Autor: Elisabete Tavares

  • O jornalismo e a banalização do extremismo

    O jornalismo e a banalização do extremismo


    Despediu-se de mim com o emoji de um beijo. Senti um arrepio. Aquele beijo de ocasião no final de uma troca de comentários online marcou-me. Aquele simples emoji. A “conversa” começou quando enviei as melhoras a uma jornalista que relatava como estava a passar de forma tranquila pela covid.

    Na primeira vez que teve covid, disse, foi muito pior. Teve muitos sintomas. Agora estava a ser diferente. E atribuía o “milagre” ao facto de ter tomado a vacina. Desejei-lhe as melhoras rápidas, e comentei que também eu e a minha filha tínhamos tido covid em Junho, e quase não tivemos sintomas. Nenhuma de nós tomou a vacina. Apenas isto.

    O que se seguiu foi o habitual discurso a que estamos hoje habituados – nós, os recuperados da covid, ou os que não tomaram a vacina. Os clichés da “nova ciência” – ou “nova religião” – estavam todos lá. De que só se safam os não vacinados que têm sorte. Que isto é uma roleta russa. Etc., etc., etc..

    Ignora-se a Ciência. O bom senso. Ignora-se que há quem rejeite a tese de vacinação em massa da população. Ignora-se a condição de saúde e idade da pessoa. Ignora-se o sistema imunitário. Ignora-se que a atual variante dominante causa muito menos sintomas e é muitíssimo menos letal. [Então no caso das crianças e jovens, nem esta nem as variantes anteriores foram um problema, a não ser em casos raros.]

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    Sem mais argumentos da ‘nova ciência’, acabei a ser acusada pela jornalista de ser anti-vacinas (o que é falso, porque sou defensora de vacinas). E, antes do dito beijo, ainda li que, se aquela jornalista decidisse, a vacinação contra a covid seria obrigatória. Ou seja, aquela jornalista defende a imposição a toda a população de uma vacina que começa por falhar em proteger contra a infeção e a transmissão, que não concede a tão propalada imunidade de grupo. Defende a violação da privacidade de cada cidadão, do seu corpo, da sua vontade. E o mesmo para os seus filhos.

    Porque sim. E com isto, depois disto, envia-me um beijo. Um beijo. Soube-me como o beijo de Judas. Terminei a conversa comentando como o fim da tolerância é algo assustador nos dias de hoje.

    Outros jornalistas partilham desta mesma opinião radical. Não é o primeiro jornalista com que me cruzo que defende a obrigatoriedade das vacinas contra a covid. Muitos repetem as frases que se ouvem nos media.

    As mesmas palavras. Os mesmos termos. As mesmas justificações. Mencionam um “consenso”, que é falso, porque nunca existiu. O que tem existido é censura e perseguição. Não é assim que se atingem consensos. O resultado é que temos assistido a manchetes que promoveram o ódio e a desinformação, e que seriam impensáveis em outros tempos. Assistimos a diretos na TV a defender-se a segregação de cidadãos e até a censura.

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    A ascensão desta nova vaga de extremismo é preocupante, e dela não se fala nos media, obviamente. E devia falar-se. Das pessoas que hoje acham normal que seres humanos fiquem barrados e impossibilitados de entrar em locais. Que sejam discriminados e humilhados. Que haja direitos diferentes.

    São essas pessoas que daqui a uns anos – ou já hoje – não teriam problemas em defender a criação de bairros especiais, de guetos, para pessoas sem vacina. E a defender a proibição de contactos entre crianças com e sem vacina contra a covid. Mesmo que a vacina não trave a infeção e a transmissão.

    As atrocidades a que assistimos em outras épocas e regiões só existiram porque cmontaram com o apoio de “bons cidadãos cumpridores” de ideologias que defendiam a segregação e a discriminação e perseguição.
    A segregação atualmente praticada em Portugal é errada. É anti-ciência. Jamais deveria ter existido. Quem tem vacina transmite o vírus como todos os outros. Ponto final. Mas, mesmo que não acontecesse, jamais deveria haver segregação. Em circunstância nenhuma. Que a segregação seja banalizada na comunicação social é chocante. É um ataque à profissão. Uma mancha.

