal, que estatui que “constitui legítima defesa o facto praticado como meio necessário para repelir a agressão actual e ilícita de interesses juridicamente protegidos do agente ou de terceiro”.

    Esta quinta-feira, dia 26 de Setembro, vou mais uma vez prestar depoimento (ou manter-me em silêncio nesta fase) por uma queixa judicial. Se a memória não me falha, esta será a sexta vez em menos de três anos. Em dois dos processos, houve desistência, três vão avançar para julgamento até porque eu não quis abertura de instrução, que poderia levar ao arquivamento. Estou tão convicto do rigor e justeza do meu trabalho que quero provar esse rigor num tribunal através de uma absolvição.

    Mas há limites para a paciência – e para dar a face. O processo agora em causa resulta, pelo que apurei, de uma queixa da Apifarma (Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica), da Ordem dos Médicos e da Ordem dos Farmacêuticos, e deverá estar relacionada com artigos que fui escrevendo desde Dezembro de 2022 sobre uma famigerada campanha de solidariedade denominada ‘Todos por quem cuida’.

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    A dita campanha teve como principais mentores três pessoas em concreto: Ana Paula Martins – então bastonária da Ordem dos Farmacêuticos e actual ministra da Saúde –, Miguel Guimarães – então bastonário da Ordem dos Médicos e actual deputado e vice-presidente da bancada parlamentar do PSD – e ainda Eurico Castro Alves – actual presidente da secção do Norte da Ordem dos Médicos e, entre outras funções, ‘anfitrião’ nas recentes férias brasileiras do primeiro-ministro Luís Montenegro.

    As notícias originaram-se de uma investigação jornalística do PÁGINA UM que inclui a necessidade de uma intimação no Tribunal Administrativo de Lisboa, uma vez que as entidades envolvidas quiseram esconder os documentos operacionais e contabilísticos. Na análise dessa documentação, acedida por ordem de um tribunal, foi possível apurar que os três envolvidos abriram uma conta pessoal (e não institucional) para gerir os dinheiros da campanha (cerca de 1,3 milhões de euros provenientes de sócios da Apifarma), enganaram o Ministério da Administração Interna sobre a titularidade dessa conta, não pagaram imposto de selo (10% dos montantes acima dos 500 euros), houve facturas falsas em nome da Ordem dos Médicos (a facturação foi feita em nome da Ordem dos Médicos, mas os pagamentos não saíram de lá, mas sim da conta particular, havendo assim condições para a criação de um ‘sazo azul’) e houve ainda declarações falsas para obtenção indevida de benefícios fiscais.

    Uma vez que os três envolvidos (Ana Paula Martins, Miguel Guimarães e Eurico Castro Alves) são profissionais de saúde, deveria ter havido declarações dos montantes recebidos das farmacêuticas no Portal da Transparência e Publicidade, gerido pelo Infarmed; mas tal nunca sucedeu nem o presidente do regulador se mostrou interessado em abrir um processo. A verba amealhada também serviu para um pagamento de serviços do Hospital das Forças Armadas como retribuição da administração de doses de vacinas contra a covid-19 a médicos não-prioritários, contra a norma em vigor da DGS e com o beneplácito activo de Gouveia e Melo.

    Uma súmula deste caso escansaloso pode ser lido nesta notícia recente, embora as primeiras tenham sido publicadas em Dezembro de 2022.

    Durante meses, procurei saber se o Ministério Público abrira qualquer processo. No ano passado, enviei quatro e-mails; este ano foram mais dois. Fiz entretanto, uma denúncia informal. Nada. Silêncio absoluto. O Ministério Público nada fez, pelo menos que seja do meu conhecimento.

    Ana Paula Martins e Miguel Guimarães.

    Mas vai fazer agora, mas ao contrário, tal como já fez com as acusações de Gouveia e Melo, e de mais outra da Ordem dos Médicos (em ‘parceria’ com Miguel Guimarães, Filipe Froes e Luís Varanda) e ainda outra do médico e ‘humanitarian doctor’ Gustavo Carona. Porque, nesses casos, achou por bem acompanhar as acusações, porque é muito mais fácil: basta em meia-dúzia de linha seguir o que dizem os queixosos. Aliás, num dos processos, a magistrada até escreve que o PÁGINA UM é um jornal de se vende em banca, o que exemplifica o grau e qualidade da investigação do Ministério Público…

    Tendo em conta a dimensão do PÁGINA UM, e o facto de eu ser um ‘outsider’ – e não visto com particular simpatia pelos colegas de profissão, até pela minha postura crítica sobre as promiscuidades e erros dos media –, sou um alvo apetecível para aquilo que se denomina  SLAPP – acrónimo, que faz lembrar estalo (slap), para Strategic Lawsuit Against Public Participation. Consiste isto em processos de intimidação, perseguição e silenciamento, quase sempre recorrendo a processos judiciais ou similares, não apenas para desacreditar vozes independentes como para lhes causar danos patrimoniais.

