Autor: Pedro Tadeu

  • Direito de resposta à crónica “A Glória perdida”

    Direito de resposta à crónica “A Glória perdida”


    Direito de resposta de Pedro Tadeu, ao abrigo do artigo 26º, da Lei da Imprensa, relativo à crónica “A Glória perdida”, da autoria de Tiago Salazar.


    Numa crónica publicada por Tiago Salazar no dia 4 de novembro de 2025, o autor refere o meu nome, acusando-me, quando ambos trabalhámos, na década de1990, no jornal “A Capital”, de lhe ter alterado um artigo de forma a provocar o seu despedimento. Esse relato é falso.

    1 – Ao contrário do que afirma, eu não era o jornalista responsável pela edição dos seus textos, era o chefe de redação do jornal. O editor da secção de Tiago Salazar era outro jornalista.

    2 – O erro do jornal, muito grave, foi de facto inicialmente provocado pelo Tiago e foi amplamente testemunhado por toda a redacção. O Tiago fora enviado ao comando-geral da PSP, que tinha um diferendo com o Ministério da Administração Interna. Voltou à redacção a dizer que obtivera uma entrevista exclusiva com o Comandante-Geral da PSP. A entrevista foi publicada nesse pressuposto, como manchete. Mas, afinal, quem falou ao Tiago foi um porta-voz das Relações Públicas da PSP, que ele confundiu com o comandante. O jornal pediu desculpas públicas pelo erro. O próprio Tiago assumiu o erro perante toda a chefia, editores e outros jornalistas.

    3 – Também ao contrário do que o Tiago afirma, o seu despedimento não foi impedido pela diretora do jornal, Helena Sanches Osório, mas por mim: defendi junto dela que o erro do Tiago não fora isolado, mas de todo o jornal (e, portanto, incluindo-me a mim, toda a chefia e editores), que não verificou convenientemente o trabalho de um jornalista na altura inexperiente. Além disso, reconhecia ao Tiago Salazar qualidades de escrita e talento que não deviam ser descartados. Também louvei a honestidade com que, então, o Tiago assumiu oerro.

    4 – Não me lembro, ao contrário do que escreve o Tiago Salazar, de embirrar com o nome dele. Isso seria muito estúpido.

    Pedro Tadeu