    Desde Março de 2020 que testemunhamos, no sector da comunicação social nacional, a uma onda de obediência e submissão às autoridades, totalmente aterradora. Desde o início que os dados divulgados não batiam certo. Quem questionasse, era negacionista. Nos media, não havia questões nem dúvidas. Obedeciam. Como hoje. Ainda hoje, muitos temas continuam a ser um tabu. Quem falar hoje sobre efeitos adversos é anti-vacinas. Ou pode até ser acusado de ser terraplanista, de ser um teórico da conspiração, de ser da extrema-direita, e sabe-se lá mais o quê. Vale tudo para difamar.

    Sabemos que o factor medo pesou. São públicas as técnicas de medo que foram utilizadas em diversos países. Mas os jornalistas devem ser imunes a estas técnicas. Ser isento e objetivo exige isso. Ser jornalista a sério exige isso.

    Sabemos que os jornalistas são seres humanos como todos os outros. Falham. Têm emoções. Mas não explica como jornalistas deixaram de pensar. E eliminaram a tolerância de um dia para o outro. Como passaram a banalizar a segregação e a discriminação. A banalizar a censura. A perseguição. Os discursos de ódio. A banalizar o mal. Porque é disso que se trata quando se criam castas de cidadãos pela cor da sua pele. Pelo seu género. Pela sua condição de saúde.

    five human hands on brown surface

    É por isso ainda mais relevante hoje combater o extremismo e a segregação. É das coisas básicas que se deve ensinar aos filhos: a respeitarem-se a si próprios e aos outros. Ensinar sobre a tolerância e sobre o respeito na diferença deve fazer parte do bê-á-bá da educação em casa. Hoje em dia, essa é uma tarefa ainda mais importante.

    A tentativa de polarização entre seres humanos é obra de quem persegue ideologias perigosas e sabemos bem onde podem levar. Por detrás de campanhas de ódio, como é habitual neste tipo de vagas, estão políticos sedentos de poder, lobbistas a trabalhar para certos interesses e oportunistas vários. Mas, sem apoio de parte da população, estes “líderes” extremistas não têm base. Por isso, apostam na “educação” em massa da parte mais amedrontada da população. Pior informada. Mais vulnerável à manipulação. Os mesmos que, daqui a uns anos, denunciariam amigos, colegas e vizinhos, sem hesitar.

    Nesta altura, o bom senso parece estar a chegar a diversos países. O vírus seguiu o seu caminho normal. Adaptou-se ao hospedeiro. O chamado ‘certificado digital’ começa a cair, bem como a obrigatoriedade de tomar estas vacinas.

    Mas nos media portugueses, a polarização e o clima de ódio e de veneração da ‘nova ciência’ permanece. E mesmo que tudo regresse ao ‘antigo normal’, há muitas coisas que terão que mudar. Incluindo na comunicação social. O que se passou nos últimos dois anos é, numa palavra, inaceitável. Também na medicina, na governação, na justiça…

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    Hoje já se podem questionar os dados sem ser negacionista. Já se pode debater. Mas ainda se é acusado de se ser anti-vacinas, etc., etc. Os dogmas ainda existem. O clima de religião em torno desta “nova ciência” também.

    Ainda muito está por apurar. E são muitos cidadãos – com e sem vacina contra a covid – que estão a exigir o apuramento da verdade dos factos. E vão continuar. Até ao fim. Porque a transparência da informação é um direito. De todos. De vacinados. De recuperados. De não-vacinados. De cidadãos. De pessoas. Também a tolerância deveria ser um direito. Essa sim, deveria ser obrigatória.

    Da minha parte, faço questão de jamais esquecer aquele beijo. Como lembrança do porquê que é importante ensinar sobre ser tolerante. Sobre respeitar o próximo. Sobre a diversidade. Sobre pensar por si próprio. Ler. Sobre ensinar como amar na diferença. E sobre a magia que ocorre em nós, humanos, quando damos um abraço genuíno, com amor incondicional, a outro ser humano. Nosso semelhante. Sem desculpas.