    Na verdade, arrisco-me a que, dentro de pouco tempo, a minha vida seja andar de tribunal em tribunal, de julgamento em julgamento, ainda por cima porque, em abono da verdade, como o Ministério Público não investiga sobre muitos dos ‘casos de política’ que o PÁGINA UM revela (e a outra imprensa intencionalmente não os expande), dá sinais aos infractores para me tentarem silenciar.

    Pois bem, a minha estratégia vai mudar, e existem condições para o anunciar. Embora o papel do jornalismo (e do jornalista) não seja o de ter uma intervenção directa sobre os casos que denuncia – significando assim que, por princípio, um jornalista não deve ser o ‘denunciante’ junto do Ministério Público –, a partir de agora vou começar a apresentar, em casos concretos, denúncias formais junto da Procuradoria-Geral da República. Há, na forja, uma dezena de casos concretos, que serão, em breves anunciados, até porque revelaremos as queixas formais na Procuradoria-Geral da República.

    Deste modo, casos como os da campanha ‘Todos por quem cuida’, envolvendo figuras gradas, podem sempre resultar em investigações contra mim por alegada difamação, mas terão também de resultar em investigações formais do Ministério Público contra os visados.

    adult tan and white American pit bull terrier
    Um jornalista deve ser um simples ‘watchdog’, mas quando o Ministério Público não age, tem de se mudar a estratégia.

    Mostra-se intolerável que, de entre as largas dezenas de ‘casos de polícia’ que o PÁGINA UM tem noticiado em quase três anos, não haja nenhum (com o meu conhecimento) que tenha levado a uma investigação séria da polícia criminal (e do Ministério Público), enquanto eu, à conta disto, tenha já quatro (ou mais) processos judiciais à perna. E tenho a consciência de ter cumprido todos os preceitos de rigor e isenção como jornalista.

    Em suma, a partir de agora, estou pronto para muitas e mais mordidelas nas canelas; mas não posso é aceitar que o Ministério Público cruze os braços quando o PÁGINA UM escreve. Vai ter de descruzar.

    Se os leitores do PÁGINA UM continuarem a manter a confiança e a alargar a base de apoio financeiro, este será um compromisso pessoal, que faremos auxiliados por uma equipa de advogados, porque a democracia defende-se não com cravos na lapela um dia por ano, mas por acções concreta em defesa de direitos, incluindo a liberdade de imprensa.


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  • Mendo Castro Henriques

    Mendo Castro Henriques

    Na nona sessão de BIBLIOTECA DO PÁGINA UM, Pedro Almeida Vieira conversa com o filósofo e escritor Mendo Castro Henriques



    Nascido em Lisboa em 1953, Mendo Castro Henriques teve uma longa carreira de professor na Universidade Católica Portuguesa, mantendo-se ainda bastante ativo na área da filosofia e da defesa. Além do seu trabalho acadêmico, manteve uma intensa actividade cívica, incluindo a fundação e presidência do partido centrista e social-democrata Nós, Cidadãos!, entre 2015 e 2020, tendo também sido secretário da Comissão das Comunidades Lusófonas e vice-presidente da Associação Portuguesa Ética e Transparência.

    Mendo Castro Henriques fotografado na Biblioteca do PÁGINA UM.

    Embora se destaque sobretudo pela produção ensaísta, em 2010 publicou o romance do gênero histórico ‘Vencer ou morrer’, publicado em 2010, com cenário nas invasões napoleónicas.

    Numa conversa com Pedro Almeida Vieira, Mendo Castro Henriques fala do seu trabalho como filósofo e investigador na área da defesa, perspectivando a sua experiência no atual mundo em convulsão. Mas há também tempo para abordar a sua experiência como romancista e, em especial, sobre o desafio que agora inicia no PÁGINA UM, com a publicação do folhetim ‘O improvável tio Fred’, baseado na vida de Frédéric Kohn-Abrest (1850-1893).