    Lembrem-se: somos todos iguais. Temos todos os mesmos direitos e liberdades. Mesmo que políticos, lobbistas e oportunistas vos tentem convencer que não. Ou mesmo que jornalistas vos tentem vender a ideia de que há humanos que são diferentes, inferiores ou superiores. Porque o que faz de nós iguais é sermos humanos. Sem nenhuma outra condição.

  • A democracia hoje e as bases de dados escondidas pela DGS

    A democracia hoje e as bases de dados escondidas pela DGS


    O perigo é real. Uma democracia está doente quando as autoridades responsáveis pela política de Saúde Pública escondem dados, e até divulgam “pareceres” enviesados e fraquíssimos do ponto de vista médico-científico, como recentemente apontou o presidente do Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos, Jorge Amil Dias, em declarações ao Nascer do Sol.

    É tão importante votar como exigir transparências às autoridades e a abertura imediata do acesso a bases de dados sobre saúde em Portugal. É um dever cívico de cada português.

    O que esconde a Direção-Geral da Saúde (DGS)? O que esconde o Ministério da Saúde? Quais os motivos que levam a que os portugueses sejam impedidos de aceder a dados e estatísticas sobre saúde? Quais os motivos que levam a que os portugueses não tenham acesso a dados que são disponibilizados por outros países aos seus cidadãos? Por que motivo são divulgados “pareceres” com pouca – ou nenhuma – fundamentação séria e credível (como foi o caso do “parecer” mais recente sobre a incidência de miocardites em crianças divulgado pela DGS)?

    Se não fossem as investigações que o PÁGINA UM tem levado a cabo, o obscurantismo seria muito maior, nomeadamente sobre a realidade dos internamentos e óbitos nos hospitais em matéria de covid-19. Mas também sobre o tema da realidade da covid-19 e a sua incidência nas crianças e nos jovens.

    Mas o facto de haver um meio de comunicação social a conseguir destapar alguma da informação que as autoridades têm tentado esconder não elimina a urgente necessidade de forçar a DGS e o Ministério da Saúde a divulgarem mais dados cruciais a que todos temos direito em aceder.

    Desde o início da pandemia que vários portugueses têm alertado para a forma descontextualizada de comunicação dos dados em Portugal em torno de covid-19.

    A doença é grave, e pode ser fatal para doentes dos grupos de risco. Não é a gravidade da doença que está em causa. Mas sim o facto de os (poucos) dados divulgados exigirem rigor e transparência. Contexto. Tem faltado disso desde Março de 2020.

    A baixa literacia matemática e científica nos media clássicos portugueses ajudou à opacidade na divulgação de dados sobre saúde junto da população. Também os interesses comerciais falaram alto. Além de haver jornalistas que defendem que a população deve estar em pânico para “obedecer” – e este ponto merece um artigo por si só.

    A situação é hoje muito grave. Em 2022 continua vedado o acesso a diferentes bases de dados sobre saúde em Portugal. O que se pretende esconder ao impedir o acesso a dados sobre saúde em Portugal? O que se pretende branquear ou omitir? Estarão as bases de dados a serem “limpas” e expurgadas de informação? Quer-se esconder o aumento de óbitos em determinadas faixas etárias em 2021? Ou quer-se esconder que o número de suicídios em jovens disparou desde 2020? O que se quer esconder?

    Não sabemos. Mas quando a DGS esconde informação, cria-se também o espaço para que se levante a especulação. Ninguém ganha neste cenário de opacidade, muito menos o jornalismo e a população.

    Mais recentemente, tivemos o tema da vacinação e dos doentes com vacina e sem vacina contra a covid-19. Foi escandalosa a comunicação falsa, divulgada recentemente sobre o número de internados com e sem vacina. Depois, este aspecto foi corrigido, mas já tinha sido divulgada amplamente essa desinformação fomentada pelos media em geral. Este tema dos dados em torno da população com e sem vacina é sensível e merece todo o rigor e transparência.

    O PÁGINA UM tem tentado obter acesso a várias bases de dados sobre saúde em Portugal. É uma batalha que foi iniciada de forma solitária, e dura há meses. Esta não é a batalha de um jornal apenas.

    woman peeking on glass door

    As autoridades de saúde devem ser impedidas de continuar a esconder dados. Ponto final. Devem ser obrigadas a ser transparentes junto dos cidadãos, daqueles que lhes pagam os salários.

    Esta é uma batalha de todos nós, portugueses. Não deve ser apenas uma batalha de jornalistas em busca de informação para esclarecer a população, e divulgar factos de relevo para todos. Esta é uma batalha pela defesa do Estado de Direito. Esta é uma batalha pela defesa da democracia.

    Falar em democracia quando há dados fundamentais escondidos da população, sem exigir que sejam tornados públicos, é incoerente. É perfeitamente aceitável, perante os acontecimentos, que a atual situação suscite a dúvida sobre se a DGS estará a ser instrumentalizada politicamente, ou se há interesses que estão a tirar partido da sonegação de dados sobre saúde em Portugal.

    Nota-se agora que, graças aos trabalhos pioneiros do PÁGINA UM, até os órgãos de comunicação social clássicos começaram a pedir a divulgação de dados por parte da DGS. É um começo. Mas não chega. O acesso às bases de dados que estão a ser escondidas é uma emergência.

    Aquilo que se passou nos últimos dois anos em matéria de política de Saúde em Portugal vai ter de ser escrutinado. Em nome das vítimas de covid-19, das vítimas de SIDA, de cancro, de AVC, de ataques cardíacos, de tudo. Em nome de todas as vítimas que morreram sozinhas em casa ou em lares. De todas as vítimas que foram alvo de negligência ou de omissão de auxílio. De todas as vítimas de suicídio. Em nome das famílias. Em nome da democracia e do direito à informação que lhe é inerente.

    É inaceitável, repito, que em 2022 haja autoridades de saúde de um país como Portugal a esconder bases de dados dos cidadãos. Mas está a acontecer. Cabe-nos a todos garantir que a saúde da nossa democracia e do Estado de Direito. Exigir a divulgação de dados sobre saúde é uma obrigação de todos nós.

    A opacidade só tem lugar em países onde a democracia não tem lugar. Garantir a democracia é muito mais do que votar. É escrutinar, vigiar, exigir. E exercer o dever cívico de questionar e confrontar as autoridades sempre que se desviem do caminho e escolham a censura e a opacidade. E esse é um dever individual. Uma responsabilidade de cada um.


    N.D. Os textos de opinião expressam apenas as posições dos seus autores, e podem até estar, em alguns casos, nos antípodas das análises, pensamentos e avaliações do director do PÁGINA UM.

  • Media: um pedido de desculpas que se exige

    Media: um pedido de desculpas que se exige


    Bem-vindos à primeira vaga de branqueamento da (ir)responsabilidade dos media portugueses na pandemia.

    À primeira vista, a imprensa nacional, com destaque para a televisão e certos pivots, parece estar a dar sinais de querer virar o bico ao prego, como se costuma dizer. Ou seja, finalmente, contrariando a postura acrítica e subserviente desde Março de 2020 – basta relembrar as conferências de imprensa da Direcção-Geral da Saúde (DGS) –, começamos a ver agora, nos últimos dias, jornalistas a cumprir o seu dever na cobertura da pandemia: informar e investigar.

    De repente, por milagre, surgem notícias – incluindo no Público e no Observador, por exemplo – sobre a realidade dos internados ‘covid’. Começa a parecer – repito, a parecer – que alguns media estão no caminho de tentarem fazer o seu trabalho. Cumprir o seu dever de informar. De forma isenta e séria. Alheia a poderes, governo e interesses.

    Nada mais falso.

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    Senhoras e senhores leitores: declaro que estamos, oficialmente, no fim não da pandemia – que essa vai depender da Organização Mundial da Saúde –, mas no início da primeira vaga de branqueamento da imagem dos media portugueses sobre o tema covid.