    Entre as obras patentes na BIBLIOTECA DO PÁGINA UM, Mendo Castro Henriques escolheu os folhetins de Rocha Martins, publicados sob o título ‘Heróis, Santos e Mártires da Pátria’, o romance de cavalaria ‘Artur, rei da Bretanha e os cavaleiros da Távola Redonda’, de Arthur Lambert da Fonseca, publicado em 1960, e ainda ‘O prisioneiro da Torre Velha’, de Fernando Campos, originalmente editado em 2003.

    Pormenor da biblioteca ‘caseira’ de Mendo Castro Henriques.

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  • Filipa Fonseca Silva

    Filipa Fonseca Silva

    Na décima sessão de BIBLIOTECA DO PÁGINA UM, Pedro Almeida Vieira conversa com a escritora Filipa Fonseca Silva



    A licenciatura em Comunicação Social e Cultural na Universidade Católica quase a ‘chamou’ para o jornalismo, mas Filipa Fonseca Silva, nascida no Barreiro em 1979, acabou ‘puxada’ pela publicidade, onde desenvolveu intensa actividade profissional até 2017.

    Entretanto, em 2011 estreou-se no mundo literário com o romance ‘Os 30 – nada é como sonhámos’, cuja versão inglesa a levou ao Top 100 da Amazon, sendo a única autora portuguesa a alcançar essa posição.

    Depois, não parou: publicou mais seis obras de ficção e dois livros de humor, além de crónicas, contos e ensaios, tendo publicado recentemente o romance distópico ‘Admirável mundo verde’.

    Filipa Fonseca Silva fotografada na Biblioteca do PÁGINA UM.

    Numa conversa descontraída com Pedro Almeida Vieira, Filipa Fonseca Silva debruça-se sobre o seu percurso profissional, pessoal e literário, mas também sobre um dos seus maiores ‘desafios’: o Clube das Mulheres Escritoras, que congrega já cerca de duas dezenas de autoras (com obra feita), com o qual pretende dinamizar mais a promoção da escrita no feminino.

    Entre as obras patentes na BIBLIOTECA DO PÁGINA UM, Filipa Fonseca Silva escolheu um romance (não histórico) de Miguel Real, ‘O último minuto da vida de Saramago’, e também o romance ‘Os olhos de Tirésias’, de Cristina Drios, publicado em 2013, e a tetralogia ‘Uma História Privada’, de Luísa Beltrão, constituída pelos romances ‘Os pioneiros’, ‘Os impetuosos’, ‘Os bem-aventurados’ e ‘Os mal-amados’, publicados entre 1994 e 1999.

    Pormenor da biblioteca ‘caseira’ de Filipa Fonseca Silva.

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  • José Riço Direitinho

    José Riço Direitinho

    Na oitava sessão de BIBLIOTECA DO PÁGINA UM, Pedro Almeida Vieira conversa com o escritor e crítico literário José Riço Direitinho.



    Enquanto estudava Agronomia, José Riço Direitinho ‘nasceu’ para a arte da escrita na ‘escola’ do suplemento DN Jovem, que lhe abriu portas para uma auspiciosa estreia com o livro de contos ‘A casa do fim’, em 1992, a que se seguiram os muito aclamados ‘Breviário das más inclinações’ (1994) e ‘Relógio do cárcere’ (1997).

    Embora a sua produção literária tenha ‘acalmado’ durante alguns anos, passou nesse interregno a olhar mais para os livros dos outros, tornando-se um prestigiado crítico literário, acabando mesmo por ser uma espécie de ‘embaixador’ da literatura nórdica em Portugal, sobretudo de romances noruegueses.

    Em 2018 surpreendeu com um regresso numa temática ousada – o erotismo – com ‘O escuro que te ilumina’.

    José Riço Direitinho fotografado na Biblioteca do PÁGINA UM.

    Numa conversa descontraída com Pedro Almeida Vieira, José Riço Direitinho fala do seu percurso como engenheiro, como escritor e como crítico literário, e sobre como tudo isto se ligou (ou não), bem como sobre os novos autores portugueses e a sua paixão pela literatura nórdica, e como a Noruega aposta na promoção da sua Literatura.  

    De entre as obras patentes na BIBLIOTECA DO PÁGINA UM, José Riço Direitinho escolheu ‘A voz dos deuses, de João Aguiar, publicado em 1984, e ‘Um deus passeando pela brisa da tarde’, com primeira edição em 1994.