    Como sabemos, os media, em geral, assumiram-se como meros porta-vozes do Governo e da DGS.

    Nós, os que alertámos desde cedo para os dados descontextualizados da DGS, fomos apelidados de negacionistas. Nós, os que questionámos a falta de transparência nos dados divulgados, fomos ostracizados.

    Questionar os dados e os comunicados de imprensa foi, durante dois anos, um pecado capital com direito a seguir para a fogueira dos indigentes.

    Agora, até o bastonário da Ordem dos Médicos, logo ele, pede agora transparência à DGS.

    Só podem estar a gozar. E gozar-nos.

    Não vamos permitir este branqueamento de responsabilidades.

    Graças aos media – e a muitos “especialistas” e “peritos”, e a muitas entidades, incluindo a DGS –, há crianças e jovens que acreditam que podem morrer se saírem à rua sem máscara. O novo coronavírus pode ser de facto fatal para os mais idosos e pessoas com comorbilidades. Mas para crianças e jovens não, o risco é virtualmente zero. Mas, no entanto, graças à imprensa, as campanhas de terror marcaram (para sempre) os mais jovens.

    O terror espalhado pelos media foi deplorável, inaceitável e uma grave violação do Código Deontológico. Nunca ouvimos um ai das entidades que regulam os aspectos éticos e deontológicos da profissão.
    Vir agora passar a ideia de que alguns órgãos de comunicação social, de repente, estão interessados em dados corretos, rigorosos e fiáveis da DGS é um insulto. Ponto.

    O que alguns media perceberam agora – e o bastonário da Ordem dos Médicos também – é que os ventos estão a mudar. E só por isso eles querem mudar. E querem navegar e aproveitar esses ventos de ‘verdade’, fim da pandemia, exigindo agora, e só agora, ‘transparência nos dados’.

    O trabalho do PÁGINA UM, mesmo com apenas um mês de existência, pela sua independência e coragem na divulgação de informação escondida e na pressão sobre as autoridades, tem tido consequências. Os media não podiam ficar indiferentes à extensa divulgação de dados que este novo órgão de comunicação social tem feito.

    Mas deixo um aviso, caros leitores. A operação “branqueamento de responsabilidades” está em curso, sim. Mas a ‘verdade’ está longe de vir ao de cima.

    girl covering her face with both hands

    A nova “cobertura” da comunicação social à pandemia trata-se, porém, de uma operação cosmética. Nada mais. Continuamos sem ter dados cruciais. E acreditem, não serão os media tradicionais, dependentes da publicidade de organismos públicos e de apoios de farmacêuticas, que enfrentarão a DGS para lhes exigir dados que nos permitam saber a verdade. E a Ordem dos Médicos, apesar de agora, “ladrar”, não vai “morder” a DGS e muito menos o Ministério da Saúde. Esteve e está comprometida.

    Nem vai morder as farmacêuticas. Sim, muito menos as farmacêuticas.

    Depois do fim da pandemia, faltará saber muita coisa. Falta agora investigar as mortes súbitas de pessoas saudáveis e vacinadas. As mortes por problemas cardíacos. As mortes por derrames cerebrais. Etc., etc., etc..

    Até porque se antes quem queria dados da DGS era negacionista, no futuro quem quiser dados sobre efeitos adversos de vacinas será anti-vacinas.

    Por isso, caros leitores, se pensam que a batalha pela ‘verdade’ está a caminho de ser ganha, estão muito enganados. A guerra pela verdade, sobre tudo o que se tem passado em torno do tema covid, ainda nem começou.

    E precisamos de uma comunicação social limpa. No estrangeiro já vemos órgãos de comunicação social a pedir desculpa aos leitores, como o jornal dinamarquês Ekstra Bladet e o alemão Bild. Exijamos também um pedido desculpa feito pelo media portugueses. Se ela não vier, tudo é mero e sujo branqueamento.


    N.D. Os textos de opinião expressam apenas as posições dos seus autores, e podem até estar, em alguns casos, nos antípodas das análises, pensamentos e avaliações do director do PÁGINA UM.