    Pormenor da biblioteca ‘caseira’ de José Riço Direitinho.

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  • Sérgio Luís de Carvalho

    Sérgio Luís de Carvalho

    Na sétima sessão de BIBLIOTECA DO PÁGINA UM, Pedro Almeida Vieira conversa com o escritor, historiador e professor Sérgio Luís de Carvalho.



    Um dos mais profícuos escritores do género histórico, Sérgio Luís de Carvalho atravessa, com a sua escrita, quase todos os tempos, debruçando-se sobre os variados temas como se os tivesse conhecido in loco e in illo tempore. Desde 1989, com o seu romance de estreia, Anno Domini 1348, que aborda os tenebrosos tempos da peste negra, contabiliza 14 romances, que transcorrem em quase todos os séculos desde a Idade Média – que foi, aliás, o seu foco de interesse quando decidiu fazer o mestrado – até ao século XX.

    Além da ficção, tem sido um dedicado divulgador de História, com vários livros publicados, e de particularidades da língua portuguesa, estando agora a desenvolver um conjunto de obras em torno da influência de povos, culturas e ideologias em Lisboa, de que são exemplo ‘Lisboa Árabe’, ‘Lisboa Judaica’, ‘Lisboa Nazi’ e ‘Lisboa Maldita’.

    Numa conversa descontraída (e de amigos) com Pedro Almeida Vieira, Sérgio Luís de Carvalho fala sobre a sua produção literária – ‘viajando’ por todos os seus romances que estão na Biblioteca do PÁGINA UM –, sobre como concilia com as aulas numa escola secundária de Mem Martins, sobre os seus conhecimentos históricos e como podem perspectivar aquilo que ocorre nos nossos dias. E debate-se ainda criticamente a forma como se estão a perder os direitos de expressão e de lutas sociais por força da ‘ideologia do cancelamento’ e da manipulação.

    Sérgio Luís de Carvalho fotografado na Biblioteca do PÁGINA UM.

    De entre as obras patentes na BIBLIOTECA DO PÁGINA UM, Sérgio Luís de Carvalho sugeriu os contos compilados em ‘Lendas e Narrativas’, de Alexandre Herculano, em dois volumes publicados em 1851; ‘A ilustres Casa de Ramires’, de Eça de Queirós, publicado em 1900, no ano da morte do escritor; e ainda o conto ‘Última corrida de touros em Salvaterra’, de Rebelo da Silva, integrado no livro ‘Contos e lendas’, originalmente publicado em 1873.

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  • Ana Margarida de Carvalho

    Ana Margarida de Carvalho

    Na sétima sessão de BIBLIOTECA DO PÁGINA UM, Pedro Almeida Vieira conversa com a escritora Ana Margarida de Carvalho.



    Deixou o curso de Direito de lado, e destacou-se a partir dos anos 90 como jornalista, arrecadando diversos prémios pelas suas reportagens. Mas seria na ficção que Ana Margarida de Carvalho galgou etapas e atingiu de imediato um patamar elevado, com os seus dois primeiros romances – ‘Que importa a fúria do mar’ (2013) e ‘Não se pode morar nos olhos de um gato’ (2016) –, sendo o primeiro escritor a vencer por duas vezes o Grande Prémio de Romance e Novela APE/DGLAB com as suas primeiras obras. O seu primeiro livro de contos (‘Pequenos delírios domésticos’) também venceu o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco.

    Numa conversa descontraída com Pedro Almeida Vieira, Ana Margarida de Carvalho fala sobre o percurso que a levou do jornalismo (que não lhe deixa boas memórias) até à ficção como ofício mais permanente, e como lidou com um sucesso fulgurante. E também aborda a sua intervenção social (e política), bem como a sua relação no ‘ofício da escrita’ com o consagrado escritor Mário de Carvalho, seu pai.

    Ana Margarida de Carvalho fotografada na Biblioteca do PÁGINA UM.

    De entre as obras patentes na BIBLIOTECA DO PÁGINA UM, Ana Margarida de Carvalho escolheu ‘Casa Grande Romarigães’, de Aquilino Ribeiro, publicado em 1957, e ‘O ano da morte de Ricardo Reis’, de José Saramago, com primeira edição de 1984.

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  • Sandro William Junqueira

    Sandro William Junqueira

    Na sexta sessão de BIBLIOTECA DO PÁGINA UM, Pedro Almeida Vieira conversa com o escritor Sandro William Junqueira.



    Um dos mais consistentes escritores da última década e meia, Sandro William Junqueira – que recentemente entrou no ‘clube dos 50’ – consegue conciliar com esmero dois géneros aparentemente antagónicos: romances de uma grande crueza e complexidade psicológica e também livros para o público infantil, enquanto também faz incursões pelo teatro.

    Numa conversa descontraída com Pedro Almeida Vieira, Sandro William Junqueira fala sobre o seu percurso como leitor, o seu caminho pouco ortodoxo até à Literatura, e a forma como cria e recria a sua escrita.

    Sandro William Junqueira

    De entre as obras patentes na BIBLIOTECA DO PÁGINA UM, Sandro William Junqueira escolheu, para sugerir a leitura, a trilogia ‘As areias do Imperador’, de Mia Couto, publicado entre 2015 e 2017, que retrata os derradeiros dias do chamado Estado de Gaza, o segundo maior império em África dirigido por Gungunhane no final do século XIX. E trouxe também, da sua biblioteca, para recomendação, o livro de contos ‘Um repentino pensamento libertador’ do norueguês Kjell Askildsen.

    Pormenor da biblioteca ‘caseira’ de Sandro William Junqueira.

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  • Rui Cardoso Martins

    Rui Cardoso Martins

    Na quinta sessão de BIBLIOTECA DO PÁGINA UM, Pedro Almeida Vieira conversa com o escritor Rui Cardoso Martins.



    Cronista de excelência, ainda hoje (re)conhecido pela ‘saga’ de ‘Levante-se o réu’, com que retratava as misérias da condição humana perante um juiz, Rui Cardoso Martins mantém-se como jornalista, tendo sido um dos ‘pioneiros’ do Público, onde arrecadou dois prémios Gazeta de Imprensa.

    Mas tem sido na escrita literária que mais se tem firmado, depois da sua estreia em 2006, com o romance ‘E se eu gostasse muito de morrer’. Tem repartido a ficção (sendo ‘As melhoras da morte’ a sua mais recente obra) com a escrita de argumentos de cinema e também de humor.

    Rui Cardoso Martins fotografado na Biblioteca do PÁGINA UM.

    Uma conversa descontraída (mas séria) em redor dos processos de escrita, sobre literatura, sobre o jornalismo, sobre a liberdade, sobre a religião e, enfim, sobre a vida.

    De entre as obras patentes na BIBLIOTECA DO PÁGINA UM, Rui Cardoso Martins escolheu, para sugerir a leitura, “O Judeu’, de Camilo Castelo Branco, publicado em 1866, e ainda o livro de contos ‘A inaudita guerra da Avenida Gago Coutinho’, de Mário de Carvalho, um original de 1983.

    Pormenor da livros da biblioteca ‘caseira’ de Rui Cardoso Martins.

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  • Ana Maria Pereirinha

    Ana Maria Pereirinha

    Na quarta sessão de BIBLIOTECA DO PÁGINA UM, Pedro Almeida Vieira conversa com a (ex-)editora e tradutora Ana Maria Pereirinha.



    Pelas suas mãos e olhos, passaram muitos textos e muitas ânsias de escritores. Durante mais de duas décadas, Ana Maria Pereirinha esteve de corpo e alma no desafiante (e por vezes angustiante) mundo da Literatura, como assistente editorial e editora da Temas & Debates, da Quidnovi e, mais recentemente, da Planeta.

    Nos últimos anos, dedicando-se mais à organização de eventos culturais (e sobretudo nas belas-artes, na Galeria Monumental, ao lado de Manuel San-Payo), tem sido a tradução que mais a liga à Literatura.

    Ana Maria Pereirinha fotografada na Biblioteca do PÁGINA UM.

    Nesta conversa descontraída, onde até se recordam pequenos ‘conflitos’ particulares entre editora e escritor, Ana Maria Pereirinha aborda as suas relações com a Literatura, a busca (e a ascensão e queda) de novos talentos, bem como as vitórias e as frustrações de quem lê antes dos leitores, não esquecendo os seus ‘pecados’ de adolescência.

    De entre as obras patentes na BIBLIOTECA DO PÁGINA UM, Ana Maria Pereirinha escolheu, para sugerir a leitura, “Eurico, o Presbítero, de Alexandre Herculano, um original de 1844, e ainda o romance ‘As mulheres da Fonte Nova’, de Alice Brito, publicado em 2012.

    Pormenor da livros da biblioteca ‘caseira’ de Ana Maria Pereirinha.

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